terça-feira, 17 de janeiro de 2017

existe amor em SP

hoje, correndo igual louca pela cidade, imprimi uns currículos numa copiadora fofa ali no Conjunto Nacional. na hora de pagar, surpresa: aqui a gente só aceita dinheiro! (e eu, como sempre, só com cartão!), fui até o caixa eletrônico, mas havia me esquecido da palhaçada do Santander e adjacências, voltei e mandei a real:

Moça, eu preciso fazer uma entrevista e não tenho como sacar o dinheiro agora, posso pagar amanhã?
(but in my mind: até parecee hahahaha nuncaaaaa, em sp, amooor???)

Ela disse: sim, pode sim! paga amanhã. (tudo tinha dado R$ 3,00).

fiquei tão feliz, feliz porque não ia perder a entrevista, feliz pq a moça viu verdade em mim, fiquei feliz pq ainda nesse mundo, nessa babilônia capitalista persiste uma dose de bondade, de saber que sim, era verdade e que sim, 3 reais não vão quebrar uma copiadora.

adoro quando sou presenteada com essas cenas no meio do caos urbano em SP.
sai agradecida e rumei pra entrevista até mais leve.

a vida é bela quando rola o "fazer o bem sem olhar a quem!"


Lista de presentes

Meus 30 anos tão aí! Não é sempre que se comemora 30 anos numa sexta de Carnaval, e para comemorar, tem que ter muito, mar mucho presentes! no caso, estarei aceitani:

Freelas e empregos variados (sempre bem vindos)
camiseta do corinthians (esse ano sou curintia!)
discos da Elis Regina (minha, nossa, pimentona)
estadia no Rio de Janeiro (exatamente)
bolo de chocolate (é pique!)
peruca roxa (olár, baby do brasil)
peruca loira (olar, Hebe Camargo)
parafusos para bicicleta (muito importante)
brinquedos velhos ou novos (necessário)
fantasias de carnaval (amo/sou)
dreads para essa cabeleira do zezé! (só um, um bem lindo! :) )
aulas de inglês grátis! (cause I need practice the language)
óculos para natação (sim, volto em breve)

acho que por enquanto é isso, mas até a data propriamente dita vou atualizando aqui!

#brasil30
#épique

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

ciclos

lembro de quando criei esse blog, no final do ano de 2007 (olar 10 anos) e pouco tempo depois me vi do mesmo jeito que me vejo agora: algumas coisas não fazem sentido, as pessoas, as situações, os lugares, lembro de saber que precisava mudar, me jogar, ir por ai, mesmo sozinha. e eu fui! na época todos os meus amigos eram da turma do ex namorado e lá estava eu indo pro forró sozinha disposta a conhecer gente nova. 10 anos se passaram, a vida mudou, eu tomei as rédeas e comecei a fazer o que eu queria. maravilhoso. agora eu quero mudar de estado, quero falar inglês, tô conhecendo gente nova a cada esquina, a vida vai virando novamente.

tem uma cena do filme cisne negro que me marcou muito: é quando a atriz já se sente tão cisne, que o pé dela vira uma pata e vão saindo penas dos braços e é mais ou menos isso, a força que tem de ser quem eu sou é assim, um pouco na dor, mas tudo real. e ai quando esse ciclo finalizar de vez eu vou olhar e me lembrar com saudades dessa maluquice toda.

mas verdade seja dita: as pessoas não estão preparadas pra lidar com sinceridade.
só ontem eu mandei 2 sincerões. foi ótimo! das devolutivas que tive, uma foi ótima e é assim que tem que ser, a outra, bem, a sociedade é machista, né? e ai num rola pra mim.

pisciano com choro preso, já viu?
é horrível! eu sou pessoa que chora sempre, que chora e alivia, chora e fica feliz, chora de tristeza, chora, chora e chora. mas quando dá pra prender o choro é horrível, fico embolada e não tem jeito, só sai na hora que ele quiser vir.

o Carnaval vem chegando e eu não consigo nem acreditar!
serão dias memoráveis na minha cidade maravilhosa.

eu amo o rio de janeiro de chorar de alegria!

Escala de Felicidade

Numa escala de 0 a 100%

Carnaval: 150%
Samba no Vaca Atolada: 100%
Morro de Santa Teresa: 130%
Forró dos Ratos: 100%
Forró do Estudantina: 130%
Churrasco na casa do meu pai: 90%
Piscina do prédio: 95%
Café quente com a Margarete: 70%
Dar banho no Benjamim: 145%
Conversar em inglês: 100%
Conversar com as pessoas na rua: 80%

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

A vida é bela demais




Como diria Guimarães Rosa: o que a vida quer da gente é coragem!
Eu estava bem chateada com o rolo da caneca, pq só quem trabalhou duro, comprou algo de valor sentimental e perdeu de graça sabe do que eu to falando. Amo e fiquei louca com o metrô de London, era sempre uma vibe muito boa, as estações, as escadas rolantes e eu poderia facilmente viver no metrô! (aquelas loucas). A bendita caneca tinha a estampa do metrô e lá em Peterborough tava eu pra cima e pra baixo com a caneca.

Mas Nathy, o que houve com as canecas?
Pois é, não sei. Só sei que nas minhas coisas não estava.

Corta.

Rua Pedro Taques, esquina com a consolação, apêzinho delícia, fui visitar a Madá, filha de uma amiga. Eu sempre me recarrego e me animo com a energia das crianças, essas abençoadas!

Minha amiga fez café, comi pão de queijo, quando eu estava finalizando a história da caneca (é assim mesmo, tem que falar até a ferida secar).

Ah mas a caneca
Falar em caneca, você tem a caneca da Madalena?
Que caneca?
Ai meninaaaa!!! A caneca de quando ela nasceu
Ai meu deus, não tenho!

Pronto agora você já pode começar uma nova história com a caneca!

Obrigada universo, mas obrigada mesmo, quando eu menos espero você me mostra como a vida tem que ser: focada no amor.

Balança, mas não cai
e eu vou atrás das crianças pq é através delas que eu me encontro.









terça-feira, 3 de janeiro de 2017

anseios

escrever tem me ajudado muito, tem aliviado tanto, eu consigo enxergar melhor essas tantas coisas que andam me acontecendo. É gente que chega, gente que sai, gente que passa, história que fica. Nas entrelinhas sigo eu, na luta árdua e diária que é tentar viver melhor a cada dia.

o retorno de saturno tem sido mesmo esquisito, e já faz quase 3 meses que voltei da Inglaterra, então meu ritmo está voltando quase completinho ao normal. No meu peito uma grande força de conseguir tudo aquilo que eu quero, decidida, determinada, sozinha. Já faz algum tempo que não meto algo desse jeito na cabeça sem me importar muito com quem vai dizer o quê. é difícil sobretudo pelos julgamentos dos mais próximos, de familiares, de gente que ao meu ver me enxergaria facilmente.

No meu peito uma grande vontade de viver outras histórias, de conhecer gente nova, de morar num lugar novo e ir reinventando meu caminhar. não é fácil, nunca é, nunca foi. a sensação da plena certeza de ser dona do que é de minha parte, dos meus dias, do meu jeito, do que eu quero ou não é fascinante, mas talvez fira os outros. Fazer o quê? Não dá pra ser quem querem que a gente seja, não é mesmo?

e aí em pouco tempo, eu olho pra trás e quase não me reconheço, eu olho, analiso e vejo como tudo mudou em tão pouco tempo. dá até um medo, mas a sensação de poder mudar, essa sensação de sair daquela onda gelada e salgada quando você acha que vai afogar, mas não afoga e encontra o ar, isso é foda!

cada hora um pensamento
cada hora um querer
cada hora uma coisa

tenho dormido menos do que antes
tenho vivido mais, mais do que sonhar
ando com rodinha no pé, ando jogando no time da ação, fez, não fez?, dá aqui que eu faço.

e é só dia 3.01.

pelo menos tenho nadado
tenho tentado respirar mais
me concentrar mais
dar mais espaço para os outros.

o silêncio me é estranho, eu gosto de barulho, mas o aprendizado é algo válido demais nessa vida.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Virada do ano no meio do mato / ou: A família da Sah

A configuração familiar ou o cenário que instaurou-se foi assim: A mãe, o pai, o vô a avó, a filha, alguns tios e tias, os primos, os cachorros, minha amiga e eu. Eu de fora, observando mais uma família reunida, mais uma festa de reveillon, aquele clima todo mundo falando junto com todo mundo etc e tal! Só que dessa vez me meti no meio do mato como não faço há séculos! eu, a louca do mar, dessa vez, a louca das plantas, sem sinal de internet, só com os cães e os familiares que me acolheram tão bem!

Não sei em que momento da viagem eu disse que meu nome tbm era "Katharine", e foi aí que a vó da Sah, a dona Francisca, ficou minha amiga! Era um tal de Catirina pra lá, Cate pra cá, Katharine pega o café ali, mas seu nome é Nathália ou Catarina? "Ah fique à vontade, pode me chamar do jeito que quiser", ai é muito bom quando a gente se conecta com as pessoas!

Dona Francisca foi apelidada nessa temporada por "Maju" (a moça do tempo da Globo), isso porque acertou a hora exata em que a chuva ia cair. E era um tal de Maju pra lá, Catirina pra cá, eu tive uma avó muito brava, zero amor, então essas vovós que me acolhem me deixam muito feliz (e melosa, com licença).  E não só a avó, a família toda era de uma simplicidade ímpar, o avô, palmeirense nato, vestido de verde na virada, pode? ai muito fofo! todos me chamando de Catirina... ahhahaha quem manda ter 30 nomes?

Além da amizade com a Maju, a Kay, filha da Sah, uma coisa fofa, ironica e inteligente, do alto de seus 10 anos! conversamos muito, ela um pouco tímida no começo e depois uma loucura, virginiana que adora arrumar tudo minuciosamente bem! Também contamos com a presença de Janine, a prima gata, que disse que vai me levar no PitStop pra dançar um arroxa, os pais da Sah, maravilhosos, os tios, todo mundo, mas com licença, pois preciso abrir um adendo aqui:

Ana Julia, 8 anos.

Eu e essa maluquice de sair por aí com os potes de purpurinas em mãos, né? Me maquiei, passei purpurina nas meninas, tudo certo, eis que chega mais uma componente pra turma: A Ana Julia.
acelerada, descontrolada, maravilhosa, cabelo cacheado igual ao meu, cumprida como manda a genética familiar da Sah, chegou já pedindo as purpurinas. Gosto assim.

Na virada do ano, eu ali, fico meio assim, queria meu crush ali comigo ou um filho ou minha mãe ou meu pai, sei lá, me bate uma tristeza e eu ali esperando pra abraçar a Sah, quando de sopetão sou agarrada por quem? Sim! Por Ana Júlia, que me abraçou forte, abraço de mezzo criança mezzo pré adolescente, abraço quente!

Pronto: comecei meu ano com um abraço de criança, ai meu deus, me segura! É muito amor! eu sou ligada nesses sinais, nessas coisinhas, fiquei feliz, fiquei emocionada, depois segui pra comer um prato de mousse de maracujá e manjar e ai sim caiu minha ficha que eu precisava era dormir! (ai meus 30 anos).

Depois descobri que Júlia, maravilinda, nasceu em fevereirooo, mas tava na cara! aquariana linda.

A viagem acabou comigo dormindo no Embu, casa da Maju, pq a vida é assim mermo! amanheci hj cedo tomando café com pão e manteiga e de quebra ela ainda me levou no ponto.

Sou ou não sou uma sortuda?

Sah, poxa amiga, mais uma vez: obrigadíssima! virei o ano muito feliz. Tamo juntas em mais um lindo ano.