sexta-feira, 29 de setembro de 2017

E agora?



miss u my darling. every day

Há quase 365 dias eu penso todos os dias na Inglaterra. Não falta um, não falha nunca. Mas quando o Sidnei vai pra lá, e vai pra minha cidade, minha P'boro pequena, ai o negócio fica sério. É um tal de tira foto, tá frio? foi no ASDA? foi no Drapers? Comeu burguer? andou de bike? como tá o rio? passou em frente de casa? escreveni e chorani....

eu nem sabia que exisitia esse  tipo de saudade. que é um negócio que fisga lá no fundo e não cura com nada, só sonhando. mas ainda bem que tem ele pra ir lá e me contar como tá a terrinha e me mandar áudios do metrô, pois muito jornalista quero saber de T - U - D - O.  ai eu coloco a Amy pra tocar e lembro do dia que fui lá em frente a casa dela e agora tô aqui contando os centarros pra fechar a conta do mês e esse mesmo pé que descansa sob a cama pisou em frente a casa daquela diva, monstra, meu amor maior, minha Amy!

eu sempre acho que poderia ter aproveitado mais, mas eu sei que eu fui até o talo de intensidade, tanto que perdura até hoje!

ai que saudade!
ai que saudaaaaaaaadeeeeee!

da minha casa de sofá vermelho, da minha cozinha pequena, do meu jardim, das minhas correrias em torno do parque, dos rolês de bike, ir até a casa da Larry sozinha, encher a cara de Guiness, acordar ansiosa igual criança pra ir pra London, economizar pounds pra comprar tudo em cerveja, tudo em batata frita, mas que viagem do caralho!

nem era sobre isso que eu ia escrever meu deus!
eu ia inventar um conto de uma menina que se apaixona por um cara, sabe?
eu tenho que ler o chatíssimo mayombe do pepetela
tenho que lavar roupa
assar a janta (pão de queijo)

mas tô aqui ouvindo Amy num looping desgraçado. acaba que nem consigo olhar o álbum direito, tamanha a dor que sinto, ai o olho lacrimeja e eu fico besta.
né possível!

ai quero passar pra ouvit Beatles e automaticamente lembro que era eu ano passado em Liverpool!
affffffffffffffffffffffffff


ser nostálgica é péssimo, mas tem um lado bom que é lembrar quase que exatamente de tudo.

e é como eu disse: eu vou voltar. e acabou.

porque se eu choro e sou peixes, meu ascendente é um touro decidido. e furioso!



quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Comida e responsa

Hoje  eu embalei os pães, servi algumas mesas e joguei água nas plantas. Ainda não tirei café sozinha, mas tô nesse pique aí. tem sido um trabalho muito bonito (porém árduo) e é uma pena que a desigualdade no Brasil seja tamanha, que, os subempregos sejam tão mal remunerados. Na Europa por mais intenso que o trabalho seja o pessoal consegue pagar as contas e ter uma vida sem muito luxo mas lá a parada é bem diferente (ainda que lá tbm seja difícil!). e realmente trabalhar com comida precisa ser um ato de amor e confiança, por isso a tensão e a responsa.

lembro que quando era pequena e pensava em ser jornalista eu tinha a ideia fixa de repórter, porque o repórter tá sempre metido em alguma coisa. a rotina dele não é igual.

e mesmo que indiretamente, mesmo que as vezes doa lá no fundinho, eu tenho experimentado e feito tanta coisa diferente, em especial nesse ano mucho loco de 2017, tô fazendo e não tô nem vendo.

não sei quanto tempo ainda vai levar essa experiência, mas ela vai ganhar uma fita vermelha na gavetinha das experiências.

que loucura e que legal!


ps: só é foda a cara de espanto de alguns conhecidos que surgem no restaurante e fazem aquela cara de "nossa, vc trabalhando aqui?" a classe média amigos, a classe média é péssima!

trabalho é trabalho, néam?

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Tem uma dor, uma dor já conhecida, uma dor que incomoda. Ela é diferente das outras, e como tem doído intensamente por conta dos últimos anos (e meses), isso tá me tirando o sono. sério, é algo que eu me pergunto por que diabos ainda sinto se tinha prometido a mim mesma que não a sentiria mais e estava quase, quase, muito quasinho, chegando a tapar lindamente aquela cicatriz. Sabe quando tá virando cicratiz e você arranca a casca? dai sangra tudo de novo, né? então. 

ai fico pensando nisso dia e noite e noite e dia. Pq isso ainda? affff não acredito que vc tá nessa! mas gente, ainda isso? nada ver, nem tá tão assim, acho que vc ta exagerando...

e milhões de vozinhas falando, falando, falando na minha orelha! aaaaaaahhhhhhhh chega! silêncio!

mas tem uma parte que é sincera, e calma, e verdadeira, acho que essa é aquela lá do fundo, e então ela me diz que não preciso passar por isso não, e sempre me coloca um espelho na cara com um mini flash back de tudo, inclusive frisando as imagens desse ano, eu no Guanabara com os únicos R$ 20,00 me virando pra comer em pleno centro do Rio. pois!

essa ai que me ajuda sempre nas horas mais dificeis, essa ai quando me chama me diz que eu consigo segurar a bronca! ela me diz que seguro esse rojão com facilidade, mas já adianta que vai ser meio chato tbm...

e ai não sei, sabe?

mas tem hora que tô muito bem, muito segura de mim, quando jogo meu super cabelo encaracolado, loiro, hidratado e cheiroso pro lado e sinto que eu posso é tudo, oxi! eu posso fazer o que eu quiser e sim, eu sou muito forte e preciso reconhecer e encarar isso sem menosprezar. 

dai eu penso: afffff Nathália, olha pra você amor, sério?
você precisa disso?
amor, você fez tudo com nada! sozinha, dando a cara pra bater, caí e levantada, quis deitar, mas preferiu pular, de frente, peito aberto pro que desse e viesse! mano, cê é corajosa pra caralho, sabe? você se enfia, cara, bate de frente, se fode, levanta e começa tudo de novo. sem nada. sem papai depositando grana pra caso você precise. sem mamãe passando a mão na cabeça. sem boy ali do lado segurando a mão. fez tudo sozinha, mana! tá louca?

pode ir fundo, se essa vozinha ai falar de novo, meu se ela cantar de novo dentro de você:
você faz, resolve e dá teu jeito que tamo aqui sempre pra te segurar.

olhei pra baixo e vi uma fila de váááárias nathálias, cada uma de um jeito, me olhando, sorrindo e acenando com a mão que eu podia me jogar pq tava tudo em casa, tudo seguro.
umas várias nathálias, todas eu, cada uma do seu jeito, mas com a certeza de que eu não ia me esborrachar no chão.

ai eu senti um ar fresco bater no meu rosto e me senti ainda mais forte!

ainda não sei se coloco essa dor no pause ou se a deleto de vez.
tem dor que é boa tbm, né?
mesmo com o estrago que faz...

mas se eu decidir esvaziar a minha lixeira, as Nathys estão lá de boa, dançando, balançando o cabelo, sorrindo a nossa gargalhada forte.
eu sei: não há nada a temer! 











quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Touché

Fiz curvar toda a força ariana, quebrou-se em pedacinhos! do carneirinho nada sobrou.
uéééééé?

nunca subestime o poder de um par de peixes + um touro + um capricórnio!

é água e força de terra!

vai desacreditando das verdades astrológicas, vai!



terça-feira, 5 de setembro de 2017

Agradecimentos

Eu gostaria de agradecer do fundo do meu coração ao cabeleireiro, que durante a fase mais eufórica e louca da minha vida, me vendeu um live in gringo por R$ 200,00 alegando que o produto duraria 9 meses. E além de ser o live in mais fodástico que já conheci nessa vida, durou sim os 9 meses e ainda tem mais um restinho!

Queria agradecer o cara mais idiota, puxa saco e inseguro que tive o desprazer de conhecer em toda a minha carreira n área da comunicação, por ter me demitido daquele trabalho péssimo, machista e insalubre! Na hora fiquei chateada, mas se não fosse ele cometer tal ato, eu não teria retomado meu lindo projeto com as crianças e as coisas não aconteceriam da forma que aconteceu. Olha, muito obrigada mesmo e espero que você continue ai pro resto da tua vida! O mundo gira!

Um quente e sincero agradecimento ao cara que tanto gostei e insisti pra ficar comigo, dando murro em ponta de faca, por ter deixado bem claro que não queria estreitar  relações! Só assim eu pude perceber qual é o tipo de relação que quero para mim e ficou muito mais fácil poder renovar os filtros e ter consciência de que mereço muuuuuuuuuuuito mais!

Obrigada Setembro, por sempre me mostrar que todos os invernos acabam, e que depois dele a primavera impera lindamente, florida e quente. (setembro puxa Carnaval!)

pela atenção,

muito obrigada!

domingo, 3 de setembro de 2017

das contradições

(...) viu um rabisco no meio do caderninho, no rosto a face de quem era invadido por uma chateação.
Não sabia, entretanto, que o rabisco era coisa antiga,
e que nas últimas páginas do caderninho havia um outro escrito, esse mais recente,
do nome dela com um coração e a primeira letra do nome dele,
somente a primeira,
porque ela começou a escrever e teve medo de terminar, de se antecipar, e de agir como alguém que não é.
às vezes o escondido vale mais, ainda que ela acredite que a transparência é sempre a melhor saída.