segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Pqna Dosagem...


...sobre: Porteiros, crachás e afins

Entro com o carro (na maioria das vezes cantando muito alto) e vou procurando uma vaguinha 'pra chamar de minha'. Katarino não tem direção hidráulica então é mais chato para fazer a baliza. Carro finalmente em linha reta, vou me expremendo pra sair, pegar a bolsa, pegar a mochila, apagar a luz, bater a porta e ativar o alarme. Vida que segue! Não fosse toda santa noite eu avistar o maldito porteiro passar em frente ao carro pra conferir se está com o crachá. Ai caralhos! Já não viu que sou eu? Já não viu que é meu velho carro? Já não viu que não há nenhum ser humano dentro do carro? Então porque diabos tem que conferir? Pelo menos me espera subir e sei lá, me deixa iludida na tentativa de me achar livre dentro de um condomínio!

Uma vez esqueci a zica do crachá no apartamento. Na manhã seguinte tinha um bilhetinho no párabrisa: "Veículo sem o crachá, a terceira advertência é multa". Inferno.

Fico pensando que esse tipo de gente ( e de situação) é que deixa a vida mais burocrática, mais chata. Não há jogo de cintura, não há humanismo dentro de um condomínio. Sei bem que para administrar um local com milhares de pessoas há que se impor regras, mas penso que deixamos o lado humano e passamos a ser frios, mecânicos, máquinas.  O porteiro nem era o mais mala do grupo, era até educado. Mas ficar caçando de carro em carro, de hora em hora quem é que está sem crachá (e nem avisar a pessoa disso)(e alegar 'esse é meu trabalho), dá o tom de encrenquinha, briguinha, coisinha.

De diminutivo quero ficar longe. E meu crachá está intacto diariamente no meu carro.