quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Há tempos que não escrevo, nem sei se sei fazer mais isso. Me habituei com textos pequenos e caras e bocas. Ao invés do lápis, microfone. Dos papéis fez-se improvisações baratas e edições. Era o que tanto queria, não era? Tá, mas nem por isso eu quis abandonar o meu bloguinho.

Não invento mais histórias, nem analiso de diversos pontos de vista a cidade. Parece que SP ficou coadjuvante, só tenho olhos para os prédios e administradoras. Odeio admitir, mas me tornei prisioneira do meu trabalho. Chego exausta e só me resta a piscina pra esgotar de vez.

Se antes eu já era sem paciência agora tô chata de dar dó. Não quero amizades, não quero ensinar, não quero bajulações, nem DR (coisa que eu era viciada) quero mais. Tô prática, pé no chão, chata. E uma vontade de dormir sem fim. Ao mesmo tempo pretendo conhecer a Bahia, o Ceará e o Presidente do Secovi, se é que me entende. O professor de natação que insiste em dar em cima. Ó pai livrai-me dos cafajestes, amém.

Enjoei das danças, das viradas, dos rolos e emboladas. Mesmo assim em outubrão tô lá, aliás estaremos todos. Preciso voltar a estudar, pois tenho a sensação de enburrecer. E enburrecer conscientemente não é legal nem agradrável. Falta muito pra dezembro chegar? Miedo.
Há que treinar direitinho pra nada dar errado, mas eu desconfio, pro bem de todos.

Adoro a virada que a música Yellow, do Colplay, tem. Me faz pensar que ao mesmo tempo em que preciso aquietar, o mundo a minha volta não dá tempo para pausas. Se eu não pular a onda ela passa por cima de mim. Não é fácil adolescer muito menos adultecer. Entre o altar e a bicicleta eu realmente não sei qual escolha fazer e a dúvida nem me assusta.

Às vezes quero ser mais uma e descarregar o peso imaginário que enverga a coluna e traz dores. E como desacelerar? Como não cobrar? Viver de questionamentos consome muito.