O dia começou estranho. Acordei num lugar achando que estava noutro. Segui pra casa ansiosa por deitar logo na minha cama, garoava anunciando um sábado esquisito. Chego, tento abrir a porta e me dou conta de que estou sem a chave, e o apê trancado. Uma só voltava na segunda, outra sem data certa.
Volto pro carro imaginando uma alternativa, eu e meus planos mirabolantes. Sigo para a casa da velha eterna na esperança de talvez conseguir deitar e lograr êxito. Ele como sempre muito exibido e bem intecionado diz que vai fazer numa viagem só o resgaste da bendita chave e de quebra já faz a feira.
Continuo no quarto pensando como uma simples chave pode fazer com que planos sejam totalmente alterados. A velha chata como sempre só reclama, levanta da cama resmugando jogando a culpa em mim.
O preguiçoso pega a chave do meu carro e ruma para o hospital na seção de tratamento de sua primogênita.
No relógio 12h00. O poderoso e bem intensionado havia esquecido que a responsabilidade de levar a velha no hospital era sua. Pega enfim a chave e para para fazer uma feira que na minha cabeça é eterna. Espero a chegada do pastel. Começo uma conversa e aproximação com quem logo dividirei os dias. Gosto da experiência, mas gosto mais de mim. Nada do pastel, nada da porra da feira, muito menos da chave. Garoa. Eu com a roupa da balada de ontem, resquícios de lápis e rímel, descalça, barriga roncando, cabeça doendo, coração bombando. Falta muito pra acabar logo esse rolo? Penso.
Ele finalmente chega, rindo de não sei o quê, brindando o cotidiano, como é de costume.
Como um pastel de carne e sigo tomando infinitas dose de café. No relógio agora já são 13h30. O que era pra ser apenas o resgate duma maldita chave, passa a ser o centro do meu sábado. Espero, aguardo, converso aqui, acolá. Ensaio próximos planos do restante do dia de folga. Na verdade, vontades não existem. Queria dormir muito, arrancar o cérebro da cabeça e o por para recarregar, como se fosse um celular. Seria infinitamente mais fácil. Sou cobrada pelos outros por momentos de felicidade, não entendem que nem sepre dá pra sorrir e fazer sorrir. 14h00 e nada do meu carro. Agora tenho só a chave.
Tento me concentrar num livro ou revista do mês passado. Nada.
Penso em retormar a conversinha infundada. Nada.
Insisto em olhar chacrinha na tevê, desisto.
Cobro-me pela imensa tolice de não juntar todas as chaves num único chaveiro. Meu lado Poliana me acalma dizendo que por mais tolo que seja, perder o chaveiro com todas as chaves importantes é mais burro do que deixar em casa como fiz.
Meu carro. Cadê? Na ânsia de resolver logo o problema entreguei a chave do carro. Agora penso no quão precipitada fui. Não sei como dirige, como estaciona, carro é íntimo demais, saca?
Ensaio tomar um ar na velha varanda. Olho ao redor: casas antigas, céu cinza, varal, mesa, vaso de flor. Desde que me conheço por gente aquele vaso tá ali no mesmo lugar do mesmo jeito. Algumas coisas realmente não mudam. Bate vento, bate garoa e decido tomar banho. Mas banho, assim como cama, sofá e televisão têm gosto diferente quando feitos em outros cômodos que não sejam sua casa. Sinto-me melhor, suspiro. No relógio 14h43. Caralhos! Foram pro inferno e esqueceram de me avisar?
Novamente penso que nunca mais nessa vida vou andar sem minha chave. Se for pruma rave enfio a chave no pé, odeio levar bolsa em certas ocasiões, mas correr o risco de viver dias esquisitos como esse, jamais. Poderia reduzir o fato e ir curtir o dia, mas era justamente minha cama naquele apartamento bagunçado que eu gostaria de estar. Não gosto quando o destino decide mudar planos que já estavam na cabeça e no coração.
Uma simples chave. Uma idiota e pobre chave. E eu aqui, de regata, shorts e raider emprestados.
Ansiosa, no relógio agora já são 15h00. Perdi metade do meu dia nessa palhaçada e a única e exclusiva culpada por tudo isso sou eu. Merda!
Sento novamente pra tomar vento quando avisto meu carro chegar. Aleluia! Pego a bolsa, a chave da outra, a chave do carro, a chave do outro, revisto todos esses itens umas cinco vezes antes de finalmente partir. Tudo ok, bora pro apê, sem dar tchau e nem olhar a velha.
Chego no apartamento, sinto uma sensação plena de estar onde quero, e penso que agora vou fingir que são 10h da manhã e retomar todos meus planos na esperança de esquecer todo esse pequeno e intenso rolo ocasionado por uma simples chave.
Mas antes! Pego a minha chave e junto com a do carro.
O significado de chave agora é outro. Abre portas, liga carros, e pode mudar rumos. Brincar com chaves? Jamais...
domingo, 23 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Retrô 2012
Mais 12 meses (quase) se passaram, 2012 vai findando (amém!) e é chegada a hora do Retrô 2012.
Sem mais delongas, segue a lixtinha:
Música do ano:Canto de Ossanha - versão do Casuarina
Festa do ano: Santo Forte, a melhor, mais animada, e envolvente festa do amado pai Tutu
Amizade do ano: contrariando todas as expectativas Karina Jaspion and Nathy Brasil de rosto colado
Baile do ano: fico entre niver da Agnes e o dia em que choramos de rir numa missa vorax (com Juazeiro)
Gafe do ano: Ana Paula Padrão fazendo chamada do jornal da Globo, na Record
Novela do ano: Alguma dúvida? Avenida Brasil levando todos os prêmios possíveis do mundo
Gíria do ano: Desculpagréééti e Monga
Viagem do ano: Rootstock, sem lenço nem documento
Novidade do ano: Nathália Rodrigues agora gosta de criança
Mudança do ano: sai de condomínios e mergulha em whisky
Tiro no pé do ano: Programa zuado da amada Fátima Bernardes
Título do ano: Libertadores and Mundial com Corinthians calando a boca de geral
Vira casaca do ano: Sim, sou eu! sem remorso
Maluquice do ano: conhecer um cubano no ônibus
Comida do ano: rodízio japa no Matsuya regado à muuuuuuita fofoca!
Maquiagem do ano: batom vermelho, bocão vorax
Churras do ano: Niver de Raizinha
Show do ano: Chico Buarque, sem esquecer que ele cantou Geni e o Zepelin e eu chorei igual besta
Esporte do ano: pulemos esse quesito
Feriado do ano: 07 de setembro, Studio SP com Carlinhos de Jesus e Kelly na lua
Mimimi do ano: princesa ser internada com muitos enjoos por conta da gravidez. aff
Rebaixamento do ano: xiiiii Parmerinhas, sobrou pra vocês.
Orgulho do ano: São Paulo elege Haddad como seu novo prefeito
Perda do ano: Porra Hebe, porra Niemeyer!!!!!
Atriz do ano: Adriana Esteves, vulgo nossa amada Carmem Lúcia
Jingle do ano: Eu quero ver, tu me chamar de amendoim!
Goleiro do ano: CÁÁÁÁÁÁSSSIOOO!
Acessório do ano: colares, brincos, pingentes de coruja
Balada do ano: Por três anos consecutivos Remelexo Brasil leva esse troféu!
Emoção do ano: Silvio Santos se despedindo de Hebe
Livro do ano: A Vida como ela é, Nelson Rodrigues
O empresário do ano: Agnesrasta botando pra quebrar e crescendo aos montes com a criação de bolsas
Look do ano: vestidos de todos os tamanhos, estampas e cores
O vexame do ano: novela Salve Jorge, que na verdade não tem salvado nada, nem o íbope.
Blogueiro do ano: Xico Sá, com sua irreverência e charme que um bom nordestino tem
Foto do ano: Lenine com seu harém no remelexo #thebest
Hashtag do ano: #chupabambi!
A superação do ano: Me livrar de quem não acrescenta em nada
Bebida do ano: Catuaba, porra!
Trampo do ano: Divulgação projeto Keep Walking, Brazil
Samba do ano: sem planejar, centro de São Paulo, um clássico da roda de samba
Carro do ano: O Katarino, óbvio
Presente do ano: Benjamín!
Stress do ano: Trânsitos e linha amarela, detestável
Esperança do ano: Joaquim Barbosa
Grude do ano: Gangnam Style
Palhaçada do ano: melhor nem comentar
Encontrinho do ano: Santo Forte com a japa dançando até o amanhecer
Bebê do ano: O santistinha Álvaro, filho da Mel
Azarado do ano: Noivo morre após cair sobre taça de vidro durante casamento :(
Alegria do ano: Ney Latorraca se recupera e passa bem
Mico do ano: puxar o saco do chefe pra se autoafirmar
Descontrole do ano: dançar axé em pleno Rootstock ou subir no palco do Santo Forte? difícil...
E ó, a lista não acaba nuuuuunca!
Sugestões, reclamações, pitacos e afins você comenta e Brasilis te ouve!
até 2013, ufa.
Edição:
Inbox do ano: com a paula, sem dúvida!
Reprise do ano: Gabrieeeeeeela, fazendo mocinhos e marmanjos pirarem na TV
Coadjuvante do ano: Nilo, perfeito com Cássio Abreu
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
2012 = 12 meses de rompimentos
Vai chegando final do ano e surge aquela sensação de balanços e conclusões, mas nos últimos dois eu fiquei com preguiça (física e emocional) de escrever sobre isso. Talvez eu tenha me desapegado pelo menos um pouco dessa vibe voraz de virar ano e achar que tudo vai mudar etc. Mas sobre 2012 tenho que resenhar porque foi o ano dos rompimentos.
Rompi com estruturas engessadas que não mais cabiam em mim, foi uma desconstrução na verdade. Durou (e ainda dura) um tempo para que as pessoas percebam que já não sou mais aquela. Cortei o cordão umbilical com quem eu nunca sonhei que pudesse acontecer. E viajei sozinha, sai sozinha, assumi que outros rolês são muito interessantes e quem não quisesse ir, até mais ver!
Apesar do enorme clichê, tirei da vida quem não servia mais. Servir, de caber, de prestar, de trazer algo novo. Aprendi tardiamente (?) em 2012 a não arrastar relações pela aparência ou consideração do tempo etc etc. E confesso que foi tirar um peso enoooooorme das minhas costas. Na verdade acho que ao longo desse ano minha querida paciência minguou para 'conselhos' controladores. Soltei as amarras. Tomei decisões sozinha, cheguei à conclusões sozinha. Guardei mais de mim, pra mim. Imaginar que rompi com a falação e priorizei a escuta.
Rompi com a ideia de seguir a cartilha da sociedade e fechei comigo mesma em 100%. Não importa se pessoas de 'peso' disseram ao contrário, palpitando, me enchendo, às vezes com a melhor das intenções, não importa. Ser quem eu sou é a melhor novidade e o melhor presente, um presente que mastigo e delicio dia após dia.
Rompi com um trabalho que tinha literalmente a minha cara. Fui eu quem fez aquilo ali, lá, acolá. Um trabalho que já tinha a minha forma, o meu jeito, o meu processo e meu ritmo, mas já não me fazia palpitar. Com os pés nas costas fechava pauta e saia um vídeo, quase que por osmose. E foram nove meses até que rompi com condomínios, webtv, e parti para uma nova experiência, ainda dentro do jornalismo.
Houveram mais rompimentos, de estilo, de baladas, de affairs, de atitudes, fui indo rompendo com geral, dando mais prioridade às vontades do que às necessidades.
Foi intenso, senhor 2012.
Ainda falta romper e começar muitas outras coisas, porque a essência da vida é isso ai.
Terminar, iniciar e o mair importante, curtir o meio o máximo possível.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Pqna Dosagem...
sobre a delícia (e maluquice) da paixão...
Como a vida é muito bela e não para nunca, há que se festejar momentos felizes!
Essa coisa chamada paixão, tão pop e discutida, tão tema central de novela rocambolesca, tão inpiração de escritores, músicos, pagodeiros, tão tão controvérsa e odiante, tão tão voraz que nos coloca no olho do furacão e arranca a máscara de fodões superiores que se bastam sozinhos. Que o homem insiste em nomear quando na verdade não tem nome algum e é apenas sentida no sentido mais natural possível. É bem isso ai. Como mudo constantemente e nada tento controlar, apenas vivo. Como se apenasviver fosse muito pouco. Ando perdida nos dias, ando assessorando pouco, ando arrumando tudo muito rápido pra me livrar logo do fardo doméstico. Ando chorosa e melodramática, o mais pisciano possível, ando tudo isso misturado. Ando até gostando (a-p-a-i-x-o-n-a-d-a) por criança! vejam vocês! Querer quebrar a cara de um homem com as minhas próprias mãos? Só pode ser paixão. Quem me conhece sabe que minha paixão sempre foi aprender italiano. Inglês, necessidade. Agora abre-se uma nova janela e vejo o quão apaixonante pode ser falar e ouvir espanhol. Pqnas dosagens que compõem um blog e fragmentos de uma vidinha.
Ai Catarina, como tu tá cafona, hein?
É pois, é...
agora guenta!
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Pqna Dosagem...
... sobre a merda do amor
Não é a primeira nem vai ser a última vez que sofrerei por essa merda chamada amor.
Já escrevi sobre isso, e só penso em sair mais forte a cada vez. É necessário deixar o sentimento de tristeza entrar pra depois dar lugar à imensa felicidade que me cerca e que eu levo para as pessoas (elas sempre me dizem isso). Quem faz cagada e dá brexa não merece nem meu bom dia. E eu sou radical, pro amor e pra dor. Então foda-se, que logo mais é sexta, sou bonita, inteligente, independente e logo essa porra de dor passa!
Uma catuaba por gentileza.
timtim
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Pra quê?
Sexta-feira 23 de novembro de 2012. São 09h30, 28°C na avenida Corifeu de Azevedo Marques, região do Butantã, zona oeste de São Paulo. Tudo corria bem dentro do Ford K vermelho, sexta de sol nada podia dar errado. Corta.
Um calor do caralho, um trânsito caótico. Bombeiros, resgates, ambulâncias, muitos carros, vários. E eu me pergunto pra quê tudo isso. Houveram mortos? Em momentos de ódio e impaciência meu altruísmo vai pelo ralo. E continuo me perguntando pra quê.
Pra quê todo santo dia pegar esse trânsito e morar nessa cidade infernal que esmaga sentimentos e colhe capitalismo, além de ter cheiro de asfalto queimado. São Paulo ultimamente anda bem fedida.
Pra quê ter que entrar num ônibus, qualquer ônibus, lotado de gente mal educada e acéfala que não pensa e nem raciocina, quer apenas passar seu bilhete único e se amontoar no fundo do coletivo. (Da linha Amarela não vou nem falar, é muito desgosto).
Pra quê retornar pra um cubículo chamado casa e ter que aguentar os problemas de outras pessoas, aturar a bagunça delas, o cheiro de cigarro em todos os cômodos, os gritos, dividir banheiro, ouvir volume de programas idiotas e a mesma ladainha neurótica de gente que não sabe (e não quer) ser feliz.
Pra quê cinco dias por semanas exercer a mesma função, no mesmo lugar, pra no final do mês receber uma quantia que vai pra outros lugares girando a merda do ciclo da economia.
Pra quê aguentar bronquinhas de gente sem importância que me tolhem ao máximo inflando o próprio ego, pensando no próprio umbigo com um objetivo único de não deixar ser quem eu sou.
Não vejo um sentido lógico.
Vejo pelo contrário, um desgaste, uma vidinha besta, quase igual da Macabéa.
Talvez falte gana e coragem pra por em prática algo que ainda não sei o que é, mas que com certeza faz mais feliz do que isso que descrevi acima. Quero que dinheiro, e esse padrão de vida "certinha" se exploda. Sou eu quem tenho que controlar o meu caminho. E cortar aquilo que não me serve mais.
Pra quê sentir amor, raiva, carinho, ciúme, se nada nem ninguém nos pertencem?
É tudo muito besta, não faz o menor sentido.
E mesmo assim, é latente na cabeça o questionamento de pra quês nessa experiência na terra.
Pra quê carro zero, um milhão de peças novas de roupas, beleza, vida social super ativa, contatos, glamour, restaurantes, casas, imóveis, contas pagas, pra quê tanto desperdício de energia e palavras ao vento sem nenhum significado. Vejo nego se matando de um lado, do outro pessoas com um mínimo de dignidade pra poder sobreviver, pra quê?
Em janeiro tive esse mesmo questionamento, e óbvio não achei respostas. Foi-se quase um ano e novamente nesse caos calorento me pego perguntando pra quê tudo isso se nada nessa zica faz sentido e a única certeza é caixão, terra e cemitério.
Canso se pensar.
(e não acho um sentido).
Um calor do caralho, um trânsito caótico. Bombeiros, resgates, ambulâncias, muitos carros, vários. E eu me pergunto pra quê tudo isso. Houveram mortos? Em momentos de ódio e impaciência meu altruísmo vai pelo ralo. E continuo me perguntando pra quê.
Pra quê todo santo dia pegar esse trânsito e morar nessa cidade infernal que esmaga sentimentos e colhe capitalismo, além de ter cheiro de asfalto queimado. São Paulo ultimamente anda bem fedida.
Pra quê ter que entrar num ônibus, qualquer ônibus, lotado de gente mal educada e acéfala que não pensa e nem raciocina, quer apenas passar seu bilhete único e se amontoar no fundo do coletivo. (Da linha Amarela não vou nem falar, é muito desgosto).
Pra quê retornar pra um cubículo chamado casa e ter que aguentar os problemas de outras pessoas, aturar a bagunça delas, o cheiro de cigarro em todos os cômodos, os gritos, dividir banheiro, ouvir volume de programas idiotas e a mesma ladainha neurótica de gente que não sabe (e não quer) ser feliz.
Pra quê cinco dias por semanas exercer a mesma função, no mesmo lugar, pra no final do mês receber uma quantia que vai pra outros lugares girando a merda do ciclo da economia.
Pra quê aguentar bronquinhas de gente sem importância que me tolhem ao máximo inflando o próprio ego, pensando no próprio umbigo com um objetivo único de não deixar ser quem eu sou.
Não vejo um sentido lógico.
Vejo pelo contrário, um desgaste, uma vidinha besta, quase igual da Macabéa.
Talvez falte gana e coragem pra por em prática algo que ainda não sei o que é, mas que com certeza faz mais feliz do que isso que descrevi acima. Quero que dinheiro, e esse padrão de vida "certinha" se exploda. Sou eu quem tenho que controlar o meu caminho. E cortar aquilo que não me serve mais.
Pra quê sentir amor, raiva, carinho, ciúme, se nada nem ninguém nos pertencem?
É tudo muito besta, não faz o menor sentido.
E mesmo assim, é latente na cabeça o questionamento de pra quês nessa experiência na terra.
Pra quê carro zero, um milhão de peças novas de roupas, beleza, vida social super ativa, contatos, glamour, restaurantes, casas, imóveis, contas pagas, pra quê tanto desperdício de energia e palavras ao vento sem nenhum significado. Vejo nego se matando de um lado, do outro pessoas com um mínimo de dignidade pra poder sobreviver, pra quê?
Em janeiro tive esse mesmo questionamento, e óbvio não achei respostas. Foi-se quase um ano e novamente nesse caos calorento me pego perguntando pra quê tudo isso se nada nessa zica faz sentido e a única certeza é caixão, terra e cemitério.
Canso se pensar.
(e não acho um sentido).
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Preciso
férias
vagabundagem
pernas pro ar
ventilador
ócio
água
canga
cama
banho
chinelo
é tudo que eu mais quero nessa vida, tipo muito, tipo já!
... lá fora chove, há trânsito, há fome, mas da minha mente ninguém pode mandar
vai que atrai!
vagabundagem
pernas pro ar
ventilador
ócio
água
canga
cama
banho
chinelo
é tudo que eu mais quero nessa vida, tipo muito, tipo já!
... lá fora chove, há trânsito, há fome, mas da minha mente ninguém pode mandar
vai que atrai!
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Doce Amor
Quem me conhece sabe que nunca fui fã de criança. Faltava paciência, jogo de cintura, maturidade, além de tristezas vivenciadas no passado, que me bloqueavam para entender o quão sensacional pode ser a experiência junto delas. Já tinha tido alguns capítulos com algumas (poucas) bem especiais e que me marcaram muito, mas tirando isso, no geral, era criança lá e eu aqui. Benjamín me chamou a atenção naquele fim de tarde no ponto de ônibus pela simplicidade com que recebia uma bolacha de uma desconhecida. Sem deslumbre, apenas agradecido, quieto, comendo e grudado no pai. E por capricho do destino, entre tantos ônibus, ele embarcou justo no meu, sentou justo na lateral do banco em que eu estava sentada. Nem dei bola. Percebi que ele segurava alguns carrinhos nas mãos. Eu como sempre, estressada e mal humorada como sou na maioria das vezes em que estou num coletivo, apenas pensava na merda que ia dar se ele ousasse lançar um carrinho na minha direção.
Mas isso não aconteceu. O tito (Vinagrito), espécie de ursinho e talismã o qual ele não vive e muito menos dorme sem, caiu no chão e eu peguei. Foi então que olhei pro rostinho dele e tudo mudou. Mudou porque ele é lindo, dono de cachos loiros e um sorriso largo. Mudou porque ele tem os dentes mais lindos e tortos do mundo e chupa dedo com toda a doçura que uma criança de dois anos e sete meses pode ter. Simples assim. Eu me entreguei e segui brincando. Morri quando soube que o nome dele é foda e diferente de todos os comuns. E finalmente mudou porque naquele rápido instante eu entendi perfeitamente que ele era uma criança muito especial. A gente sente na hora, não dá pra fugir.
Agora me pego com saudade quando fico alguns dias sem vê-lo. Fico encantada e boba toda vez que ele fala algo inesperado e diferente. Acordo muito cedo e sempre muito feliz (inédito) para brincar com o carro do bombelo, cantar musiquinhas, e claro, dar muitos cheirinhos e bejinhos e carinhos sem ter fim. É sempre uma festa! Seja na praça, no sofá, na rua, no metrô, ao vê-lo dormindo, sair correndo do trabalho pra poder dar um beijo antes dele dormir, dar água, suco ou letche, dividir um pão ou manga ou feijão, dar uma voltinha de carro e ouvir 300x "não quelo" - num tem nem 3 anos e já tem personalidade forte pra caralho!
Hoje literalmente consigo entender e principalmente sentir o que tantas pessoas diziam sobre o fascínio que uma criança (na maioria das vezes um filho) pode trazer para suas vidas. Benja não é da minha família, não é filho de amigos, não é meu filho, não mora no meu prédio, e é mais especial do que se fosse tudo isso. Me pegou, me quebrou, jogou meu coração malvado de pedra e contra criancinhas no chão e tudo isso apenas sorrindo. Agora enxergo as crianças com outros olhos, claro que nem tudo é fácil, é um trampo e dá uma canseira danada lidar com elas. Mas receber em troca um amor puro, ter outras experiências, frases, sonhos, um outro mundo em que a única preocupação é apenas qual será a próxima brincadeira, e os problemas são a hora de dormir e a hora do banho, é sem dúvida, sensacional.
Que bom poder viver tudo isso
Que bom não controlar a vida e ser surpreendida
Que bom experimentar novas sensações
Que bom sentir a simplicidade e maluquice da infâcia
Que bom ter você na minha vida, Benjamín.
Mas isso não aconteceu. O tito (Vinagrito), espécie de ursinho e talismã o qual ele não vive e muito menos dorme sem, caiu no chão e eu peguei. Foi então que olhei pro rostinho dele e tudo mudou. Mudou porque ele é lindo, dono de cachos loiros e um sorriso largo. Mudou porque ele tem os dentes mais lindos e tortos do mundo e chupa dedo com toda a doçura que uma criança de dois anos e sete meses pode ter. Simples assim. Eu me entreguei e segui brincando. Morri quando soube que o nome dele é foda e diferente de todos os comuns. E finalmente mudou porque naquele rápido instante eu entendi perfeitamente que ele era uma criança muito especial. A gente sente na hora, não dá pra fugir.
Agora me pego com saudade quando fico alguns dias sem vê-lo. Fico encantada e boba toda vez que ele fala algo inesperado e diferente. Acordo muito cedo e sempre muito feliz (inédito) para brincar com o carro do bombelo, cantar musiquinhas, e claro, dar muitos cheirinhos e bejinhos e carinhos sem ter fim. É sempre uma festa! Seja na praça, no sofá, na rua, no metrô, ao vê-lo dormindo, sair correndo do trabalho pra poder dar um beijo antes dele dormir, dar água, suco ou letche, dividir um pão ou manga ou feijão, dar uma voltinha de carro e ouvir 300x "não quelo" - num tem nem 3 anos e já tem personalidade forte pra caralho!
Olá meu nome é Nathália e agora ando por aí pesquisando passeios para crianças e querendo comprar todas as balas, chocolates e doces do mundo inteiro, obrigada.
Hoje literalmente consigo entender e principalmente sentir o que tantas pessoas diziam sobre o fascínio que uma criança (na maioria das vezes um filho) pode trazer para suas vidas. Benja não é da minha família, não é filho de amigos, não é meu filho, não mora no meu prédio, e é mais especial do que se fosse tudo isso. Me pegou, me quebrou, jogou meu coração malvado de pedra e contra criancinhas no chão e tudo isso apenas sorrindo. Agora enxergo as crianças com outros olhos, claro que nem tudo é fácil, é um trampo e dá uma canseira danada lidar com elas. Mas receber em troca um amor puro, ter outras experiências, frases, sonhos, um outro mundo em que a única preocupação é apenas qual será a próxima brincadeira, e os problemas são a hora de dormir e a hora do banho, é sem dúvida, sensacional.
Que bom poder viver tudo isso
Que bom não controlar a vida e ser surpreendida
Que bom experimentar novas sensações
Que bom sentir a simplicidade e maluquice da infâcia
Que bom ter você na minha vida, Benjamín.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Pqna Dosagem...
... sobre a preguiça:
Queria apenas ficar de pernas pro ar assistindo o VIVA e sendo muito feliz com o meu ócio.
Sem pensar em nada, sem questionar nada, sem querer nada, apenas ouvindo personagens e reparando nos cenários. Ando com preguiça e quero gastar o mínimo de energia possível. E o ritmo de vida no final do ano me convoca e obriga a fazer exatamente o contrário num turbilhão de afazeres.
quero não
posso não
meu corpo num deixa não...
terça-feira, 30 de outubro de 2012
já era
A grande verdade é que não tenho paciência. Por mais treino, leitura, força de vontade e insistência que eu tenha, minha paciência sempre exaure. sempre míngua, se desfaz em meio à poluição dessa cidade quente e cinza. Não há paciência para aprender a escrever notinhas simples ou releases, mexeu no texto o pau comeu, negô! mexeu mais de uma vez eu já não quero mais saber, toma, pega ele pra você...
E era assim quando eu estava na 5° série e a professora vinha mexer na redação. Irritação e falta de paciência são das antigas! vaidosa essa catarina...
eu não tenho paciência pra bronquinhas e conversinhas e cartilhazinhas,
a parada tem que rolar naturalmente, saca? serve pras amizades, pras ficadinhas, pra vida em família e trabalho.
eu, aos 25, já não tenho mais paciência e sigo em busca daquilo que é o mais simples possível.
e quanto mais batalho, mais percebo o quão difícil é viver simplesmente,
simplesmente eu e minha falta de paciência.
e não, não é ansiedade, é diferente...
E era assim quando eu estava na 5° série e a professora vinha mexer na redação. Irritação e falta de paciência são das antigas! vaidosa essa catarina...
eu não tenho paciência pra bronquinhas e conversinhas e cartilhazinhas,
a parada tem que rolar naturalmente, saca? serve pras amizades, pras ficadinhas, pra vida em família e trabalho.
eu, aos 25, já não tenho mais paciência e sigo em busca daquilo que é o mais simples possível.
e quanto mais batalho, mais percebo o quão difícil é viver simplesmente,
simplesmente eu e minha falta de paciência.
e não, não é ansiedade, é diferente...
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Caga regras
Mãe que num deixa isso, pai que proíbe aquilo, professor que
implica acolá. Regras, regras e mais regras desde quando começamos a andar até
irmos descansar na santa paz do senhor, o que mais vemos pela frente são as
malditas regras. Esse papo de que cada um é cada um, que é necessário respeitar
o jeito do outro é tudo balela. Sempre vão querer te adequar à alguma
coisa, moldar algo que fique melhor para
determinada situação e por ai vai. Cansa-me.
Por mais que você
produza e faça seu trampo direitinho e dentro do prazo (muito importante), o
seu chefe vai pedir para que você não batuque na mesa, não gargalhe alto,
essas coisas do admirável mundo corporativo, que não impactam em porra nenhuma
no seu abençoado trabalho, não prejudicam a vida de ninguém, mas que não pode. E
por que não pode? Porque não.
Seu namorado pode ser responsável, amoroso, trabalhador, te
fazer infinitamente feliz, mas se tiver um black power, piercing, alargador, tatuagem, e só usar roupa de saco, pode ter certeza que alguém da sua família vai implicar
e dizer que você merecia mais, merecia alguém “normal”. Preconceito? É, e é
exatamente assim que acontece e tudo por conta da maldita regra imposta e
malfeita de que pra fazer feliz só sendo tom pastel e certinho. Um cu. Tocar e foda-se e se envolver com quem te der na telha é simples, mas esse tititi enche demais o saco.
Numa época em que o que mais se fala é sobre a liberdade de
expressão, do amor livre, das uniões estáveis, das novas famílias, de tomar a
rua e dançar livremente, ainda ouvimos notícias de gays que apanharam na rua
Augusta, de casais do mesmo sexo que lutam infinitamente para poder adotar um
filho, de que ir em festa de aniversário mais arrumada que a aniversariante não
pode, que cachorro no chão do elevador (mesmo filhote, mesmo pqno, mesmo manso,
mesmo cego e velho), não pode. E eu não
posso mais.
Logo eu que sou cricri e reclamona me percebo cada vez mais desencanada em relação às regras.
Quer usar cabelo desarrumado usa, quer ir bonita vai, quer pegar o cara mais fútil da balada pega, quer ligar 34589x pro cara e se declarar, liga, quer chorar, chora. Chega de regra! É claro que é sempre bom usar o bom senso, mas regrinha pra tudo já deu, já me basta o português/inglês.
Sou a número um da lista em levar bronquinhas pq fui contra alguma cartilha, falei demais, dancei muito descontroladamente ou pq fiquei quieta igual uma múmia. Sério, peguem leve com essa de regrinhas, que tal tentar uma vida mais fácil, leve e com menos julgamentos?
#porravelho
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Pqna Dosagem...
... sobre velhice
Eu espero não mudar de opinião até lá, mas desejo ter uma velhice tranquila e feliz sem que pra isso eu tenha que usar roupas curtas e justas me achando uma gatinha e virando motivo de piada, nem que eu pareça uma velha pervertida que olhe ao redor sempre com um olhar de caça, de quem esta no cio, nem que eu tenha que usar gírias teens pra me achar engraçada, e nem seja muito rabugenta e chata daquelas que tiram o humor de qualquer um. Tenho pavor de velha amargurada.
Espero muito não precisar andar de ônibus, pq se em 2012 já está esse caos imagina mais pra frente. Espero ter meus cachorros, que serão velhos como eu (tbm quero um filhotinho),
netos (????), vizinhos queridos e saber entender que a idade chega mesmo, queiramos ou não e que a saúde tende a ter complicações, mas não é preciso se desesperar.
E que eu me lembre que não há nada mais fofo e cativante que um senhor que sabe curtir a velhice e ser jovial ao mesmo tempo, ser alegre e acima de tudo um sábio, daqueles que falam com o tom certeiro de quem tem experiência.
domingo, 14 de outubro de 2012
É muito amor
Eu sou Nathália Katharine na certidão de nascimento, mas sou muitas outras, tantas outras, levo em mim cada pedacinho de uma amiga.
Sou Nathália Salomoni quando me vejo calma em meio à situações em que meu impulso seria chutar tudo pro alto. Sou Agnes nas horas mais racionais, controladas e totalmente descontroladas, sou Nancy quando danço e falo palavrão no meio da homarada, sou Mércia ao me emocionar com cenas banais e descrever tudo num papelzinho, sou Mizutani quando falo a verdade por mais que doa, e quando mudo de ideia em cima da hora.
Encarno a Caroline sempre que tiro energia para engatar um rolê no outro e ainda assim estampar um sorriso na foto. Há momentos em que sou três, pq Aline e Letícia são parecidas demais e quando faço o passinho do DUB são um pouco elas também. Sempre que leio Guimarães Rosa sou Samanta e quando pego pra me deliciar com Fernando Pessoa sou Roberta e Renata (amigans!)
Como nasci no mesmo dia em que a Beira Mar (a primeira negra que me conquistou na vida), sou Fernanda nas viagens piscianísticas. E como falar de peixes sem citar Raizi? Sou uma pimentinha quando grito brava e não consigo pegar no sono de tanta ansiedade. Sou Monique e Sumiya ao relembrar momentos na época do Euclydes, na transparência e complexidade de uma pré-adolescente. Sou Paula toda vez que suspiro por um negro!
Sou Lóris em cada dengo e preguiça, sou Lóris nos momentos de velhice, sou Lóris quando deixo meu orgulho de lado e demonstro minha fidelidade.
Sou isso e mais um pouco porque o que descrevi de cada uma pode ser citado em outra também. Somos parecidas mulherada!
Eu juro que tentei escrever mais coisa, rascunhei 3 textos diferentes, mas ficou piegas e meloso demais! E todas vocês sabem que nós não somos de mimimi, a gente é meio moleque, ai que bom! Ninguém merece tom pastel.
Cada momento, cada cerveja, cada riso sem fôlego, cada lágrima, cada dança, cada carona, cada SMS e inbox, cada desabafo, cada telefonema, tudo, tudo é importante demais!
Afinal das contas o que seria da vida se não tivéssemos com quem nos divertir, chorar, divagar, fofocar, pormenorizar, exagerar, maldizer e viver?
Obrigada por deixarem minha vida mais verdinha!
É nóis porra!
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Pqna Dosagem...
... sobre descontrole no final de semana
Ultimamente tem sido assim: na segunda programamos a quarta, na quarta pensamos possivelmente no que será de sexta, sábado e domingo. Na quinta o coração começa a palpitar por mais um descontrole que se anuncia, sem clichê, é muita alegria. Podemos mudar todos os rumos em cima da hora, mas quando nos encontramos é uma vibe voraz. Dançar entregue ao ritmo da música, sorrir, tomar vento na cara, viver e recarregar as energias para novamente sair programando mais um final de semana. E eu adoro! Mesmo com pouca grana, com chuva, frio, ou a maravilha dos tempos quentes, lá estamos brindando a vida sem neuras e complicações, brindar por brindar, não interessa se a olheira denuncia as noites mal dormidas, se as pernas pedem descanso e a ressaca maltrata, ainda assim a rua nos ganha novamente. E eu queria deixar registrado que delícia tem sido esses tempos.
Um brinde com catuaba, por favor!
tim tim
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Sem amarras na rotina
Não, não vai fazer igual. Vai fazer tudo diferente, mesmo
que repetir um hábito seja fácil, cômodo e automático.Quando surgem possibilidades
para inovar é bacana dá uma chance e sair da zona de conforto. Mudar é
difícil e gostoso ao mesmo tempo.
Um belo dia você decide fazer outro caminho pra
voltar para casa e acaba conhecendo novas paisagens, percepções, cheiros, outros
atalhos, novas vivências, por mais que chegue mais tarde ou pegue mais trânsito,
há que se ter sensibilidade para sentir a mudança. Quem te controla é a rotina, ou você sabe se guiar? Desatar as amarras que nos
prendem ao cotidiano é uma vitória! Seja pequena ou enorme, quem dita sua vida
é você, meu caro.
E aí que novamente surge mais uma oportunidade de fazer tudo
(?) diferente e experimentar novas sensações. Logo ela! Ela que sempre foi do
verbo, agora vai poder aceitar o silêncio. Logo ela que respira e vive aceleradamente
se vê atraída pela calmaria, um novo ritmo pode ser aprendido. Logo ela que adorava andar pelos buracos do
metrô, agora se locomove de outra maneira, uma maneira mais rápida e reta,
digamos assim. E começa a perder uns medos que há tempos não questionava.
Essas curvas que a vida faz (ou nós fazemos) são curiosas e intrigantes, mas no final das contas viver é uma delícia (e um perrengue!)
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
tempo e destino
De cabelo mais curto e o perfume que enfim retornou para o armário, agora faz caminho diferente. Pediu tanto, havia de atrair! Pagando promessa sem cervejinhas e tentando engatar um regime, é assim que a primavera chegou e vai caminhando.
e o acaso?
esse é um fanfarrão!
mas apesar de toda a querência, espera.
é difícil, aguarda.
quer nadar logo! mas acalma.
com tempo e destino não se brinca (se brinda!).
e o acaso?
esse é um fanfarrão!
mas apesar de toda a querência, espera.
é difícil, aguarda.
quer nadar logo! mas acalma.
com tempo e destino não se brinca (se brinda!).
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Caminhos
É preciso mudar os caminhos, as ruas, os cheiros, o vai e vem que se faz necessário precisa ser atrativo.
A mesmice, as calçadas já habitadas, o que já sei fazer de olhos vendados não me atrai. É aquele lance de quando você casa, que precisa conquistar o marido diariamente, saca? Acho que o casamento acabou. Enjoou da rotina do marido. Os mesmos horários, os mesmos assuntos debatidos na hora do almoço e do jantar, a problemática igual, os panos de fundo igual, cenário igual, minguando as energias.
É preciso mudar os caminhos, descobrir novos cafés, novas comidas, outros almoços, ideias novas, textos, fotos, eventos, outra temática, problemática nova!
Como na vida a gente atrai o que transmite, ando pensando em novas sensações, experiências e oportunidades. Vai que cola, que desata, que deslancha?
A vida não pode ser só cinza, há que achar e botar muita cor!
A mesmice, as calçadas já habitadas, o que já sei fazer de olhos vendados não me atrai. É aquele lance de quando você casa, que precisa conquistar o marido diariamente, saca? Acho que o casamento acabou. Enjoou da rotina do marido. Os mesmos horários, os mesmos assuntos debatidos na hora do almoço e do jantar, a problemática igual, os panos de fundo igual, cenário igual, minguando as energias.
É preciso mudar os caminhos, descobrir novos cafés, novas comidas, outros almoços, ideias novas, textos, fotos, eventos, outra temática, problemática nova!
Como na vida a gente atrai o que transmite, ando pensando em novas sensações, experiências e oportunidades. Vai que cola, que desata, que deslancha?
A vida não pode ser só cinza, há que achar e botar muita cor!
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Reforma em Pinheiros
Quem anda pelas redondezas de Pinheiros sabe que por lá instarou-se o caos. Uma obra nas ruas Paes Leme, Fereira de Araújo, Capri, aos arredores do Sesc Pinheiros, Sabesp e Largo da Batata, tem complicado o trânsito de carros e pedestres.
Segundo informações de quem trabalha no comércio local, a obra deve ser finalizada em meados de Dezembro, dando lugar ao terminal de ônibus de Pinheiros. Enquanto isso é um tal de desvia por ali, desvia por lá, gente perdida, trânsito, caos, barulho, poeira, pedreiros fazendo gracinha (ai ai as obras!), e muita paciência.
Espero (muito!) que o resultado final seja satisfatório, pois lá se foi quase um ano (ano eleitoral, muito importante lembrar), e nada de vermos a melhoria.
Quem me conhece sabe que eu adoro Pinheiros, vivo por lá, mas num ta fácil não!
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Maravilhoso e Inimaginável Mundo
Por favor, vamos combinar que essa vidinha fake de Facebook
não tá com nada?
Lá ninguém é feio, ninguém fala o que na verdade pensa e sente, lá todo mundo está sempre impecável, na estica e nas baladas. Lá todo mundo só come do bom e do melhor (e do mais bonito), todo mundo malha muito, vai ao cinema, cantarola em inglês, ama-se demais pros lados de lá. Ninguém discute, ninguém briga, ninguém xinga, é um mundo muitíssissimo tom pastel e certinho. Piada maldosa, raiva, dor, racismo, preconceito, tristeza e defeitos são reprimidos ou inexistentes. Alguns até ensaiam uns mini textos, mas ninguém curte, nem compartilha, não fica na moda.
Lá ninguém é feio, ninguém fala o que na verdade pensa e sente, lá todo mundo está sempre impecável, na estica e nas baladas. Lá todo mundo só come do bom e do melhor (e do mais bonito), todo mundo malha muito, vai ao cinema, cantarola em inglês, ama-se demais pros lados de lá. Ninguém discute, ninguém briga, ninguém xinga, é um mundo muitíssissimo tom pastel e certinho. Piada maldosa, raiva, dor, racismo, preconceito, tristeza e defeitos são reprimidos ou inexistentes. Alguns até ensaiam uns mini textos, mas ninguém curte, nem compartilha, não fica na moda.
No maravilhoso mundo do Facebook, as mulheres são muito
gostosas, donas de sí e autoconfiantes, onde carência não tem lugar. Os homens
bombados, muito pegadores ou muito fiéis, ninguém pula cerca ou é cafajeste, isso
lá é proibido. A voracidade com que alguns casais ficam, tiram fotos, e passam
para “um relacionamento sério”, é sensacional. De um relacionamento sério, pra
solteiro, então é um pulo! Muito prafrentex essa galera.
Ninguém lá diz a verdade sobre quando a balada é miada ou o evento é falido, querem mais é sorrir pras câmeras e mostrar que estavam firmes e fortes em mais uma fextinha, felizes com seus copos de energético nas mãos.
Ninguém lá diz a verdade sobre quando a balada é miada ou o evento é falido, querem mais é sorrir pras câmeras e mostrar que estavam firmes e fortes em mais uma fextinha, felizes com seus copos de energético nas mãos.
Ah! E como esquecer da literatura? Lá no Face (pros
íntimos), o espaço para a literatura é super aberto! Todo mundo lê Clarice
Lispector, Caio Fernando Abreu, Fernando Veríssimo, Fernando Pessoa, Xico
Chavier, Dalai Lama, até arquivos da Monja Coen, eles leem. São muito
inteligentes esses facebookianos.
Imagine você que o asterisco (aka, jogo da velha (#)) agora está em alta!
Em relação à música o pessoal também é bastante antenado. Se
curtirem um ritmo, é fulano que compartilha foto de instrumento, de show, de
banda, compartilha letra de música, faz evento e sai marcando geral para
comparecer. É cicrana que compartilha link de festa, foto de DJ, estrofe de
canção favorita, quem sabe não consegue trazer mais convidados?
Lá eles também são bem intencionados (e já dizia o ditado
que disso o inferno tá cheio). Compartilham fotos de crianças desaparecidas,
cachorros perdidos, pessoas doentes e que precisam de ajuda, todos juntos numa
união arrepiante!
Que as mídias sociais mudaram o jeito da sociedade se
comunicar, é fato consumado, não há nem o que se discutir. Mas é uma pena que a
mesma tecnologia que aumenta a velocidade e consumo da comunicação traga no
mesmo pacote um padrão pasteurizado de vida feliz.
Ninguém é só bonzinho, bonito e usa batom e a grande maioria prefere compartilhar foto do que de fato por a mão a massa e entrar no projeto de um trabalho voluntário.
Um brinde aos que conseguem mostrar realismo no facebook e assumem que ter problemas, acordar sem
maquiagem e ficar triste também compõem a vida.
Enquanto você se esforça postando fotos e verbetes
inteligentes, Mark Zuckerberg tá lá degustando um suco gelado na sua rede em
frente ao mar.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Bora nóis
tanta coisa pra poder fazer (que façam sentido, que façam gosto, que encham a boca), e a indecisão instaura-se.
canções de protesto,
folhetins,
português,
roteiros,
documentário,
sertão Veredas,
Pessoa,
Ciranda de Pedra.
unidunitê!
valendo!
canções de protesto,
folhetins,
português,
roteiros,
documentário,
sertão Veredas,
Pessoa,
Ciranda de Pedra.
unidunitê!
valendo!
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Não faz sentido
Não faz sentido viver só por viver
Ir e vir 5 dias da semana numa peleja desgraçada, pra no final do mês catar
todo o dinheirinho e pagar continhas nessa vidinha, inha.
Não faz sentido trabalhar por trabalhar, engolir sapos e por
a mão na massa num retrabalho do caralho porque fulano de tal mudou de ideia.
Sem essa de ventricologia. Apenas uma aula, e isso já foi o máximo!
Não faz sentido morar num apê com vista pra uma escola
barulhenta, fedida, feia. Odeio barulhos, mas como pedir silêncio justamente na
hora do recreio?
Não faz sentido deixar a vida me levar, sem saber bem pra
onde e nem por quê.
Tudo o que havia rascunhado e planejado caiu por terra. Há 8 meses vive nesse questionamento cansativo e incessante. Num sei disso, num sabe daquilo.
A pergunta é: pra quê tudo isso? Pra que as pessoas gastam seus tempos fazendo atividades imbecis, comprando roupas, estudando temas que julgam importantes, casando-se, tendo filhos, Deus, pra quê ter filhos?
Tudo o que havia rascunhado e planejado caiu por terra. Há 8 meses vive nesse questionamento cansativo e incessante. Num sei disso, num sabe daquilo.
A pergunta é: pra quê tudo isso? Pra que as pessoas gastam seus tempos fazendo atividades imbecis, comprando roupas, estudando temas que julgam importantes, casando-se, tendo filhos, Deus, pra quê ter filhos?
Eu sei lá, não consigo achar uma resposta plausível e
muito menos encontrar um sentido pra vida.
Isso é falta de Jesus, dizem uns.
Isso é falta de namorado, balbuciam outros.
Isso é falta de estudo, sentenciam muitos.
E entre a religião, o amor e a inteligência, vou vivendo,
indo, endo, logo eu que sempre odiei o gerúndio.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Alegrias Cotidianas
Das melhores coisas da vida: chegar às 06h30 vendo o domingo friozinho nascer depois de ter dançado muito (muito mesmo!) feliz e plena na pista com o corpo de baile ouvindo as melhores músicas do Brasil. Estou muito apaixonada por isso, por essas sensações que só eu posso sentir, só eu sei, só eu vivi! Nada melhor do que gastar com aquilo que te faz realmente feliz, né? É por essas e outras que a minha independência não se paga com nada e nem ninguém!
E só de pensar que sábado tem mais, que vou se eu quiser, como quiser, a hora que quiser, que a vida é bela e Tutu amado, já fico animada!
Pelo menos aquele namorado podre (o pior de todos) me ensinou isso: sair sozinha é bom demais!
É muita felicidade!
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Pqna Dosagem...
... Sobre natação:
Preciso voltar a nadar! preciso do verbo já! Sou peixe, sou da água, tenho necessidade de nadar.
Com a primavera se aproximando minha ansiedade só aumenta, e não há yoga que me desacelere. O que me sossega são 40 batidas de crawl, saca? É sair da piscina com a perna tremendo, quase morrendo e feliz da vida. Em 2010 eu decidi começar a nadar durante o inverno (odeio inverno, queria água quente, algo que me tirasse de casa) e foi uma ideia sensacional! Agora faz mais de um ano que não pratico, me sinto fora de forma e sedentária.
Vou voltar pra piscina o quanto antes!
Ai não vejo a hora de ficar com cheiro de cloro, cabelo duro, usando óculos e meu maiô verde-musgo!
Avante nadadora, dá seus pulo!
Alegrias Cotidianas
Tem coisa melhor do que você chegar em casa depois de ser esmagada por gente fedida e mal educada no ônibus e ter um cão velho feliz te esperando? E um copo d´água depois de esperar 40 minutos pra matar a danada da sede? Pão de queijo quentinho saindo forno quando você pisa na padaria? Lembrar em cima da hora que aquele programa amado tá passando? Ligar o som e aquela música phoda rolando?
A nova seção do CC vem pra brindar e compartilhar essas pequenas alegrias, que amenizam o stress e merecem ser lembradas sempre que acontecem! Afinal, eu já disse: A vida é bela.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Exercício Descritivo
Era um lugar antigo com cheiro de coisa velha. Móveis, papéis espalhados na parede, lousa antiga, giz rosa destacando uma palavra, formulários, escadas, pessoas.
Habitado preferencialmente por jovens, livres, inteligentes, bonitos, diferentes (?). E não é que se achou parte do todo, assim assim, por nada? Sem querer olhou ao redor e percebeu como aquilo poderia ser bom, ótimo, sensacional! Ainda que tivesse que ultrapassar barreiras, controlar a ansiedade e finalmente mostrar a que veio. O sentimento de querer inundou-lhe o coração e foi como se outro mundo estivesse se abrindo naquele momento, às 18h40 daquela quarta-feira de temperatura ambiente.
Como nunca havia pensando naquilo antes? Como esperou passar tanto tempo? Como pode pegar o ônibus que vem e que vai por 10 anos e nunca, nunquinha da Silva ter pensando que aquilo não era só aquilo? Do lado de sua casa, debaixo de seu nariz e... nada!
Agora, porém, queria recuperar o tempo perdido. Analisou, rascunhou, reparou no vai e vem de transeuntes apressados devorando salgados gigantes de algum refeitório distante. Pelo cheiro, estava bom. Com a mente sonhadora de sempre conseguiu imaginar e foi além visualizando cenas, pessoas, coisas, parte de uma vida que ainda nem começou.
Será que vai conseguir?
Será que vai dar certo?
Será que é aquilo mesmo?
serás, serás, serás,
e era tempo que passava e a dita cuja não chegava!
Quando enfim, às 20h40 se depara com a feliz chegada (tinha memória fotogrática, era tarefa fácil), conseguiu driblar as palavras embaralhadas que insistiam em aparacer e soltou de forma sucinta seu objetivo. Recebeu sorriso e aparente aceitação. Um alívio para sua mente que teimava em pertubar!
Agora, já descendo as escadas para ir embora, foi seguindo com gelo na barriga.
Tinha que dar certo! Seria um sonho!
Pegou a chave do carro e encontrou um papel que recebeu logo que chegou.
Coisa de revolução. Guardou na bolsa e pensou: Não era sonho, é realidade!
Habitado preferencialmente por jovens, livres, inteligentes, bonitos, diferentes (?). E não é que se achou parte do todo, assim assim, por nada? Sem querer olhou ao redor e percebeu como aquilo poderia ser bom, ótimo, sensacional! Ainda que tivesse que ultrapassar barreiras, controlar a ansiedade e finalmente mostrar a que veio. O sentimento de querer inundou-lhe o coração e foi como se outro mundo estivesse se abrindo naquele momento, às 18h40 daquela quarta-feira de temperatura ambiente.
Como nunca havia pensando naquilo antes? Como esperou passar tanto tempo? Como pode pegar o ônibus que vem e que vai por 10 anos e nunca, nunquinha da Silva ter pensando que aquilo não era só aquilo? Do lado de sua casa, debaixo de seu nariz e... nada!
Agora, porém, queria recuperar o tempo perdido. Analisou, rascunhou, reparou no vai e vem de transeuntes apressados devorando salgados gigantes de algum refeitório distante. Pelo cheiro, estava bom. Com a mente sonhadora de sempre conseguiu imaginar e foi além visualizando cenas, pessoas, coisas, parte de uma vida que ainda nem começou.
Será que vai conseguir?
Será que vai dar certo?
Será que é aquilo mesmo?
serás, serás, serás,
e era tempo que passava e a dita cuja não chegava!
Quando enfim, às 20h40 se depara com a feliz chegada (tinha memória fotogrática, era tarefa fácil), conseguiu driblar as palavras embaralhadas que insistiam em aparacer e soltou de forma sucinta seu objetivo. Recebeu sorriso e aparente aceitação. Um alívio para sua mente que teimava em pertubar!
Agora, já descendo as escadas para ir embora, foi seguindo com gelo na barriga.
Tinha que dar certo! Seria um sonho!
Pegou a chave do carro e encontrou um papel que recebeu logo que chegou.
Coisa de revolução. Guardou na bolsa e pensou: Não era sonho, é realidade!
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Pqna Dosagem..
...Sobre ciúme dos amigos:
Desde que conheci Andreza a vida aos poucos foi mudando. Aprendi
que ciúme é insegurança, e como odeio parecer insegura em qualquer coisa,
comecei a tirar de letra as perseguições e neuras que rondavam minha cabeça.
Claro, aprendi solteira e quando tive um curto namoro percebi que o quesito
ciúme de namorado havia melhorado de fato (Todas vibra!). Porém, por gentileza,
não toque nos meus amigos! Não é medo de perder, não tem nada a ver com insegurança,
sei que sou querida por eles, e que não serei esquecida, mas odeio disputar
atenção, e tenho ciúme dos meus amigos, ponto final. Como tenho vários amigos
homens, e homem é tudo palhaço, quando surge ‘carne nova’ no pedaço eu quase
morro do coração.
Me deixam de lado e ficam babando por outrem. Deixa eles comigo! Ainda bem que tenho plena consciência de que ninguém nesse mundico é Nathália Katharine. Ninguém é tão maldosa, engraçada, rabugenta, inventora de gírias e musiquinhas e paradigmas, como eu!
Das meninas também tenho ciúme, mas como sou muito da
exibida não deixo transparecer. Isso não vale pra Agnes nem Sidão porque com
elas dou chilique sem rodeios.
Os amigos todos são meus, só meus.
Obrigada.
Obrigada.
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Orações
Assim como irmã Zuleide que bomba no face com suas orações bizarras e verdadeiras, irmã Natalha também ora, e ora muito!
Tô orando por você que gasta seu salário inteiro em roupas que mal pode pagar só para fazer parte de um grupo
Tô orando por você que acha que seu namorado/marido não têm amigas na faculdade ou no trabalho
Tô orando por você que insiste em falar "seje" e "menas"
Tô orando por você que paga de mala no forró, diz que só vai aos domingos porque é o melhor dia, mas tem que sair antes da 00hra porque senão perde o trem
Tô orando por você que adiciona geral no facebook, mas vive reclamando que está sozinho e sem amigos
Tô orando por você que é jornalista, se acha mais que os outros e se faz de amigos de gente que você nem conhece e ao menos admira
Tô orando por você que depende do Jd. Maria Luiza, (quer dizer, tô orando por nós)
Tô orando por você que me subestima e acha que sou apenas um par de coxas
Tô orando por você que acha sua religião melhor que as outras e quer obrigar as pessoas a se converterem
Tõ orando (muito!) por você que acha que sua vida não deu certo por causa dos outros, sempre os outros, e não mexe uma palha para melhorar
Continuaremos orando!
Pqna Dosagem...
... Sobre como é bom escrever aqui
Voltei com o meu vício! Por mais que não sobre tempo e eu fique com preguiça (apesar dos textos surgirem e girarem na minha cabeça como sempre), voltar a escrever aqui é bom demais. Chega desse negócio de ficar reclamando em mídia social. Vou reclamar e amar muito é no meu Cotidiano Cinza! A temática já não é mais a velha e boa São Paulo, mas o que vale é expressar sentimentos, ir vivendo e ter tudo registradinho aqui.
Confesso que a-do-ro ler texto velho, então, vou escrever como se não houvesse amanhã pra quando eu for uma idosinha poder sentar e ter muuito que lembrar.
Meu blog, assim como meu carro e minha cachorra, é um velho que eu amo MUITO.
Cadê o bom senso?
Será que todo santo dia tenho que pedir pras pessoas na
escada rolante do metrô ficarem à direita e deixarem a passagem livre pros que
estão com pressa?
E dentro ônibus lembrar para tirarem a mochila das costas, tomar cuidado com cotovelo na cabeça dos transeuntes e com a bolsa quase batendo no rosto de quem está sentado?
Será que tenho que dizer e relembrar que os assentos preferenciais são realmente para dar preferência para gestantes, idosos, deficientes, obesos?
Será que ainda há quem não saiba que jogar lixo no chão compromete o bom funcionamento da rede de esgotos e interfere no meio ambiente? E quem cuspe no chão? E quem espirra sem por a mão na frente? E quem grita no celular?
Será que os donos dos Santa-Fé, CRV, I30, Veloster e Azera não sabem utilizar a porra da seta antes de mudar de faixa? E que as vias também possuem uma velocidade mínima permitida, porra anda com isso caralho!
De que adianta os zilhões de Iphones, Androids, Smart TV, Ipads, casas inteligentes, tecnologia a mil, PIB crescendo, classe C ganhando destaque, e o Brasil sendo considerado um país acolhedor, se o povo, a massa, os pobres, os médios, os ricos, a sociedade em geral não têm o mínimo de bom senso? Se cada um pensa apenas em seu próprio umbigo e foda-se o resto. Isso entristece, embravece, faz com que minha mínima paciência chegue ao nível zero.
E dentro ônibus lembrar para tirarem a mochila das costas, tomar cuidado com cotovelo na cabeça dos transeuntes e com a bolsa quase batendo no rosto de quem está sentado?
Será que tenho que dizer e relembrar que os assentos preferenciais são realmente para dar preferência para gestantes, idosos, deficientes, obesos?
Será que ainda há quem não saiba que jogar lixo no chão compromete o bom funcionamento da rede de esgotos e interfere no meio ambiente? E quem cuspe no chão? E quem espirra sem por a mão na frente? E quem grita no celular?
Será que os donos dos Santa-Fé, CRV, I30, Veloster e Azera não sabem utilizar a porra da seta antes de mudar de faixa? E que as vias também possuem uma velocidade mínima permitida, porra anda com isso caralho!
De que adianta os zilhões de Iphones, Androids, Smart TV, Ipads, casas inteligentes, tecnologia a mil, PIB crescendo, classe C ganhando destaque, e o Brasil sendo considerado um país acolhedor, se o povo, a massa, os pobres, os médios, os ricos, a sociedade em geral não têm o mínimo de bom senso? Se cada um pensa apenas em seu próprio umbigo e foda-se o resto. Isso entristece, embravece, faz com que minha mínima paciência chegue ao nível zero.
Os brasileiros precisam muito de educação. Enquanto escrevo
isso e amenizo a minha raiva, pode ter certeza que tem um ônibus parado porque
está lotado e aquela pessoa que não consegue entrar e não tem o mínimo de bom
senso para esperar o próximo, continua atravando a viagem e a vida das outras
pessoas.
É muita decadência!
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
É Muito Bela
A vida é bela sempre. Mesmo quando não consigo paz de espírito, mesmo quando mal digo o mundo dentro do ônibus, mesmo quando ouço críticas que me deixam pra baixo, ainda assim a vida é bela.
Não tenho muitos amigos, mas os que tenho escolhi a dedo, quem me conhece sabe que sou duma chatice sem igual. A vida é bela quando me dou conta que apesar de não trabalhar onde eu quero, a minha cabeça, os meus valores, o que eu leio, o que escrevo, o que eu pauto, o que eu rascunho, meus planejamentos e todo o resto fazem parte de mim. Eles fecham comigo! A vida é bela mesmo quando choro, quando me acho feia, quando me acho um nada, um zé ninguém, e me sinto só, ela é bela.
Depois sento no sofá com a minha cachorra velha e assisto 4 telejornais ao mesmo tempo e a tristeza vai passando. A vida é bela quando me dou conta que só frequento lugares que eu quero, mesmo sozinha. É ainda mais bela quando sinto cada pêlo do meu corpo arrepiado com as músicas que o amado Tutu Moraes lança na festa! É bela quando ouço um forró querido e me rodopio no salão. A vida é bela quando se passa batom rosa e vermelho. A vida é bela, aprendi com uma blogueira a qual admiro muito! A vida é bela também é meu mantra.
Há diversas maneiras de encarar a vida e eu acredito em vibração de energia, por isso quando digo que a vida é bela minha vibração vai mudando aos poucos e isso ajuda. A vida é bela nas horas de edição e gravação, na hora da passagem, quando escrevo os relatórios de reportagem e reparo em cada detalhe de mais um vídeo que virá ao mundo! A vida é bela quando vou ao dentista e sinto que fiz mais dois amigos. E vou aos poucos perdendo os medos dos motores e das brocas e depois dou um mega sorriso em frente ao espelho e fico feliz com o resultado. A vida é bela ainda que eu tenha menos dinheiro do que eu gostaria e tenha que usar o cheque especial. Mas no final das contas sempre sobra um restinho pra bancar a sagrada e merecida cerveja da sexta à noite.
A vida é bela quando topo com algum ex pela vida a fora e me dou conta de que não perdi nada e continuo feliz sem ele. E que se ele ganhou quilos extras, eu parei nos 56, obrigada.
A vida é bela quando entro no meu carro (velho, usado, amado, querido, vermelho, belo!) e dirijo para algum lugar ouvindo a música que eu amo. A vida é bela sem trânsito, com trânsito há que se ter algo para ler. A vida é bela com saúde! Com raiz crespa do cabelo crescendo deixando em evidência que tá tudo ok,
com fome sempre fazendo a barriga roncar, com a caralha da espinha surgindo na ponta do nariz. A vida é bela quando dou por mim que a faxina apesar de dolorosa é necessária, e que é preciso se desfazer daquilo que já não nos pertence.
A vida é bela quando faço os outros rirem, quando dou conselhos verdadeiros, quando falo maldades, quando choro com vontade. A vida é bela também nas recordações, mas é mais bela quando planejo o que está por vir. Vou estudar, construir, ficar muito mal humorada, fazer muita palhaçada, enfim vou viver.
E tudo isso porque a vida amigo, ela é bela!
Não tenho muitos amigos, mas os que tenho escolhi a dedo, quem me conhece sabe que sou duma chatice sem igual. A vida é bela quando me dou conta que apesar de não trabalhar onde eu quero, a minha cabeça, os meus valores, o que eu leio, o que escrevo, o que eu pauto, o que eu rascunho, meus planejamentos e todo o resto fazem parte de mim. Eles fecham comigo! A vida é bela mesmo quando choro, quando me acho feia, quando me acho um nada, um zé ninguém, e me sinto só, ela é bela.
Depois sento no sofá com a minha cachorra velha e assisto 4 telejornais ao mesmo tempo e a tristeza vai passando. A vida é bela quando me dou conta que só frequento lugares que eu quero, mesmo sozinha. É ainda mais bela quando sinto cada pêlo do meu corpo arrepiado com as músicas que o amado Tutu Moraes lança na festa! É bela quando ouço um forró querido e me rodopio no salão. A vida é bela quando se passa batom rosa e vermelho. A vida é bela, aprendi com uma blogueira a qual admiro muito! A vida é bela também é meu mantra.
Há diversas maneiras de encarar a vida e eu acredito em vibração de energia, por isso quando digo que a vida é bela minha vibração vai mudando aos poucos e isso ajuda. A vida é bela nas horas de edição e gravação, na hora da passagem, quando escrevo os relatórios de reportagem e reparo em cada detalhe de mais um vídeo que virá ao mundo! A vida é bela quando vou ao dentista e sinto que fiz mais dois amigos. E vou aos poucos perdendo os medos dos motores e das brocas e depois dou um mega sorriso em frente ao espelho e fico feliz com o resultado. A vida é bela ainda que eu tenha menos dinheiro do que eu gostaria e tenha que usar o cheque especial. Mas no final das contas sempre sobra um restinho pra bancar a sagrada e merecida cerveja da sexta à noite.
A vida é bela quando topo com algum ex pela vida a fora e me dou conta de que não perdi nada e continuo feliz sem ele. E que se ele ganhou quilos extras, eu parei nos 56, obrigada.
A vida é bela quando entro no meu carro (velho, usado, amado, querido, vermelho, belo!) e dirijo para algum lugar ouvindo a música que eu amo. A vida é bela sem trânsito, com trânsito há que se ter algo para ler. A vida é bela com saúde! Com raiz crespa do cabelo crescendo deixando em evidência que tá tudo ok,
com fome sempre fazendo a barriga roncar, com a caralha da espinha surgindo na ponta do nariz. A vida é bela quando dou por mim que a faxina apesar de dolorosa é necessária, e que é preciso se desfazer daquilo que já não nos pertence.
A vida é bela quando faço os outros rirem, quando dou conselhos verdadeiros, quando falo maldades, quando choro com vontade. A vida é bela também nas recordações, mas é mais bela quando planejo o que está por vir. Vou estudar, construir, ficar muito mal humorada, fazer muita palhaçada, enfim vou viver.
E tudo isso porque a vida amigo, ela é bela!
quarta-feira, 18 de julho de 2012
É pedir muito?
Como sempre digo queria apenas uma vida mais fácil
Queria que o Jd. Maria Luiza não fosse sempre muito cheio
Queria uma mãe normal e não negligente
Um chefe que valorizasse o trabalho de todos
Um VR de 15,00 é pedir muito? Conheço nego que ganha cerca 1 mil por mês, e eu aqui pedindo apenas 15,00 por dia
Café quente e pão de queijo disponíveis, além das moedas certas na bolsa pra bancar o lanche, queria tanto!
Queria conseguir administrar todas as contas e não entrar no cheque especial. Mesmo com aquela mega promoção na EMME, mesmo com o filme no cinema e o lançamento de um lanche x no Shopping, mesmo assim, com todas as vontades, não queria mais o tal cheque especial que de especial não tem nada.
Queria bancar sozinha meu intercâmbio e apenas comunicar aos mais chegados que ó, to indo, hein!
Ou arranjar um emprego em que eu realmente estivesse totalmente apaixonada, envolvida, entregue, sei lá um novo projeto, um vídeo voraz, um documentário no sertão.
Queria estudar muito e ganhar pra isso, preguiça não tenho, me falta é o diaxo do salário.
Queria ser mais acomodada, mais tranquila e não viver sempre na ponta da faca.
Queria morar no Rio, mais precisamente em Laranjeiras, mais precisamente feliz e sozinha.
Na verdade, eu queria a simplicidade de vida que tem uma moça que conheci numa viagem ao Rio de Janeiro. Chegou dia 01/01 e ficaria mais 20 dias com uma outra amiga acampando com a praia quase só pra elas já que a grande muvuca (a qual eu estava inclusa) voltaria no próprio dia primeiro. Formada em Letras na Federal do Espírito Santo ela era professora de Português (dava aulas pra uns gringos), morava numa casinha humilde de frente pro mar, fazia os horários de aula conforme quisesse, vivia com a casa cheia de amigos, ganhava dinheiro suficiente pra se sustentar e sobre os planos para a vida, carreira, moradia, futuro e indagações, feitas por mim, simplesmente respondeu:
- Ah, eu vou vivendo, saca?
Queria uma mãe normal e não negligente
Um chefe que valorizasse o trabalho de todos
Um VR de 15,00 é pedir muito? Conheço nego que ganha cerca 1 mil por mês, e eu aqui pedindo apenas 15,00 por dia
Café quente e pão de queijo disponíveis, além das moedas certas na bolsa pra bancar o lanche, queria tanto!
Queria conseguir administrar todas as contas e não entrar no cheque especial. Mesmo com aquela mega promoção na EMME, mesmo com o filme no cinema e o lançamento de um lanche x no Shopping, mesmo assim, com todas as vontades, não queria mais o tal cheque especial que de especial não tem nada.
Queria bancar sozinha meu intercâmbio e apenas comunicar aos mais chegados que ó, to indo, hein!
Ou arranjar um emprego em que eu realmente estivesse totalmente apaixonada, envolvida, entregue, sei lá um novo projeto, um vídeo voraz, um documentário no sertão.
Queria estudar muito e ganhar pra isso, preguiça não tenho, me falta é o diaxo do salário.
Queria ser mais acomodada, mais tranquila e não viver sempre na ponta da faca.
Queria morar no Rio, mais precisamente em Laranjeiras, mais precisamente feliz e sozinha.
Na verdade, eu queria a simplicidade de vida que tem uma moça que conheci numa viagem ao Rio de Janeiro. Chegou dia 01/01 e ficaria mais 20 dias com uma outra amiga acampando com a praia quase só pra elas já que a grande muvuca (a qual eu estava inclusa) voltaria no próprio dia primeiro. Formada em Letras na Federal do Espírito Santo ela era professora de Português (dava aulas pra uns gringos), morava numa casinha humilde de frente pro mar, fazia os horários de aula conforme quisesse, vivia com a casa cheia de amigos, ganhava dinheiro suficiente pra se sustentar e sobre os planos para a vida, carreira, moradia, futuro e indagações, feitas por mim, simplesmente respondeu:
- Ah, eu vou vivendo, saca?
Saco e quero igual.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
O Real Significado das Coisas
eu não conheço você, não sei se vc é legal ou muito chato e metido, não sei nada, além de informações sobre trabalho e fotos perdidas tiradas na santa festa. Além disso, nada. Vc tbm não me conhece, não sabe o quanto posso ser engraçada e deliciosa se eu quiser, e grossa ou insuportável se me der na telha. Não sabe que minha cor preferida é verde e que tenho mania de assistir todos os telejornais possíveis e ficar comparando um a um, passagens, inserts e offs. Mas vc surge exatamente no momento crucial da minha vida. Quando eu decido o que quero pra mim daqui pra frente (na verdade sempre tive um impulso pra esse lado, sempre simpatizei, sempre bateu fundo aqui no meu peito, mas certeza só tive agora), quando um clarão se abre no meio da madrugada e o estalo é tão forte e barulhento que chega a ensurdecer.
Você me aparece de camisa florida, dançando assim como eu, como se não houvesse amanhã. E ali no meio, encostada e suada com gente de que já considero parte ta minha turma, parte de mim, me sinto plena, satisfeita, arrepiada e feliz. Porque apesar de ser apenas uma festa, minha cabeça não para um minuto. Planejo, sonho com o futuro, prevejo caminhos, sensações e até cheiro eu consigo sentir. É como se eu já estivesse ali, mas é naquele momento, lá dentro, que eu vejo o quão real é tudo aquilo. Se cheguei ali, foi por mérito próprio. Eu gosto daquilo, do que eu faço, de quem eu sou e não há como voltar atrás. Me assumo 100%. Me alivio, me regojizo, e Gal Costa berra um refrão. Agora caiu minha ficha porque a santa faz tanto bem e tem tanto significado. Pq agora é daqui pra frente! Desse jeito. E se vc for do jeito que é na minha mente, eu tenho ainda mais certeza do que eu quero pra mim. Quero inteligência, simplicidade, cultura, sabedoria, beleza, autenticidade, quero Pinheiros e Vila Madalena, quero leitura, quero risada, quero, raciocínio e leveza. Quero relacionamento baseado em sentimentos puros e intensidade.
Posso estar redondamente enganada e tudo isso cair por terra, vc não ser nadica disso tudo, mas sou muito grata de conseguir enxergar em você a clareza que estava embaralhada aqui dentro. Como se eu virasse o espelho do meu futuro e visse tudo de maneira nítida!
Que significado uma pessoa que você viu apenas numa balada pode ter? Nenhuma, dirão em coro. E eu irei contra, e direi que às vezes o significado não está na pessoa. Está em você mesmo, basta uma camisa florida e um jeito voraz de dançar, pra que você consiga entender.
Bora construir o que falta, estudar, trabalhar no que se ama e morar enfim, em seu apartamento antigo!
muito amor!
s2
terça-feira, 5 de junho de 2012
Santo é Forte
O que tem salvado entre outros ritmos e pessoas interessantes e que aquecem o coração, é o Santo Forte, que vezes é no studio emme e noutras rola no meu carro, no dia a dia.
Tem como não amar?
sábado tô lá!
Encanteria - Maria Bethânia
Vou queimar a lamparina
Quando o Rei me der sinalEu sou da Casa de Mina
Ele é da Casa Real
Eu desci da lua cheiaPelo raio que alumia
Eu cheguei na sua aldeiaPra fazer encanteria
Eu vim ver minha maninhaDona do fundo do mar
Ela canta de noitinhaDe manhã torna a cantar
Moço, apaga essa candeia
Deixa tudo aqui no breu
Quero nada que clareiaQuem clareia aqui sou eu
Vou queimar a lamparinaQuando o Rei me der sinalEu sou da Casa de MinaEle é da Casa Real
Vim depressa como o vento
Mas não sei porque é que eu vimFoi num canto de lamento
Que alguém chamou por mim
Acho que cheguei mais cedo
Antes de quem me chamou
Mas se me chamou com medoVou-me embora, agora eu vou
De qualquer maneira eu deixoNessa casa minha luzAbro ponto e ponto fechoDeixo o resto com Jesus
Tem como não amar?
sábado tô lá!
Encanteria - Maria Bethânia
Vou queimar a lamparina
Quando o Rei me der sinalEu sou da Casa de Mina
Ele é da Casa Real
Eu desci da lua cheiaPelo raio que alumia
Eu cheguei na sua aldeiaPra fazer encanteria
Eu vim ver minha maninhaDona do fundo do mar
Ela canta de noitinhaDe manhã torna a cantar
Moço, apaga essa candeia
Deixa tudo aqui no breu
Quero nada que clareiaQuem clareia aqui sou eu
Vou queimar a lamparinaQuando o Rei me der sinalEu sou da Casa de MinaEle é da Casa Real
Vim depressa como o vento
Mas não sei porque é que eu vimFoi num canto de lamento
Que alguém chamou por mim
Acho que cheguei mais cedo
Antes de quem me chamou
Mas se me chamou com medoVou-me embora, agora eu vou
De qualquer maneira eu deixoNessa casa minha luzAbro ponto e ponto fechoDeixo o resto com Jesus
segunda-feira, 28 de maio de 2012
não gosto
se você é falso, esnobe, fútil e antiético eu não gosto de você, e por mais que você seja uma autoridade, meu superior em algum cargo da vida, ou eu dependa de você pra alguma coisa, vou continuar não gostando. Pra mim parceiro, o que vale é a honestidade, consciência limpa e transparência. E luto pra ser assim onde puder. Já perdi emprego pq nego de RH foi grosso comigo e levou patada de volta. Já deixei de fazer matérias com temas bem sensacionais pq o superior era um porre e ferrava com tudo. Já levei puxão de orelha com 25 anos por tratar de maneira seca um nego que outrem achou que merecia mais. Mas pra mim não, não e não. Sou seca, grossa, chata com quem não aturo. Sou legal só quando quero, engraçada só quando quero e não adianta pedir pq meu jeito não vai mudar. Se precisar ser falsa pra subir na vida, continuarei no térreo e feliz (do meu jeito). Eu carrego essa bandeira e esse fardo pesado, mas sigo na linha que acredito ser certa. Se não puder ser assim eu não quero. Por isso já deixei pai, mãe, tio, namorado, chefe e amigos com vergonha. Passo direto, finjo que não ví e se bobiar dou um fora sutil.
(quando amo, amo de verdade, tá?)
<3
(quando amo, amo de verdade, tá?)
<3
domingo, 27 de maio de 2012
domingo de maio, sem lenço sem documento e sem amigo. postar no face, sair de carro e rascunhar projetos infelizmente não alivia. e amanhã é mais uma segunda que me puxa pra toda correria e afazeres normais.
dentista. santista. vaga aberta para melhor amigo preencher. fazia tempo que não sentia isso e não é nada bom.
mas passa, como sempre, e logo já é junho, pra alegria da catarina.
dentista. santista. vaga aberta para melhor amigo preencher. fazia tempo que não sentia isso e não é nada bom.
mas passa, como sempre, e logo já é junho, pra alegria da catarina.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Dá meu microfone!
Eu adoro caos (ainda vou cobrir enchente!), tragédias, descontroles e etc. Hoje o metrô e o trem aqui da cidade cinza estão em greve. Tem trânsito, tem gente fazendo protesto, tem fonte oficial querendo falar e não resolvendo nada, tem link ao vivo e tem fila no metrô. Me manda cobrir que eu vou fácil e vou feliz.
Pulsar, São Paulo pulsa sempre, mas em dias assim, é necessário reajustar o cotidiano, mudar, deixar que os paulistanos tons pastel deixem seu umbigo de lado e passem a reparar no todo. Geral se ferrando? Aí sim.
Penso, rascunho na cabeça textos de abertura, passagem, essas coisas que só gente que ama muito essa coisa maluca entende. Heidy entenderia.
Já fiz promessa, o movimento aqui dentro e fora também já mudou.
Que os santos me ouçam, pq é pra lá que eu vou!
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Eu não gosto de você inverno
Passei vários anos desejando que o inverno trouxesse alguém pra me esquentar. Sou daquelas que o-d-e-i-a inverno com todas as forças. Fico triste, deprimida, mal humorada, carente, não tenho ânimo para sair ou conversar com amigos. Eu sou da rua e do calor, dos botecos que vendem cervejas geladas, sou das saias e shorts e vestidos floridos e tempo quente e alegre, que sem querer faz o povo se movimentar. Ou você já viu alguém ficar parado, letárgico suando em pleno verão? Eu não.
O frio é bom pra deitar junto, pra comer muito junto, pra assistir filme, essas coisas de namorado, até dá pra fazer tudo isso com amigo ou sozinho, mas convenhamos que junto é muito melhor. Esse ano não quero alguém, quero uma vida mais viável. Quero ver a vida fluir sem amarradas e desespero, quero poder trabalhar com o que eu gosto e sair se der na telha, pagar minhas contas já que não há outra saída e andar no meu carro quentinho, velho e embaçado! Quero estudar o que me dá prazer sem me preocupar se vai vingar ou contar no currículo. Quero conhecer outros lugares, caminhos, gente nova e poder voltar pra minha cama. Por favor inverno, me traga tudo isso? Novas ideias e projetos que façam pulsar, preciso de respostas, agora que entendi que nada posso controlar. Antes eu tinha uma meta, sempre tinha. Fazia planos, rabiscava caminhos até consegui chegar, e na maioria das vezes, chegava com êxito! Agora tenho algo em mente e isso muda muito rápido, inconstante e chata tal e qual um peixe muda seu caminho dentro d´água. Assim fica difícil e acho que viver só por viver e completar os dias, meses e anos, muito chato.
A cabeça ferve. Ter que unir o que se gosta e o que pague uma vida no mínimo digna (sem contar com dinheiro de papai e mamãe, por favor), não é algo que se resolva de uma hora para outra. E vem os dias, e eles são frios porque maio se anuncia, e eu preciso planejar e me mover quando na verdade minha vontade é dormir muito e só levantar pra comer. Mas dei a zica de morar em frente à uma escola e vocês sabem, as crianças não perdoam! Às 07h seja maio, julho, novembro, estão de pé com seus uniformes e mochilas nas costas, brincando animadas de montinhos e é aquela correria. Agora ressuscitaram aquela merda de brinquedo bat bag, e é o perfeito descontrole que bate, bate, invade meu sonho, acaba com o meu sono e me faz levantar. Depois de tomar meu café quente penso que isso não é de todo ruim, já que eles serão o futuro desse mundão e é bom que tenham muita energia. Sei...
Talvez eu não goste o inverno porque ele me faz ficar quieta e pensar. Ou talvez isso não faça sentido, mas estou mais complexa e debochada. Muito mais fácil arranjar alguém pra dormir junto do que tornar a vida mais fácil, né?
Só que é exatamente isso que eu quero NOW, acho que matei a charada lá de cima.
Foco, força, fé e mãos à obra!
ou não, frio do caramba!
O frio é bom pra deitar junto, pra comer muito junto, pra assistir filme, essas coisas de namorado, até dá pra fazer tudo isso com amigo ou sozinho, mas convenhamos que junto é muito melhor. Esse ano não quero alguém, quero uma vida mais viável. Quero ver a vida fluir sem amarradas e desespero, quero poder trabalhar com o que eu gosto e sair se der na telha, pagar minhas contas já que não há outra saída e andar no meu carro quentinho, velho e embaçado! Quero estudar o que me dá prazer sem me preocupar se vai vingar ou contar no currículo. Quero conhecer outros lugares, caminhos, gente nova e poder voltar pra minha cama. Por favor inverno, me traga tudo isso? Novas ideias e projetos que façam pulsar, preciso de respostas, agora que entendi que nada posso controlar. Antes eu tinha uma meta, sempre tinha. Fazia planos, rabiscava caminhos até consegui chegar, e na maioria das vezes, chegava com êxito! Agora tenho algo em mente e isso muda muito rápido, inconstante e chata tal e qual um peixe muda seu caminho dentro d´água. Assim fica difícil e acho que viver só por viver e completar os dias, meses e anos, muito chato.
A cabeça ferve. Ter que unir o que se gosta e o que pague uma vida no mínimo digna (sem contar com dinheiro de papai e mamãe, por favor), não é algo que se resolva de uma hora para outra. E vem os dias, e eles são frios porque maio se anuncia, e eu preciso planejar e me mover quando na verdade minha vontade é dormir muito e só levantar pra comer. Mas dei a zica de morar em frente à uma escola e vocês sabem, as crianças não perdoam! Às 07h seja maio, julho, novembro, estão de pé com seus uniformes e mochilas nas costas, brincando animadas de montinhos e é aquela correria. Agora ressuscitaram aquela merda de brinquedo bat bag, e é o perfeito descontrole que bate, bate, invade meu sonho, acaba com o meu sono e me faz levantar. Depois de tomar meu café quente penso que isso não é de todo ruim, já que eles serão o futuro desse mundão e é bom que tenham muita energia. Sei...
Talvez eu não goste o inverno porque ele me faz ficar quieta e pensar. Ou talvez isso não faça sentido, mas estou mais complexa e debochada. Muito mais fácil arranjar alguém pra dormir junto do que tornar a vida mais fácil, né?
Só que é exatamente isso que eu quero NOW, acho que matei a charada lá de cima.
Foco, força, fé e mãos à obra!
ou não, frio do caramba!
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Bem vindo, jornalistas! ou O que deveria ser dito
Deveriam ter perguntado na primeira aula de jornalismo se os alunos estavam preparados para empunhar suas credenciais, conseguir a primeira fila de alguns eventos e umas entrevistas bem sensacionais, mas se pra isso eles também tinham gana para enfrentar estrelismo de alguns, regras capitalistas de todas as empresas (ou seja, rabo preso com algumas fontes), paciência para ver seu texto, vídeo, áudio sendo editado, esquartejado, alterado sem um pingo de dó e nem sempre poder retrucar.
Os professores deveriam dizer que eles vão trabalhar muito, muito mais que alguns, ganhar nem tanto assim, viver na dependência de especialistas que não tem tempo de falar ao telefone ou responder email, muito menos gravar um conteúdo. Deveriam ter avisado que os plantões não são brincadeira! Enquanto seus amigos vão viajar pra praia, campo ou camping, ele enfrentará a redação e vai ter de tirar leite de pedra pra produzir algo que valha pelo menos alguma audiência.
E precisa falar bem, escrever bem, ouvir bem, entender bem dos diversos assuntos que estarão em sua responsabilidade para chegar de maneira clara e interessante pra uma porrada de gente faminta por informação.
Na primeira aula, além do que é lead, notícia, nota e matéria especial, também deveriam ter dito, assim como quem não quer nada, que os veículos ou departamentos de comunicação e marketing nem sempre possuem recursos que viabilizem os trabalhos. E adiantar que ele terá que pegar quantas conduções for necessário, chegar antes do evento e entrevistado, estar impecável independente do trânsito, calor ou chuva que tiver pegado pelo meio do caminho e não terá hora certa para ir embora. E dependendo da urgência da matéria, o celular vai servir de câmera fotográfica ou de vídeo, o bloco de notas vai ajudar quando o entrevistado falar rápido demais, e quem diria, o gravador do mp3, aquele que ele comprou dos chineses na Av. Paulista, vira braço direito e não sai mais da bolsa/mochila. Não dá tempo de esperar por um equipamento bacaninha.
Ah! Importante lembrar que algumas fontes moram ou trabalham longe das redações. Tem gente que trampa em ou mora em Osasco, Guarulhos, Santo André, Grajaú, Granja Julieta,Parada Inglesa, Jaguaré, Penha, Aricanduva, Alphaville e todos esses lugares compõem a mesma São Paulo, nem sempre o email ou telefone são suficientes, e sem choro nem vela, ele terá que ir até lá, sem reclamar!
Deveriam ter dito também que muitas vezes ele pode ter conteúdo e ser esforçado pra caralho, mas aquela patricinha linda e gostosinha é sobrinha de algum diretor ou cacique da redação, e por isso meu caro, ela tá lá e ele não. Ou que ele pode fazer o processo seletivo junto com aquele mala da classe que não consegue escrever uma nota sequer. Mas no final das contas o processo seletivo é apenas um processo, e o mala tem muitos contatos e é carismático, por isso é ele quem assina aquela matéria esportiva. Essa é a vida, esse é o Brasil.
Vale dizer que dead line não é lenda e estar informado não é garantia de matéria pronta. De que adianta nego ler Carta Capital, Bravo!, Folha, assinar a Piauí, Época São Paulo, assistir a Globo News e ouvir a CBN se na hora H, nego trava. Não há tempo para pesquisas profundas e momentos de inspiração. Senta a bunda na cadeira e começa logo a produzir o que você precisa entregar.
Soa como pessimismo? Desculpa, a vida real é essa. Aquela cena em que você anda pelas ruas congestionadas em Nova York ou numa cidade grande se equilibrando num salto e com um gravador na mão só acontece nos filmes ou novelas da Rede Globo, ok? Vamos combinar que esse glamour que envolve o cargo de jornalista é balela? Falaremos de um fato real que o salário de um foca é cerca de R$ 2000,00? (chutando alto) Dá pra bancar as contas sem a ajuda do papai? É isso que você quer pro resto da tua vida?
Se os professores dissessem e questionassem tudo isso logo de cara o pensamento ia ser outro. A profissão é boa, mas requer trabalho (como todas as outras, obviamente). Agora se você quer estudar jornalismo simplesmente porque te agrada, ok, mas ser jornalista pra encher a boca na rodinha do bar ou almoço de família não enche a barriga de ninguém.
Não sei se quero mais jogar nesse time
Eu quero mais é ser feliz.
Os professores deveriam dizer que eles vão trabalhar muito, muito mais que alguns, ganhar nem tanto assim, viver na dependência de especialistas que não tem tempo de falar ao telefone ou responder email, muito menos gravar um conteúdo. Deveriam ter avisado que os plantões não são brincadeira! Enquanto seus amigos vão viajar pra praia, campo ou camping, ele enfrentará a redação e vai ter de tirar leite de pedra pra produzir algo que valha pelo menos alguma audiência.
E precisa falar bem, escrever bem, ouvir bem, entender bem dos diversos assuntos que estarão em sua responsabilidade para chegar de maneira clara e interessante pra uma porrada de gente faminta por informação.
Na primeira aula, além do que é lead, notícia, nota e matéria especial, também deveriam ter dito, assim como quem não quer nada, que os veículos ou departamentos de comunicação e marketing nem sempre possuem recursos que viabilizem os trabalhos. E adiantar que ele terá que pegar quantas conduções for necessário, chegar antes do evento e entrevistado, estar impecável independente do trânsito, calor ou chuva que tiver pegado pelo meio do caminho e não terá hora certa para ir embora. E dependendo da urgência da matéria, o celular vai servir de câmera fotográfica ou de vídeo, o bloco de notas vai ajudar quando o entrevistado falar rápido demais, e quem diria, o gravador do mp3, aquele que ele comprou dos chineses na Av. Paulista, vira braço direito e não sai mais da bolsa/mochila. Não dá tempo de esperar por um equipamento bacaninha.
Ah! Importante lembrar que algumas fontes moram ou trabalham longe das redações. Tem gente que trampa em ou mora em Osasco, Guarulhos, Santo André, Grajaú, Granja Julieta,Parada Inglesa, Jaguaré, Penha, Aricanduva, Alphaville e todos esses lugares compõem a mesma São Paulo, nem sempre o email ou telefone são suficientes, e sem choro nem vela, ele terá que ir até lá, sem reclamar!
Deveriam ter dito também que muitas vezes ele pode ter conteúdo e ser esforçado pra caralho, mas aquela patricinha linda e gostosinha é sobrinha de algum diretor ou cacique da redação, e por isso meu caro, ela tá lá e ele não. Ou que ele pode fazer o processo seletivo junto com aquele mala da classe que não consegue escrever uma nota sequer. Mas no final das contas o processo seletivo é apenas um processo, e o mala tem muitos contatos e é carismático, por isso é ele quem assina aquela matéria esportiva. Essa é a vida, esse é o Brasil.
Vale dizer que dead line não é lenda e estar informado não é garantia de matéria pronta. De que adianta nego ler Carta Capital, Bravo!, Folha, assinar a Piauí, Época São Paulo, assistir a Globo News e ouvir a CBN se na hora H, nego trava. Não há tempo para pesquisas profundas e momentos de inspiração. Senta a bunda na cadeira e começa logo a produzir o que você precisa entregar.
Soa como pessimismo? Desculpa, a vida real é essa. Aquela cena em que você anda pelas ruas congestionadas em Nova York ou numa cidade grande se equilibrando num salto e com um gravador na mão só acontece nos filmes ou novelas da Rede Globo, ok? Vamos combinar que esse glamour que envolve o cargo de jornalista é balela? Falaremos de um fato real que o salário de um foca é cerca de R$ 2000,00? (chutando alto) Dá pra bancar as contas sem a ajuda do papai? É isso que você quer pro resto da tua vida?
Se os professores dissessem e questionassem tudo isso logo de cara o pensamento ia ser outro. A profissão é boa, mas requer trabalho (como todas as outras, obviamente). Agora se você quer estudar jornalismo simplesmente porque te agrada, ok, mas ser jornalista pra encher a boca na rodinha do bar ou almoço de família não enche a barriga de ninguém.
Não sei se quero mais jogar nesse time
Eu quero mais é ser feliz.
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