Outro dia escrevi aqui um texto sobre uma das perguntas que mais me irrita quando feitas por pessoas distantes ou curiosas demais. Depois desse texto comecei a reparar mais nas conversinhas cotidianas, troca de fofocas e comentários banais. Por isso hoje venho lhes apresentar um diálogo que também não tem lá muito fundamento e cabe fielmente à listinha.
No MSN:
X: E ai tudo bem?
Eu: Tudo e vc?
X : Tudo tbm, e a facul??
---PAUSA---
Porque diaxo as pessoas gostam tanto de perguntar como está a faculdade? Não quero parecer intrasigente nem nada, mas fora as pessoas que têm noção da grade horária ou que manjam de comunicação, perguntar como vai a facul é basicamente puxar papo, perguntar apenas por perguntar.
Imaginem se todo mundo que faz faculdade respondesse fielmente à pergunta em questão. E aí como vai a facul? Você responde (no meu caso): Puts tenho 7 laudas de rádio, uma diagramação e o roteiro de reportagem pra escrever, fora o livro do Serva pra ler.
Tá vendo? A pessoa não ia entender lhufas do que se trata tanta coisa, e ia responder um gutural: hmmm.
Falar nisso, tem resposta pior do que "hmmm"? Você conta uma puta história com riqueza de detalhes, ai a pessoa manda: hmmm. É de lascar. E pra completar a série perguntinhas toscas que adoram fazer e não servem pra nada: E o trampo?
Resposta rápida e totalmente impensada: ahh tá indo, correria. Paulistano adora isso, curte dizer que está na correria. Fora que você não sabe se a pessoa tá querendo saber o que você faz, se o seu chefe é legal, quanto você ganha ou em que local da cidade fica seu trabalho etcetc. Aí pra resumir o papo oco que não anima nem com a janelinha piscante e feliz, você diz que tá legal, na correria e the end.
Só pra finalizar, vamos perguntar aquilo que realmente tem importância né pessoal, ou então vou começar a ser igual ao seu Saraiva: "Perguntas idiotas, tolerância zero" e fim de papo.
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