domingo, 27 de abril de 2008

Coisas e pessoas que vão além!


Eles são estranhos:


* Homem com anel dourado no dedinho

* Homem com a unha do dedinho cumprida

* Homem com tênis da marca Iat Rainha


+ Mulher com esmalte da unha do pé saindo

+ Mulher com dedinho do pé em cima do penúltimo

+ Velhinhas que pintam o cabelo, mas a cor fica roxa.




Eles irritam (muito!):

Cobrador lerdo
Porteiro avoado
Gente com voz fina
Pessoas que tomam cerveja dentro do ônibus
Gente andando em diagonal




Coisas velhas que são boas:

Caderninho

Tenis

Pijama

Classe

Cachorro

Música



Coisas novas que são boas:

Celular

CD

Calça jeans

Brinco

Cachorro

Carro


segunda-feira, 21 de abril de 2008

QUEM BAAAAAAAAAATE?


Cenas da próxima estação: Guarda-chuvas a tira colo, panos, meias, uma vontade irresistível de não ir trabalhar, não ir estudar, não sair de casa. Bunda quente no vaso sanitário frio.

Mão por baixo das mangas pra poder segurar no ferro do ônibus. Café quente, chá quente, leite com nescau quentinho. Pessoas freqüentando o mesmo ambiente com janelas fechadas, logo, janelas embassadas. Cachecóis, botas (milhares de botas metodista invadindo as ruas), luvas, capuz, chocolates, chocolates, chocolates. Padarias quentinhas vendo o entardecer com chuva fina. Sono. Edredon. Céu mais cinza e aberto, zero estrelas no céu.


Siiiim! Prepare-se para a estação mais fria e elegante do ano. O inverno está aí, batendo à porta. É com ele que vamos vivendo até a primeira quinzena de setembro. É tempo de viver agarradinho com alguém, não falo apenas de namorados, vale amigos, cachorro, urso de pelúcia, viver de pantufas. Acordar e ver o dia claríssimo e gelado, daqueles que chegam a doer o rosto.


Uma, quem sabe até duas meias, e a sensação de tá pisando em forminha de gelo. Já às 17h a noite chegando precoçe, sereno parecendo algodão doce lá no alto do prédio da avenida. Vila Madalena servindo caldinho de feijão, choconhaque!


Safra de vinhos chegando em sua melhor época.


Cabelo molhado antes de ir pra escola, Catarina? Nem pensar!

Festa junina, quentão, vinho quente, bolo da missa, maçã do amor e Campos do Jordão bombando, tipo rave!


O inverno mexe com o introspecto. Ele é subjetivo, chique e elegante. Vezes triste, cinzento. Noutras branco, aconchegante.


Não há como fugir, então se anime, encha a pança de fondue, se jogue nas blusas de tricô. Um inverno nunca é igual ao outro e esse, já chegou!



...As Casas Pernanbucanas é que vão aquecer o seu lar....

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Palavras apenas, palavras pequenas

Oito frases feitas usadas nos últimos dias:

- Quero um café
- A Paulista tá parecendo a índia
- Eu odeio TV
- Ninguém merece criança birrenta
- Queria ser a Lóris
- Ética é chata
-Vai além, Brasil
-Aqui é a repórter da Metodista, você já sofreu um acidente de carro voltando da balada no ABC?



Uma frase revelante que lí nun texto de uma revista desconhecida: 'Café quente não aquece a alma, ela sabia'.


Parte de um texto legal que lí em um blog:

Perdi uma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi. Achei que ia cair no chão e sem querer, percebi que voltei a ser a pessoa que sempre fui. Voltei a ter o que sempre tive: apenas as duas pernas. Claro que a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, mas era ela que me impossibilitava de andar e ir para a frente. Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar.
(Clarice Lispector)

Não é lindo? Ela é linda! Esse ano é centenário de morte do Machado de Assis, e centernário de vida do amado Guimarães Rosa, imagina o que o Museu da Língua Portuguesa não vai fazer! Será o máxxxxximo.

A Amanda Françozo não é descendente de japoneses! A Gyselle do BBB não é chata!
É... esse negócio de fofoca às vezes nos surpreende.

Não perca! o próximo texto tá uma graça.

Hoje acordei com um jeito publicitário de escrever, idaí?

sábado, 12 de abril de 2008

TIRAR O PAI DA FORCA!!


Se baiano fala devagar e dorme na rede, carioca anda pelo calçadão como se estivesse desfilando, e mineiro tem tempo para tomar o café da tarde com pedaço de queijo, digo que nós paulistas temos sede de pressa, velocidade. Parece que não estamos pra brincadeira. É fácil reparar que já nos acostumados com a correria do dia-a-dia. Você percebe que tem muita pressa quando olha no relógio às 5h40 e percebe que (jáááá) está atrasado.Ou então não pára de olhar para o relógio indo de uma estação para outra.


Andar devagarinho por avenidas no horário de almoço é pedir pra levar um xingo! Quer mais? Já reparou que subimos escada-rolante? Isso mesmo, já virou hábito andar em uma escada que... anda!! É ou não é a síndrome do coelho da Alice no País das Maravilhas? Comer na megalópode então é furada. É engolir algo o quanto antes sem ao menos degustar seja lá a substância que você escolheu para os seus 15/20 min de uma pausa rápida que podemos chamar de horário de almoço. E ainda vale lembrar, chegue com antecedência pois dependendo de sua localidade, os restaurantes estarão lotados conseguir uma mesa é como ganhar na loteria.


Exagero? não! Como diria um professor de literatura, tenho que vender meu peixe, e pressa é o tema desse texto.


Talvez o motivo de tanta correria seja porque temos muito o que fazer durante o dia e viver nun com 24 horas seja pouco demais. Até nos finais de semana, tamanha mania, andar nos shoppings dando uma olhadela rápida nas vitrines porque ao sair dali muitas coisas nos esperam. O paulista precisa aprender a tirar alguns minutinhos para ficar de bobeira com as pernas pra cima sem fazer nada. Sem ler, sem ver tv, sem falar nem pensar, sem fazer absolutamente nada. Uma vez, uma editora disse com grande ênfase: "Vou chegar em casa e colocar as pernas pra cima e não saio dali por nada". Quer coisa melhor do que depois de um dia cheio de fumaça, ter um pouco de paz e sossego?


Seria bom se não fosse sonho. Não dá, a cabeça tá a mil e hoje ainda é segunda-feira, tô com o pensamento na primeira semana de maio. Porém, não tenho vergonha de assumir que sou ansiosa, apressada e odeio pessoas lerdas, sai da frente!! Time is money e eu sou assim, Paulista.