sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Combinados

Alô, por favor o Pedro?
Quem é?
É a Brasil.

Fala Brasa, tá feliz né? fiz do jeitinho que você me pediu
Pedro, mano, eu tô super feliz, mas geral tá mei puto com você, por isso te liguei!
Tão puto porquê?
Porque você é muito intenso, já te falei! Se é frio você faz parecer Rússia, se chove, você manda água sem parar, e agora, esse calor da Zâmbia! não é assim.
Porra Brasa, mas aí eu não te entendo.
Pedro, já te disse, para de me imitar! quem manda nesse clima ai é você, não eu. a intensa do rolê sou eu. Você tem que ser equilibrado, saca? Jean, Thaís, Fernanda, minha mãe, até os cubanos que tão acostumados, eles tão revoltados, não tão aguentando esse calor! e eu nem posso falar nada, você sabe! 
Tá bom, vou ver o que posso fazer.
Sério, cadê vento? cadê chuva passageira que alivia essa temperatura? Ai de cima é muito fácil controlar, não é você que pega busão lotado, né?
Eu não, não sou obrigado. Você pediu bola de fogo, eu mandei!
Beleza, mas vê se manda pelo menos uma garoa, não por mim, que sou bicho do calor, manda pra eles, esses reclamões!
Fechado!
Conto com você, beeeeeeeeeeijo!



quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Pqna Dosagem...

... Sobre a vida de Freelancer

E eis me aqui, trabalhando com comunicação e independente! Eu já quis muito isso para mim, mas tinha receio, medo de não dar conta e etc, mas como tudo o que acontece naturalmente é muito melhor, agora posso contar que há 04 meses sou dona do meu nariz e do meu trabalho.

Feliz, tranquila, conseguindo administrar meu tempo, pegando o carro sempre na hora contrária do rush, fazendo a feira semanalmente e me alimentando melhor, praticando pilates, vendo séries, treinando inglês e trabalhando muito! É sensacional ler e saber que isso é real.

Eu sonhei e idealizei uma carreira tradicional e concreta, sonhei em trabalhar com televisão e ai 2015 chega mostrando a que veio, uma crise lascada no país, o jornalismo passando por mudanças vorazes (e loucas!) em sua estrutura e eu, por incrível que pareça, não me desesperei. Ainda estou aprendendo a organizar as finanças, a lidar como empresa, mas tem sido uma fase muito especial e criativa.

Os dias rendem e faço trabalhos recompensadores, diferentes entre sí e que me acrescentam demais. É sim possível viver com menos dinheiro e melhor ainda gastar com aquilo realmente necessário. Eu tenho paz para escrever meus textos seja no quarto, na cozinha ou na varanda, no finzinho de tarde e vendo o pôr do sol. Eu posso criar uma estratégia ao mesmo tempo que tomo meu café, ou parar tudo e fazer alongamento depois de acender um insenso. É apenas maravilhoso e sou muito grata ao universo por ter conseguido me estruturar dessa maneira.

Obviamente há fatores negativos, entre eles todos os barulhos que a mecânica vizinha consegue fazer, além dos motoqueiros que ficam acelerando a moto sem parar (e eu torcendo pra eles cairem!), alguns freelas que esquecem de pagar, às vezes ter que trabalhar de madrugada, mas o saldo é mais positivo e se antes eu tinha uma angustia latente de não saber o que fazer caso o jornalismo acabasse de vez (tá muito tenso), agora talvez eu consiga enxergar um novo caminho possível.
Eu vou trabalhar com comunicação que é o que mais sei fazer nessa vida!

Uma vez durante uma pauta sobre estilo de vida a fonte me disse: "Todas as vezes que eu não sabia o que fazer eu voltava às minhas origens, é importante não esquecer nossa origem!", e eu tomei essa frase pra mim. Minha origem é essa: escrever.