sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

2012 = 12 meses de rompimentos


Vai chegando final do ano e surge aquela sensação de balanços e conclusões, mas nos últimos dois eu fiquei com preguiça (física e emocional) de escrever sobre isso. Talvez eu tenha me desapegado pelo menos um pouco dessa vibe voraz de virar ano e achar que tudo vai mudar etc. Mas sobre 2012  tenho que resenhar porque foi o ano dos rompimentos.

Rompi com estruturas engessadas que não mais cabiam em mim, foi uma desconstrução na verdade. Durou (e ainda dura) um tempo para que as pessoas percebam que já não sou mais aquela. Cortei o cordão umbilical com quem eu nunca sonhei que pudesse acontecer. E viajei sozinha, sai sozinha, assumi que outros rolês são muito interessantes e quem não quisesse ir, até mais ver!

Apesar do enorme clichê, tirei da vida quem não servia mais. Servir, de caber, de prestar, de trazer algo novo. Aprendi tardiamente (?) em 2012 a não arrastar relações pela aparência ou consideração do tempo etc etc. E confesso que foi tirar um peso enoooooorme das minhas costas. Na verdade acho que ao longo desse ano minha querida paciência minguou para 'conselhos' controladores. Soltei as amarras. Tomei decisões sozinha, cheguei à conclusões sozinha. Guardei mais de mim, pra mim. Imaginar que rompi com a falação e priorizei a escuta.

Rompi com a ideia de seguir a cartilha da sociedade e fechei comigo mesma em 100%. Não importa se pessoas de 'peso' disseram ao contrário, palpitando, me enchendo, às vezes com a melhor das intenções, não importa. Ser quem eu sou é a melhor novidade e o melhor presente, um presente que mastigo e delicio dia após dia.

Rompi com um trabalho que tinha literalmente a minha cara. Fui eu quem fez aquilo ali, lá, acolá. Um trabalho que já tinha a minha forma, o meu jeito, o meu processo e meu ritmo, mas já não me fazia palpitar. Com os pés nas costas fechava pauta e saia um vídeo, quase que por osmose. E foram nove meses até que rompi com condomínios, webtv, e parti para uma nova experiência, ainda dentro do jornalismo.

Houveram mais rompimentos, de estilo, de baladas, de affairs, de atitudes, fui indo rompendo com geral, dando mais prioridade às vontades do que às necessidades.

Foi intenso, senhor 2012.

Ainda falta romper e começar muitas outras coisas, porque a essência da vida é isso ai.
Terminar, iniciar e o mair importante, curtir o meio o máximo possível.



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