quinta-feira, 15 de maio de 2014

Fui feliz em Santos



Há fases na vida que deixam saudades, mas essa que vou contar não precisou completar nem um ano para me deixar nostálgica. Aconteceu em janeiro passado, início de 2014. Sem emprego, tempo livre, curtindo os dias quentes e aproveitando a vida com coisas simples eis que rumei pra Santos, litoral paulista. Fui passar três dias na casa da Michelle, que conheci através da Nath. Eu queria um tempo perto do mar, mas sem grana a situação ficava complicada e a Mi abriu as portas na maior boa vontade. 

Um apê gracinha que na pequena temporada me serviu de abrigo. E eu amei. Enquanto ela saia para trabalhar no shopping, eu ficava com a Manu, filha de 7 anos por quem me apeguei. Porque não basta ser tia Nathy, tem que jogar Uno, entrar no mar, ensinar a cantar a música da Gretchen, inventar histórias dentro da água, inventar comidas e comer milho na praia. Na maior simplicidade. Com paz no coração e a certeza de que tudo é possível quando queremos. Entre um cigarro e outro, que Mi fumava sentada no chão enquanto Manu assistia um desenho antes de pegar no sono, conversávamos sobre planos, problemas, passado e futuro. E eu observava com riqueza de detalhes o quão poderia ser delicioso, ainda que trabalhoso, criar uma filha com a independência quebrando a cabeça pra fechar mais um mês.

Manu, que nas duas vezes em que a ví estava quieta e educada, pegou confiança e virou minha amiga <3 font="">
E eu ficava pensando como é que passei 25 anos da vida achando criança um saco! (Gratidão ao Benja eternamente....). Quando saí pra uma caminhada sozinha, obviamente me perdi, e como é bom perder-se com o mar ao lado. Tomei açaí, olhei a vida caiçara passar, pensei que certamente me acostumaria a morar lá embaixo ( e que certeza vou morar na praia um dia), e fiquei realmente grata pela atitude da Mi, que dividiu a vida comigo.

Fomos à uma festinha de criança e comemos pacas, Manu uma graça com fita de laço na cabeça, a mãe da Mi extremamente descontrole, espontânea, me diverti horrores com direito a passeio pelo centro velho de Santos e outros lugares especiais... Fui feliz alí.

E sempre que vejo a foto dessas duas lembro como a vida foi doce naquele período. Como pequenas atitiudes podem significar muito num momento confuso e que somos nós os responsáveis por cultivarmos quem entra na nossa vida!

À Mi e Manu obrigada! obrigada.

ando nessas de deixar claro quem é que tá do lado, quem é que faz a diferença e vocês fazem!

suaslinda, tudo Gretch!

amo.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Memórias

Casa simples, cheia de gente, muitos móveis, quintal e quartinho da bagunça, com direito a banheirinho nos fundos. Ali viveu vários momentos, se descobriu, aprendeu, chorou e riu, fez amigos pro resto da vida. Após a partida ainda voltou ali pelo simples prazer de rememorar os momentos que A Casa tinha proporcionado.

Ela era muito mais que um imóvel, era parte viva, um personagem central da história. Quantas vezes sentou na escada pra esperar? Quantas vezes mudou os móveis de lugar no dia da limpeza? Quantas vezes se arrumou pro bar ou pras festinhas de família? Ou chegou feliz e saiu chorando. Ou chegou chorando e saiu aos pulos?

Ali, naquela tranquila rua, na Casa que não tinha muro e o azulejo era quebrado, se viu dona do próprio nariz e caminho. Hoje quando passa por lá o frio na barriga é inexistente, mas é impossível não virar os olhos e checar como está o imóvel ainda que agora sua visão esteja sem o filtro nostálgico, sem flashs de brilho pulando ao lado das cenas, sem créditos no final do filme.  Agora é apenas uma casa, numa rua qualquer.



segunda-feira, 5 de maio de 2014

Início

Então logo mais eu vou comer a comida feita por mim, na minha casa, na santa paz, depois retornarei de dia de trabalho e continuarei tomando conta e levando a vida do jeito que eu quiser e como eu quiser.
parece pouco, mas eu sei o quanto batalhei pra chegar nesse patamar. um patamar totalmente independente, sem nó com ninguém, presa a ninguém, livre pra poder viver do meu jeito.

é delícia
é frio na barriga
é chave na mão e pé pra fora!
nos caminhos
do jeito que é
de uma maneira que funciona e traz paz!