Acordar cedo e sentir que às 06h00 o dia já começou fervendo.
Ver padarias aconchegantes te chamando e se contentar com o bom e velho pão com manteiga.
Se adaptar a calçados confortáveis e deixar os scarpins pro final de semana.
Aproveitar até o último segundo o horário de almoço, mesmo que seja sentado em uma calçada qualquer.
Se acostumar com a garoa fina, típica.
Ver o sol se pôr entre os prédios, o céu rosa dar lugar ao azul celeste e a sensação de que quase todas as taferas foram cumpridas.
Ter a obrigação de tomar uma cerveja gelada na sexta-feira e pensar: "trabalho só na segunda".
Começar a se animar na quinta a noite com algum happy hour perto de casa. (Lei Seca, né!)
É andar, andar, andar, pegar fila e acenar pelo bairro em que mora.
Conviver com almofadinhas que teimam em compará-la com outras cidades como o Rio de Janeiro.
Conhecer tudo e ninguém, viver o perfeito paradoxo.
Achar graça no cinza.
A cidade muda constantemente. Viver aqui também é observar. Sentir o que cada lugar pode te trazer de bom, sair do trivial, mudar de rumo, ir contra o senso comum.
A metrópole tem o dom da mistura, o liqüidificador mor, te dá a liberdade de ir e vir. Se você rodou a baiana numa loja lotérica pode simplismente optar por nunca mais aparecer por lá. Ou tem a possibilidade de não trombar a toda hora com pessoas indesejáveis.
Essa lista é interminável, sublime e inconstante. Porque São Paulo também é um estado de espírito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário