terça-feira, 30 de setembro de 2008

Amor com amor se paga


"Te amo pra sempre, mais que universo, você é tudo pra mim, é a minha vida!
Eu também te amo, te quero e não penso em mais ninguém"

"Nossa! A Joana agora nem liga mais pras amigas, só vive com o tal namorado!
Muito cedo pra dizer que já ama, né?"


Você pode achar que as primeiras aspas demonstrem um amor ilusório porque paixão, amor tudo passa. Lendo as segundas, deve pensar que Joana é mais uma boba que deixa os amigos pra ficar só com o namorado.
Mas antes ser um dos dois, do que simplismente se abster do amor. Pense como seria mais fácil viver sem o melhor e mais complicado sentimento da face da terra. Você tiraria com a mão aquele que tá a sensação de tristeza, te faz chorar e querer morrer de tanta alegria.
Pronto! Agora lá está ele na lata do lixo e nunca mais vai te incomodar.
Também não sentiria nada quando seu pai batesse na sua mãe, afinal, o amor já não existe. Seria imune aos maus-tratos com animais e não derramaria uma lágrima se sua amiga de 10 anos dizesse que tem câncer no cérebro. Sem amor a vida seria descomplicada, indigesta e os seres-humanos orientalmente racionais.

Os publicitários se matariam inventado propagandas que de fato atingissem algum coração.
Dia dos namorados não existiria e traição seria como comer pão com manteiga de manhã: supernormal. As pessoas nada sentiriam pelas outras então pegar vários, trocar de par seria coisa corriqueira, sabe? Imagine um mundo assim. Acho sem graça demais.

Aí você dispensa um afago em sua mãe por achar que demonstrações de carinho não valem a pena. E o casamento voltaria a ser mera relação para procriação. Sem amor ela não gastaria horas no cabelerereiro, semanas de duras depilações, alisamentos, só pra ficar lin-da! no dia do grande encontro. Também não ficaria no ponto de ônibus naquele domingo chuvoso só para poder visitar aquele amado amigo que mora longe.

Sem amor autores de livros de auto-ajuda e psicólogos estariam encrencados. Grupos de pagode e duplas sertanejas tristemente desempregados. Estranho pensar como seria. Por isso, da próxima vez que pensar em criticar Joana, ou contestar um casal bobo que vive se pegando em público, lembre: Eles ainda sentem.

E você, sente?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Morar em São Paulo é:


Acordar cedo e sentir que às 06h00 o dia já começou fervendo.
Ver padarias aconchegantes te chamando e se contentar com o bom e velho pão com manteiga.
Se adaptar a calçados confortáveis e deixar os scarpins pro final de semana.
Aproveitar até o último segundo o horário de almoço, mesmo que seja sentado em uma calçada qualquer.
Se acostumar com a garoa fina, típica.
Ver o sol se pôr entre os prédios, o céu rosa dar lugar ao azul celeste e a sensação de que quase todas as taferas foram cumpridas.
Ter a obrigação de tomar uma cerveja gelada na sexta-feira e pensar: "trabalho só na segunda".
Começar a se animar na quinta a noite com algum happy hour perto de casa. (Lei Seca, né!)
É andar, andar, andar, pegar fila e acenar pelo bairro em que mora.
Conviver com almofadinhas que teimam em compará-la com outras cidades como o Rio de Janeiro.
Conhecer tudo e ninguém, viver o perfeito paradoxo.
Achar graça no cinza.

A cidade muda constantemente. Viver aqui também é observar. Sentir o que cada lugar pode te trazer de bom, sair do trivial, mudar de rumo, ir contra o senso comum.

A metrópole tem o dom da mistura, o liqüidificador mor, te dá a liberdade de ir e vir. Se você rodou a baiana numa loja lotérica pode simplismente optar por nunca mais aparecer por lá. Ou tem a possibilidade de não trombar a toda hora com pessoas indesejáveis.

Essa lista é interminável, sublime e inconstante. Porque São Paulo também é um estado de espírito.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Enquanto isso, em 1997...

Euclydes de Oliveira Figueiredo


A gente usava uns cinco cadernos, carregava vários livros didáticos e a mochila vinha bombando, pesada cheia de coisas. Mas era só entrar na classe que o mau-humor sumia. Turmas grandes, recreio, Educação Física, menino pega menina, guerrinha de mexerica ou ovo cozido. Quem estudou no Euclydes certamente se lembra.

As melhores lembranças daquela fase em que a gente deixa de ser criança pra se tornar mocinha (o) são de lá. Padaria Center Lima, Rua Marechal Olímpio Mourão Filho, EMEI Ronaldo Porto Macedo, Av. Corifeu. Tio André, Tio Agostinho. As tias do doce, serventes, professora Valderez, dona Satico, professora Raquel, Marília e Fátima com suas invenções chatas. (Quem lembra do abajur de palito de sorvete?)

A gente andava na rua sem medo, achava que tudo na vida acabava em pizza ou bolo de chocolate. Fazia educação física e depois ia suado pra aula de matemática do Carlos. Eu chorava quanto tirava nota baixa e virava amiga das professoras de Português. Levei uns bons tombos por lá, arrumei briga, varri o pé da menina que eu não gostava só porque eu era mais velha. Tava metida na briga da final do campeonato de vôlei, que foi suspenso porque um menino foi atropelado. Ele era amigo da mesma menina que eu varri o pé e que ganhou da minha classe.

Quantas coisas. Lá, quando era Dia das Crianças não tinha aula, era dia de festa. Cada um levava um prato de doce ou salgado ( metade da classe adotava o método mais prático de comprar um refri) e em cada turma rolava o comes e bebes.

O ensino fundamental é, sem dúvida, um período marcado por sensações, cheiros, frases e músicas que quando retornam à cabeça, de prima são reconhecidos como 'coisas da época'. A classe era lotada de gente, tinha algumas panelas, mas a maioria se aturava, afinal, era o sétimo ano olhando pra cara das mesmas pessoas. Naquela época eu usava Side Play, comprava big big e chupava pirulito de coração. Dançavamos o hit "Chupeta de Trem" do Tchakabum, ia na festa de halloween da igreja e conhecia a nacionalidade japonesa.


Tinha os que adoravam jogar vôlei no recreio, bater figurinha, comer maçã ou mexer no cabelo da amiga. As famosas "Enquetes" com 100 questões estavam na moda. Tudo pra tentar descobrir com quem seu amor ficaria da classe. Aí o besta vinha e respondia "confidencial, pulo essa" ou simplismente não respondia a bendita pergunta.

E quando o final da oitava série foi chegando, deu aquele aperto. Apesar da viagem de formatura, da colação de grau e etc, batia a certeza de que dali pra frente a vida não iria ter o mesmo sabor. Conheceríamos outras pessoas, bairros, cantinas. No ensaio da formatura eu chorei feito bebê, fui vaiada, mas recebi o abraço das minhas amigas. Quantos apelidos eu dei, briguinhas bobas, roubo de foto e milhares de bilhetes com os amigos.

Discuti com a professora por ter quebrado um copo, ví um menino engolir uma moeda, uma amiga quebrando o lustre, outra dar uns beijos atrás da escola. Ví algumas classes pretas depois do incêndio, que tristeza. Corri em torno do quarteirão, mandei correio elegante na festa junina. Ano a ano até acabar. Faz sete anos que tudo isso aconteceu e ainda assim não parece velho. O importante foi ter vivido intensos oito anos de aprendizado.

Hoje quando passo em frente ao Euclydes sinto muita saudade, e tenho quase certeza que isso só vai aumentar.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Eu sou pra casar!


Ceninha bem cotidiana: Sua amiga chega chateada sem a aliança no dedo e diz que ela e o namorado terminaram. Olhos marejados, face sem maquiagem.
Você pensa: "Caramba, toda vez acontece isso mas ela não quer enxergar"


Andei por aí reparando, relendo agendas antigas, conversei com amigos. Descobri que mesmo com todo o avanço da tecnologia, o aumento da mulher no mercado de trabalho, os discursos feministas e os livros de auto-ajuda, existe ( e atinge pessoas mais jovens) um gênero feminino peculiar: As mulheres feitas pra casar.


Elas são bonitas, têm o superior completo, dão valor à família, e têm medo - chega a ser fobia - de ficarem sozinhas. O pior é que não adianta dar conselhos, tentar abrir os olhos, recitar uma infinidade de coisas legais pra se fazer sozinho. O problema é mais profundo do que parece. O causo é que a mãe dessa menina deve ter tido uma educação semelhante e se vive um péssimo casamento, a filha cresce achando natural viver assim, quem sabe, dependente de um homem.

E começam a dar importância à coisas tão banais. Se o cara não ligou na hora marcada já é motivo pra ficar com as orelhas em pé. Chopinho com os amigos? Nada disso!!!! As criadas para casar são inseguras e não se vêem sozinhas. Antes ficar com um cara mala, arrumadinho, nada na cabeça, mas que tem carro e é de família tradicional( aliás, muito importante), do que ficar sozinha em casa no sábado a noite assistindo TV.

Pra piorar a situação elas ainda precisam agüentar as cobranças da mãe. "Porque seu namorado não veio te buscar?" "Mas a família dele não vai vir na festa da sua tia-avó?" "Ahhh no meu tempo não era assim ,viu..."

E parece que o ciclo fica fechadinho, porque as amigas dela também são assim, as tias e primas todas "bem" casadas. Quando surge alguma pessoa que é mais clara e fala logo que ser assim pode não trazer felicidade eterna das duas uma: Ou ela te olha com cara de cão sem dono e diz que não consegue ficar sem ele, ou finge que não ouviu muito bem e começa a fazer outra coisa, muda o rumo da prosa. Se você tem uma amiga assim, não fique muito sensibilizada quando esta contar a nova história. Nem sempre ela quer ouvir a verdade.

Agora, se você sente uma atração voraz por uma mulher que se encaixe em alguma situação que descrevi, tome cuidado! Tudo o que ela mais quer é finalmente comprar o vestido branco, a grinalda, reservar a igreja. Nada é mais importante que a benção do padre e então sentir a sensação que enfim enlaçou um homem.





quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Perguntações & Perguntâncias


Outro dia escrevi aqui um texto sobre uma das perguntas que mais me irrita quando feitas por pessoas distantes ou curiosas demais. Depois desse texto comecei a reparar mais nas conversinhas cotidianas, troca de fofocas e comentários banais. Por isso hoje venho lhes apresentar um diálogo que também não tem lá muito fundamento e cabe fielmente à listinha.


No MSN:
X: E ai tudo bem?
Eu: Tudo e vc?
X : Tudo tbm, e a facul??
---PAUSA---


Porque diaxo as pessoas gostam tanto de perguntar como está a faculdade? Não quero parecer intrasigente nem nada, mas fora as pessoas que têm noção da grade horária ou que manjam de comunicação, perguntar como vai a facul é basicamente puxar papo, perguntar apenas por perguntar.


Imaginem se todo mundo que faz faculdade respondesse fielmente à pergunta em questão. E aí como vai a facul? Você responde (no meu caso): Puts tenho 7 laudas de rádio, uma diagramação e o roteiro de reportagem pra escrever, fora o livro do Serva pra ler.
Tá vendo? A pessoa não ia entender lhufas do que se trata tanta coisa, e ia responder um gutural: hmmm.


Falar nisso, tem resposta pior do que "hmmm"? Você conta uma puta história com riqueza de detalhes, ai a pessoa manda: hmmm. É de lascar. E pra completar a série perguntinhas toscas que adoram fazer e não servem pra nada: E o trampo?

Resposta rápida e totalmente impensada: ahh tá indo, correria. Paulistano adora isso, curte dizer que está na correria. Fora que você não sabe se a pessoa tá querendo saber o que você faz, se o seu chefe é legal, quanto você ganha ou em que local da cidade fica seu trabalho etcetc. Aí pra resumir o papo oco que não anima nem com a janelinha piscante e feliz, você diz que tá legal, na correria e the end.

Só pra finalizar, vamos perguntar aquilo que realmente tem importância né pessoal, ou então vou começar a ser igual ao seu Saraiva: "Perguntas idiotas, tolerância zero" e fim de papo.

domingo, 14 de setembro de 2008

Eis o mais verdadeiro de todos.

É difícil escrever o que você realmente está sentido. Primeiro porque os pensamentos vêm embaralhados como um turbilhão e às vezes o que você pensa nem sempre pode ser escrito. Não falo de coisas eróticas ou quando brigamos com Deus, muito menos de coisas que você sente e seus pais, amigos do orkut e conhecidos não podem saber.

Mas existem sentimentos, sensações e quem sabe, até sonhos, que ficam guardados muito tempo dentro da gente. E aí você decide que vai escrever tudo, botar pra fora aquilo que lateja. Porém as teclas andam ao contrário, escreve escreve e apaga a frase inteira. Muito mais fácil se esconder atrás de um personagem e construir a história do jeitinho que você quer ou, sente. Também existem aqueles sentimentos bons que são bons demais pra serem revelados. Fala sério, quem é que vive falando o que sente 100%? O pessoal adora cobrar fidelidade e sinceridade de todas as pessoas e até ficam meio chateados quando algum ser meio chato diz que na verdade ninguém fala tudo o que pensa.

Apesar desse texto estar um pouco enrolado vejo muita lógica no que ele trás. O ser humano sente muita coisa, e magoaríamos demais quem a gente ama se fossemos sempre transparentes. Tem vezes que é muito melhor ficar quieta, mesmo o sangue subindo, a cara mudando sem querer e até quando a boca quer gritar uma um EU TE AMO DEMAIS. Tentar descobrir o que realmente sentimos faz toda diferença.

Até parece que eu sou formada em psicologia e defendi uma tese sobre os sentimentos, nada disso. Só acho que antes de sair por aí aos quatro ventos dizendo "hj sinto isso, amanhã aquilo, tô sentindo que, ainda sinto.." vale pensar e acima de tudo sentir pra não se enganar. Pensei que escrevendo conseguiria dizer o que realmente bate aqui nesse peito. E apesar da exposição, até que clareou um pouquinho.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Six é o número da vez!


Quem dá as caras por aqui é o simpaticão número seis. Vamos ao que interessa:



As seis frases mais faladas nos últimos seis dias:


* Meu, que calor voraz!

* Sou a Nathália Rodrigues e estou fazendo um documentário sobre radionovela, você deseja participar?

* Quantas pessoas moram na sua república?

* Vidão, aula e sono!

* Porque gente gorda adora carregar sacola????

* Odeio o trânsito de São Paulo


Seis coisas que eu odeio!!! na Metodista


* Ela residir em Rudge Ramos, pra começar.

* O CC, vulgo centrinho de exposições de roupas e marcas, cabelos, mentalidade zero e cantinho do psy do Campus.

* Afalta de disponibilidade pra fazer trabalhos realmente bons. O cara te manda fazer um documentário de meia hora (radiofônico) e você NÃO PODE FAZER LIGAÇÕES INTERURBANAS.

* Aulas inúteis e que não irão acrescentar em nada na nossa vidinha jornalística.

* Um povo com ar blasé e se acha fodão. Paga de intelectual e não sabe nem que é Guimarães Rosa, Nara Leão, nunca ouviu falar em Teatro Mars e o passeio preferido é rodar pelo shop.

*O Saúde vir em microônibus nos horários de pico!!!!!!!!!! Isso é o fim.


Seis coisas que eu AMO na Metôô


* Ela ser top em jornalismo e te abrir várias portas no mercado de trabalho, pra começar.

* Professores super capacitados como Júlio, Malu, Paulo Ramos, Heydi e Marli.

* O campus ser liindo, cheio de árvoros e deixar o povinho da antena no chinelo.

* Ser feeera no Juca, laranjona do ABC e ter uma bateria FODA.

* A cantininha do Delta. Se distancia do povo do CC e ainda vende café por 50 cents. :)

* Fazer com que fiquemos meio louco com tanta coisa pra fazer, mas no fim ver que sabe mais que muita gente.


Soyyyyyyyyy Metodista meu amor, e o meu sangue ferve por você!



Os seis chocolates mais gostosos:


* Suflair (Inbatível, pessoal!)

* Crunch

* Branco com cokkies

* Ao leite (clássico)

* Milk Bar

* Sonho de valsa


Seis músicas pra animar o dia:


* Sambra pras moças - Zeca Pagodinho

* Alô Alô Marciano - Elis Regina

* Essa moça tá diferente - Chico Buarque

* Feira de Mangaio - Clara Nunes

* Partido Alto - Cássia Eller

* Tive Razão - Seu Jorge, pra fechar com chave de ouro.




quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Sem maquiagem, por gentileza!


Maria Eughênia era daquelas moças de família tradicional que não se encaixavam no contexto. Típica ovelha negra, sabe? E causou o maior bafafá nos Mendes Castro ao não se comover com a morte da avó. Tudo porque a velha era ruim desde o dia que se conheceu por gente. Fofoqueira, interesseira, destratava os oito netos e só dava importância para Augusto, filho de seu filho mais rico. Com ela era assim, ou jogava-se do seu jeito, ou era carta fora do baralho.


Desde sempre Eughênia criara certo desafeto pela velhota e não tinha medo de mostrar pra ninguém. Bem criada, se portava com respeito, mas a língua era afiada demais para fingir que nada escutava. E quando vó Anastácia teimava em pegar no pé, choviam palavras ásperas pelos lábios da morena jovem.


Um dia, que começava como outro qualquer, Anastácia bateu as botas para o alívio (ainda que mascarado) de todos os Mendes Castro e adjacências. Os filhos, parentes, vizinhos e moradores de uma antiga vila de Pirituba foram em peso ao velório da má avózinha. Mas Maria Eughênia não queria ir pois disse que havia outras coisas para fazer. Já que a avó nunca lhe dirigiu uma palavra de carinho ou que prestasse, que fosse embora logo sem mais demora. Sua mãe e seu pai não concordaram com a atitude da filha, e fizeram com que ela fosse na fúnebre cerimônia. Sem derrubar uma lágrima Eughênia chegou perto do caixão, olhou o rosto lângüido da vó e seguiu adiante. Ouvia-se um burburinho dos parentes mais abastados. "Nunca ví uma jovem ser tão fria, sem sentimentos". "Ela não é flor que se cheire, poderia ao menos disfarçar hoje". Esse tipo de coisa que toda família tem. Mania de por embaixo do tapete as verdadeiras opiniões.


Talvez Anastácia fosse coração de pedra por ter a criação que teve. Com a herança do pai teve vida boa sem precisar de muito. E criou os filhos do jeito dela, achando que amor, afeto e coisas do gênero eram supérfluos. Pois bem, a moradora da zona norte paulistana já não fazia parte desse mundo. A neta caçula não se conformava com tamanha falsidade dos parentes. Continuou com a cara de parede para quem quisesse ver. Quando finalmente o enterro deu-se por terminado, Maria Eughênia se viu mais leve e em sã consciência exclamou: "Finalmente o peso que empatava nossas vidas foi embora. Sejamos felizes sem precisar esconder nada."


Assim como os Mendes Castro, existem muuuitas famílias que ficam se maquiando só para posar de unidos e fatiar o peru natalino. Em pleno 2008, será que precisamos de tudo isso? As pessoas preferem se acomodar com a mentira do que serem transparentes. Bobo de vocês achar que Anastácia não sabia que era odiada. Ela fazia de propósito e agüentou firme até o último minuto.