Mãe que num deixa isso, pai que proíbe aquilo, professor que
implica acolá. Regras, regras e mais regras desde quando começamos a andar até
irmos descansar na santa paz do senhor, o que mais vemos pela frente são as
malditas regras. Esse papo de que cada um é cada um, que é necessário respeitar
o jeito do outro é tudo balela. Sempre vão querer te adequar à alguma
coisa, moldar algo que fique melhor para
determinada situação e por ai vai. Cansa-me.
Por mais que você
produza e faça seu trampo direitinho e dentro do prazo (muito importante), o
seu chefe vai pedir para que você não batuque na mesa, não gargalhe alto,
essas coisas do admirável mundo corporativo, que não impactam em porra nenhuma
no seu abençoado trabalho, não prejudicam a vida de ninguém, mas que não pode. E
por que não pode? Porque não.
Seu namorado pode ser responsável, amoroso, trabalhador, te
fazer infinitamente feliz, mas se tiver um black power, piercing, alargador, tatuagem, e só usar roupa de saco, pode ter certeza que alguém da sua família vai implicar
e dizer que você merecia mais, merecia alguém “normal”. Preconceito? É, e é
exatamente assim que acontece e tudo por conta da maldita regra imposta e
malfeita de que pra fazer feliz só sendo tom pastel e certinho. Um cu. Tocar e foda-se e se envolver com quem te der na telha é simples, mas esse tititi enche demais o saco.
Numa época em que o que mais se fala é sobre a liberdade de
expressão, do amor livre, das uniões estáveis, das novas famílias, de tomar a
rua e dançar livremente, ainda ouvimos notícias de gays que apanharam na rua
Augusta, de casais do mesmo sexo que lutam infinitamente para poder adotar um
filho, de que ir em festa de aniversário mais arrumada que a aniversariante não
pode, que cachorro no chão do elevador (mesmo filhote, mesmo pqno, mesmo manso,
mesmo cego e velho), não pode. E eu não
posso mais.
Logo eu que sou cricri e reclamona me percebo cada vez mais desencanada em relação às regras.
Quer usar cabelo desarrumado usa, quer ir bonita vai, quer pegar o cara mais fútil da balada pega, quer ligar 34589x pro cara e se declarar, liga, quer chorar, chora. Chega de regra! É claro que é sempre bom usar o bom senso, mas regrinha pra tudo já deu, já me basta o português/inglês.
Sou a número um da lista em levar bronquinhas pq fui contra alguma cartilha, falei demais, dancei muito descontroladamente ou pq fiquei quieta igual uma múmia. Sério, peguem leve com essa de regrinhas, que tal tentar uma vida mais fácil, leve e com menos julgamentos?
#porravelho
2 comentários:
só verdade... mas pensando nisso, e levando música na alma, recém descobrí uma música do gabriel, o pensador, não que ele ande de cagador de regras, (lembrando um sucesso global, o pagador de promessas, siiim assisti la na ilha #morre) que chama ... sorria, você está sendo filmado! já já cê ouve! ! ! E, oh, sa vai cagar mesmo, cague fedorentamente...
Você também tá aí cagando regras. As pessoas que mais reclamam das regras são as que querem defecar as suas próprias.
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