quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Enquanto isso, em 1997...

Euclydes de Oliveira Figueiredo


A gente usava uns cinco cadernos, carregava vários livros didáticos e a mochila vinha bombando, pesada cheia de coisas. Mas era só entrar na classe que o mau-humor sumia. Turmas grandes, recreio, Educação Física, menino pega menina, guerrinha de mexerica ou ovo cozido. Quem estudou no Euclydes certamente se lembra.

As melhores lembranças daquela fase em que a gente deixa de ser criança pra se tornar mocinha (o) são de lá. Padaria Center Lima, Rua Marechal Olímpio Mourão Filho, EMEI Ronaldo Porto Macedo, Av. Corifeu. Tio André, Tio Agostinho. As tias do doce, serventes, professora Valderez, dona Satico, professora Raquel, Marília e Fátima com suas invenções chatas. (Quem lembra do abajur de palito de sorvete?)

A gente andava na rua sem medo, achava que tudo na vida acabava em pizza ou bolo de chocolate. Fazia educação física e depois ia suado pra aula de matemática do Carlos. Eu chorava quanto tirava nota baixa e virava amiga das professoras de Português. Levei uns bons tombos por lá, arrumei briga, varri o pé da menina que eu não gostava só porque eu era mais velha. Tava metida na briga da final do campeonato de vôlei, que foi suspenso porque um menino foi atropelado. Ele era amigo da mesma menina que eu varri o pé e que ganhou da minha classe.

Quantas coisas. Lá, quando era Dia das Crianças não tinha aula, era dia de festa. Cada um levava um prato de doce ou salgado ( metade da classe adotava o método mais prático de comprar um refri) e em cada turma rolava o comes e bebes.

O ensino fundamental é, sem dúvida, um período marcado por sensações, cheiros, frases e músicas que quando retornam à cabeça, de prima são reconhecidos como 'coisas da época'. A classe era lotada de gente, tinha algumas panelas, mas a maioria se aturava, afinal, era o sétimo ano olhando pra cara das mesmas pessoas. Naquela época eu usava Side Play, comprava big big e chupava pirulito de coração. Dançavamos o hit "Chupeta de Trem" do Tchakabum, ia na festa de halloween da igreja e conhecia a nacionalidade japonesa.


Tinha os que adoravam jogar vôlei no recreio, bater figurinha, comer maçã ou mexer no cabelo da amiga. As famosas "Enquetes" com 100 questões estavam na moda. Tudo pra tentar descobrir com quem seu amor ficaria da classe. Aí o besta vinha e respondia "confidencial, pulo essa" ou simplismente não respondia a bendita pergunta.

E quando o final da oitava série foi chegando, deu aquele aperto. Apesar da viagem de formatura, da colação de grau e etc, batia a certeza de que dali pra frente a vida não iria ter o mesmo sabor. Conheceríamos outras pessoas, bairros, cantinas. No ensaio da formatura eu chorei feito bebê, fui vaiada, mas recebi o abraço das minhas amigas. Quantos apelidos eu dei, briguinhas bobas, roubo de foto e milhares de bilhetes com os amigos.

Discuti com a professora por ter quebrado um copo, ví um menino engolir uma moeda, uma amiga quebrando o lustre, outra dar uns beijos atrás da escola. Ví algumas classes pretas depois do incêndio, que tristeza. Corri em torno do quarteirão, mandei correio elegante na festa junina. Ano a ano até acabar. Faz sete anos que tudo isso aconteceu e ainda assim não parece velho. O importante foi ter vivido intensos oito anos de aprendizado.

Hoje quando passo em frente ao Euclydes sinto muita saudade, e tenho quase certeza que isso só vai aumentar.

11 comentários:

Anônimo disse...

Nossa o Euclydes era bom d+ muitas saudades mesmo! Escola Municipal de Ensino Fundamental General Euclydes de oliveira Figueiredo!
dia tal mes tal o dia está nublado!Professora Cristina! :)

Fêrnãndá ;D disse...

Nossaaaa Nathi....que saudades deu agora xD
.
Vc deu muitos apelidos mesmo....só eu ganhei pelo menos uns 4...ajahwjhajhw....Poo..guerra de comida (que os africaninhos não saibam)....bilhetes e cartas extraviadas"....caderno de perguntas...paixonites...brigas...abraços e promessas de amizade eterna...as primeiras impressões do mundo e das pessoas...mais de tudo além da saudade ficou uma certeza pra mim....certas pessoas por mais que o tempo e a distância insistam em apagar vai ser impossível esquecer....e vc de todas as minhas lembranças do Euclydão é a mais forte (espero q não cause ciúmes)....te adoro de verdade amiga do jeitinho mais doidinho e divertido...hihiihih
Ps: Já mencionei que adorooo seu jeito de escrever né =]

Fernandinha...beira-mar...Barrichelo....frigobar...entre outros =P

Anônimo disse...

Xará, não estudei com vc, mas deu saudade demaisssssss da escola! Da época em que no final do ano todo mundo escrevia na camiseta do outro de canetinha e que na aula de artes fazia guerrinha de massinha e de tinta guachê...
sinti saudade de estudar com vc de manhã na metô tbm... :(

Anônimo disse...

concordo com vc,eu to na 8°série do euclydes,já começo da aquela pertadia no coração,
a maioria dos meus amigos,e primos já sairo sinto faltá das zoações,e dos campeonatos,as guerrinha continua(suco bolinho etc:os professores e tias são muitos legal.
Fatima,Dalva,Fabiana,etc:ea tia do doce..
e adorei o seu jeito q vc escreve

Anônimo disse...

concordo com vc,eu to na 8°série do euclydes,já começo da aquela pertadia no coração,
a maioria dos meus amigos,e primos já sairo sinto faltá das zoações,e dos campeonatos,as guerrinha continua(suco bolinho etc:os professores e tias são muitos legal.
Fatima,Dalva,Fabiana,etc:ea tia do doce..
e adorei o seu jeito q vc escreve
bjssss

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Eu estou estudando no Euclydes já estou no 7º ano (como o tempo passou rápido)é a melhor escola qe ja conheci apesar de alguns professores serem chatos...hahaha
Nunca voume esquecer do Euclydes,vou sentir muitas saudades deste tempos.

Guina disse...
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Guina disse...
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Guina disse...

Olá, meu nome é Aguinaldo e graças a Deus eu estudei 8 maravilhosos anos nessa escola, já fazem 11 anos e a minha saudade só aumenta.
Infelizmente o tempo levou TODOS os meus amigos daquela época, o engraçado é que nunca mais tive amigos como aqueles do ensino médio, e alguém tem ?

Anônimo disse...

Tem outra situação também: Aí a gente reencontra uma pessoa da época... que a gente lembra com o maior entusiasmo e tals... e a pessoa nem aí... toda chôcha, responde pouco, monossilábica, e a gente fica parecendo idiota, que vive relembrando aquela época com detalhes, e nao faz mais nda a nao ser isso, sabe?