sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Não à previsibilidade

Não, não, não! Não sejamos previsíveis demais, desses facilmente decifráveis. assim fica tudo muito sem graça, sabe? Não dar bandeira é tão mais legal, cria um enigma, um misteriosinho ajuda. Mas não, em tempos de relacionamentos drive trhu tem que ser tudo muito rápido, prático, previsível e consequentemente sem graça! aaaaah aquelas pessoas autênticas, singulares, diferentes, como eu gosto de vocês! Há que procurar, cavar, fingir que não vi, não li, colocar meus óculos com efeito blur e fazer A Catarina monga.

Muito fácil, muito fácil, é só bater os olhos, descer a barra de rolagem e o diagnóstico sai pronto.

eu queria estar errada, sério.
mas sinceramente, eu sempre acerto!

vida previsível, uma chatice. 

terça-feira, 11 de novembro de 2014

sobre a roda gigante

foto: Ricko Marcelino



Minha ficha sobre a roda gigante da vida já caiu faz tempo, por isso  eu aproveito e agradeço sempre que estou girando lá em cima e me esbaldo mesmo sem medo de ser feliz. eu gargalho a minha risada singular e invento gírias pra fazer os que estão ao meu redor sorrirem. eu vivo de alegrias, sou do bem, mas a vida roda e às vezes me encontro lá embaixo. daí eu me calo e faço do silêncio um parceiro, um parceiro conhecido, mas não íntimo. E essa nathália calada-monga além de não ser quem sou ainda faz com que meus chegados fiquem preocupados, é passageiro todos sabem, mas calar faz bem e mais do que isso faz aprender. eu também já sei que a vida é um misto de choro e riso, que há gente sensacional e mesquinha, inteligente e burra, foda e pequena, eu sei, já sei, e sei também que existe algo chamado injustiça e geralmente quem as comete é porque usa de poder ou artifícios pouco louváveis. Mas a vida é assim, o mundo é assim etc e tal. E se tratando do mercado de trabalho somos números.

Só que ser pega de surpresa e além disso injustiçada me abala, mas não me conforma. Aos 9 anos minha mãe chegava brava da reunião da escola porque a professora lhe dizia que eu era respondona."Ela é autoridade e tem sempre razão, filha". Aos 14 minha professora de ciências chamava atenção alegando que eu era "topetuda" porque respondia sem titubear. Aos 19 entrei na faculdade da profissão por qual sempre fui apaixonada e abençoada conheci professores que não me ensinaram a abaixar a cabeça. Questione prossionalmente, ouvi do Júlio, Meg, Renato Ramos, Marli, Heron, Heidy. "Vocês têm que pensar e perceber o que o mercado de trabalho quer de vocês, mas mais do que isso como vão entregar a informação, porque vocês são os formadores de opinião". Pois é. Opinião. Eu nunca tive medo de demonstrar as minhas, desde lá trás aos 9 anos de idade. Ao me tornar jornalista achei que ser uma mente pensante era mais importante do que um carneirinho ordenado seguindo o que lhe mandam sem questionar ou opinar sobre.

E aí que eu segui meu caminho unindo opiniões, questionamentos, pedidos, ideias. Testei funções dentro da área, curti umas, amei outras, tudo normal e sempre com o profissionalismo e ética. Quando finalmente achei uma redação pra chamar de minha, redatores lindos e colegas de trabalho que surgiram como presente, cataploft! levei uma rasteira, bati com a cabeça no chão, acordei num dia ensolarado de novembro sem entender muito bem o que tinha acontecido. Opnião. Personalidade. Profissionalismo. Não vou bancar a vítima porque jamais me enquadrei nesse papel, mas doeu muito. Doeu a injustiça de ser cortada porque tenho opinião e raciocínio. Doeu porque em um mês ruiu o que construí com alma e coração e muito suor. muitas madrugadas pulando 5h30 da cama. Ainda dói, mas dei sorte de nascer com ótima cicatrização.

Como diria minha musa Hebe "quanta alegria de viver", além do signo nos parecemos também nesse quesito: eu também tenho essa alegria. A vida é bela sempre e eu vou fazer essa roda girar, sem perder minha personalidade, já que o sangue que corre aqui é O+ e não de barata.

 Nara Leão já havia setenciado:
"Podem me prender, podem me bater
 Podem até deixar-me sem comer
 Que eu não mudo de opinião"





quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Constatações:


Quando vejo um cara de dread na rua, ao invés de querer abraçá-lo, quero sair correndo. Constato que minha fase hippie passou. (Alívio).
Mas daí cruzo com um barbado sujo, tatuado, sem era nem beira, e meu coração dispara. Continuo rebeldinha, constatei feliz.
E se um coxinha por mais lindo que ele seja ficar com graça eu chuto a canela. Jamais me acoxinharei, tá constatado.
É possível achar caras legais, bem legais, radar ligado! Mas há um destino no meio etc e a vida segue... constatação mais clichê do mundo. 

Meu trabalho me enlouquece, me exaure, me dar dor de cabeça e muita alegria! Certeza absoluta que meu lugar é bem no meio duma redação. Com televisões, caixas de som e mil pessoas falando ao mesmo tempo. Sei me concentrar, a vida é bela na redação, não há dúvidas.

O rádio é um veículo de comunicação apaixonante, assim como dona televisão! Descobrir novas paixões é constatar que nossas certezas não são são absolutas.

Me tornei uma pessoa diurna. Tenho dado preferência para atividades matinais e aprendi a dormir às 22h30. Agora me considero uma ex coruja.

Quando acho que a vida corre sem maiores problemas cai uma bomba no meio. Deus adora um desafio, esse picareta! 

Certos gostos são passageiros, outros vêm para ficar. Adoro criança;
Quero ser mãe logo;
Minha classe da Faculdade era uma merda, de 50 pessoas tiro sei lá, 5 pra vida.Mas Facebook ta aí pra isso e apesar de não ser íntima, eita povo que faz filho bonito! Os bebês são lindos e eu curto mermo e ando apegada com filho de amigos (viu Michelle). 

O Natal ainda me deprime.

Ter paz numa casa é fundamental pra vida! Sete meses que voei da casa de Margá e só tenho boas notícias.
Tempo quente faz tão feliz, mas tão, que não tenho mais sono à tarde. Feliz da Silva desato a fazer milhões de coisas e ver o entardecer da linda janela do meu quarto. Vem verão!

Dançar sozinha é das melhores coisas da vida! Dançar, dançar e depois dar um gole numa cerveja gelada. Renovador e capaz de tirar todo o estresse da semana. Há que dançar sempre!

Eu defendo os meus!
Sei bem quem eles são!
Ajudo e tô do lado, mas se pisar na bola, Catarina sai de cena.


Maior constatação: a vida é bela sempre, hoje, ontem e amanhã. 
Sempre haverá Nara Leão, Chico Buarque, Gonzagão e Ederaldo Gentil.


Amo Dilma Vana Rousseff.







domingo, 12 de outubro de 2014

Eu e os quadrigêmeos





Tive um sonho desses bem reais, desses de acordar com frio na barriga e agradecer aliviado que era sonho. Sonhei que tinha tido quadrigêmeos

Sim, quatro bebês duma só vez sendo dois meninos and duas meninas, veja se eu posso com isso. Eu tava desesperada, mas muito feliz arrumando meus quatros babys num carrinho que existe só em sonho e acomodava todos os quatros enfileiradinhos bem bonitinhos, quentinhos. 

Como era sonho e em sonho tudo pode e tudo é mucho loco, eu precisava deixá-los e ir cumprir o plantão. Só que um dos bebês, um menininho, ficava gorfando e eu não conseguia partir. Tudo bem louco mesmo. Mas eles eram tão quentinhos que olha, morri viu. e muito cheirosos tbm. 

Acordei e ainda meio que dormindo raciocinei que se ter um filho já é trabalhoso demais, imagine quatro! mas ter um filho deve ser tão maravilhoso <3 div="" nbsp="">

deve ser porque tenho três amigas grávidas, dois chás de bebê e etc etc.. é cada uma viu, Brasil


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Irritações cotidianas

Sou pessoa acelerada, nasci sem paciência e assim vou vivendo. Só que há épocas em que as irritações me tiram do sério e a única vontade que tenho é de deitar num caixão bem fofinho e fechar a tampa!

Farei uma lista das irritações cotidianas que mais têm me irritado no momento:

- vou rosquear a tampa da garrafa e ela cai no chão;
- o cabo USB não é reconhecido no PC
- nego perdido faz pergunta sobre algo que ACABEI de explicar;
- o carro pifa na rua pela décima vez;
- alguém pede um pastel pra eu fritar
- minha roomate acorda exatamente no mesmo horário que eu (5h30) pra ir fazer cocô; (esse eu odeio muito, com muita força, a ponto de querer quebrar a casa). Não sou obrigada!
- Alguma pessoa lerda empata na catraca antes de mim. Dai abre a bolsa, procura o bilhete, ai o bilhete não passa e quando finalmente passa a pessoa espera pra ver quanto saldo tem. (nesse ponto eu já me contorci e morri).
- a impressora não funciona
- o fone de ouvido tá com mal contato

agora aliviei a irritação.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Pra sempre Catarino

13 de dezembro de 2010. Lembro a data porque Luiz Gonzaga nasceu nesse dia e forrozeiro tem dessas de lembrar essas coisas. Era uma sexta-feira e a felicidade batia fundo, mas a ficha não caia. Foi o dia em que iniciei um relacionamento sério com meu Ford K 1998 vermelho, a coisa mais linda do mundo. Sabe criança com brinquedo novo? então era eu. Meu pai voltou dirigindo porque fazia um ano que eu não tocava num volante. Passaram-se vários dias, Agnes me dando força moral rs, até que eu finalmente comecei a chamar o carro de meu e aos poucos fui ganhando a cidade.

Sempre com o jeito Nathália de ser: com muito medo de subidas, eu estacionava o carro e pedia pra alguém me ajudar. Fiz isso umas boas vezes, sem medo, sem vergonha, sabendo que chegaria o dia em que eu conseguiria segurar o carro numa ladeira sem puxar o freio de mão, controlando pela embreagem. A cada vitória o gosto de independência surgia doce e forte. Sendo um Ford K e meu apelido Catarina, o carro ganhou o nome de Catarino e a dupla estava formada.
alegria na chegada ao Roots 2011

Partiu Roots!

Foram dois Rootstocks levando feliz a trupe de amigas, diversas idas a Osasco, supermercados com a Margá, Remelexos, Santos Fortes, idas a Camburizinho e meu apego só crescia. Cada peça que quebrava era um pedaço meu que ia embora, cada raladinha doía fundo no coração. Catarino é meu mascote e ganhou o coração do Benjamín que sempre pergunta: E o Catarino, Nathy?

Pelos bailes da vida

Em fevereiro de 2013, logo após o Carnaval, quando ainda chovia muito nessa cidade cinza, eis que uma enchente histórica inundou o Butantã e suas adjacências. Catarino estava estacionado bonitinho na Av. Caxingui e quando cheguei de noite para buscá-lo o vi boiando no aguaceiro. Era como se alguém da minha família tivesse morrido, desesperada, chorei ligando para o seguro que me informou que "o seguro não cobre danos naturais, senhora". Foi uma longa noite até amanhecer e eu conseguir resgatá-lo com o guincho.  Felizmente nenhuma peça grave morreu e depois de muitas lágrimas e reza Catarino voltou para o seu lar. Mas depois desse episódio ele nunca mais foi o mesmo. :(

apenas LIN-DO!
Nunca mais foi o mesmo, porém seguiu sendo o velho carro vermelho amado e guerreiro que sempre foi. Levei Lóris algumas vezes ao veterinário e outras para passear, ajudei Demis em duas mudanças e inclusive levei nele tudo o que era meu para a minha casa no Caxingui, quando saí da casa da minha mãe. O papel que esse carro tem para mim é gigantesco. #Catarinomuitoamor.

Só que como todo carro ele também tem sua vida útil e eu não posso esquecer que já faz 16 anos que ele roda por aí. Há um mês, como nunca antes nesse país, Cata começou a dar problema, muitos problemas. Bomba de combustível, rolamento das rodas dianteiras, amortecedores, válvula do termostato, e eu ficando à deriva pelas ruas. Já chorei muito, mas já fiz muitos amigos nessa saga. Frentistas e mecânicos que, machismos à parte, sempre foram solícitos para tentar me explicar o que estava acontecendo (porque se tem uma coisa nessa vida que eu não entendo, é de mecânica). Mas a verdade tem que ser dita: Catarino precisa descansar. E eu preciso ser menos apegada e sentimental e entender isso de uma vez por todas. Não, não vai ser fácil viver sem ele.

Meu pai sempre falou muito de seu primeiro carro e o quanto o marcou. Um Fusquinha amarelo
CV 1264, que ele fez questão de me fazer gravar na cabeça. Até minha mãe tinha amor pelo Fusca. Agora entendo isso: não é só um carro, uma lata que te leva daqui pra lá. Eu ainda não vendi o Catarino, mas novamente ele está no mecânico e eu já não posso mais. Depois da Lóris, ele é o meu segundo talismã.

Fazer texto homenageando o carro pode? Pode sim, pode muito! Jamais esquecerei dele e de quantas histórias passamos juntos.

S2


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Eu sendo eu você sendo você

E segue assim: eu sendo eu, você sendo você, o José sendo José e a Maria sendo a Maria. Entre preparativos para a marmita da semana, o suco detox do dia (muito importante), não podemos esquecer o fundamento básico da existência na terra: cada um ser o que é. Sem questionamentos, sem expectativas, sem cobranças, apenas sendo.

Enquanto isso meu whats pulula com mensagens, um email chega na segunda feira de sol alegrando mais o dia, a rotina se encaminha e eu não posso esquecer: as pessoas são o que são.



segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Setembrou

Acordei emputecida e cansada. Segunda-feira pós plantão não é fácil. Engoli o café com adoçante e segui pro carro. Catarino não ligava nem com reza. Pqp carro velho! Minha vontade era ligar pra redação e inventar algum motivo pra não ir trabalhar, mas lembrei que amanhã é minha folga e segui tentando ligar o carro. 

Liguei o rádio e coloquei Baby e Pedro pra cantar "Planeta Vênus", o mal humor foi passando.
A Eliseu de Almeida não estava superlotada e a vida começou a fazer sentido. 

Foi quando lembrei que o mês tinha virado! Caralho, é Setembro! Fui invadida por um bem estar voraz e reparei que o sol mesmo manso estava saindo. A vida é bela sempre, mas em setembro ela fica maravilhosa. Troquei Baby por Junio Barreto cantando "Setembro", estacionei e segui pro metrô feliz. Setembrou!





quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Sem o efeito blur, por favor



Há dois anos atrás se eu fosse questionada entre escolher uma paixão enlouquecedora ou um relacionamento estável eu gargalharia segurando meu copo de catuaba na mão e diria sem titubear: É ÓBVIO QUE A PAIXÃO, estabilidade é coisa de velho. Paixão, loucura, sofrimento, fogo etc etc, quem não curte? Mas assim como o tempo passa, as vontades passam e as experiências surgem, pareço a velha da praça contando história e por incrível que pareça é exatamente o que sinto. As coisas passam. A vida vai se encarregando de seguir seu rumo e onde havia desejo passa a haver desilusão.

Palavras, poesias, sonhos, nuvens em forma de escritas, sensações únicas, dias fora do contexto, é apenas maravilhoso viver assim, mas e aí? É preciso muita gana, vontade e sobretudo paixão pra passar por cima do real, viver uma história de novela e se jogar no abismo do desconhecido. Precisa de uma força descomunal pra acreditar em valores, crenças e verdades de alguém que surge na sua vida do nada e passa a tomar um espaço grande. E eu fui seguindo, segui sem medo, sem âncora no pé, acreditando em algo tão meu que meus ouvidos não ouviam o alheio, ouviam somente o coração. Um filtro blur deixou a vida diferente, mas e aí?

Esse 'e aí' surgia sempre lá do fundo da minha consciência, em momentos de desespero e lágrimas e que me pegavam quando algo errado acontecia. Mas a paixão é assim mesmo não se ama sem se lascar, é preciso bastante dor pra valer pena, não é? Era isso o que meu coração respondia para minha consciência.

Até que minha consciência começou a falar mais alto, mais forte, e meu coração novamente questionava: você racional? senta lá Nathália. Fui aos poucos descendo da nuvem de escrita e voltando para o mundo real, tirei o óculos de sol com blur e enxerguei à minha volta um cenário pesado do qual eu jamais quis fazer parte. E aí?

E aí que me dei conta de que mais uma fase da minha vida tinha passado e que aos poucos o que eu queria não era o que estava vivendo. Coração bobo, coração bola, cutucava pra saber se era realmente aquilo mesmo. Sempre ele me fazendo as piores perguntas.

Entre viver um sonho de romance espanhol e a realidade batento à porta o que faz sentido agora são parcerias inteiras ao invés de pela metade, amores viáveis e não impossíveis, transparência e não trama, tranquilidade sem noites em claro, confiança e não descontrole emocional. E eu sei que é possível apaixonar-se por aquilo que nos faz bem e não sangra. Ter isso maduro no coração faz toda a diferença. As novelas que fiquem lá na televisão, tô tranquila de histórias surreais. Talvez eu tenha envelhecido, talvez eu tenha ficado chata e ponderada, mas aqui cabe um clichê: ou soma ou some.


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Não sou obrigada


Sabe, eu percebo cada mais vez que se tem uma coisa nessa vida é a de que eu não sou obrigada. Não sou obrigada a ter meios amigos, por exemplo, amigos de contatos diários no Facebook e realidade zero. Amigos que aumentam listas e engordam chats e no real? Nada. Não sou obrigada a manter contato com quem não tenho afinidade nem vontade, não sou obrigada a viver somente para pagar aluguel, já que a vida é muito mais que isso;

Não sou obrigada a ter no meu caminho coisa que atravanca. E por coisa entenda objeto, pessoa, sensação, situação. Cheguei num ponto da vida que ando infinitamente mais racional e consequentemente chata. Se antes já odiava e evitava o que não curto, agora penso que não sou obrigada. Lugares lotados, filas, coxinhas ao meu redor, machismo, ignorância, gente que é fake, gente que eu não vou com a cara. Odeio ser simpática sem ter vontade. Odeio dar beijinho de "oi" se não estou com vontade. Ando sem paciência pra facebook. eu odeio facebook. Já escrevi sobre isso e infelizmente não deleto minha conta por trabalhar com internet e ser o lugar aonde (ainda) as pessoas mais se falam e compartilham conteúdos pertinentes ao site em que escrevo.  E é uma pena. A perda de tempo, conteúdos inúteis, proliferação de chorume, exposição desncessária da vida etcetcetc.

Não sou obrigada a ter apego. Aprendi que é mais fácil desapegar e jogar com as fichas que a vida nos dá. O tempo muda, a vida muda, nós mudamos, os interesses mudam e não há porque ficar estagnado no mesmo lugar fazendo pacto com a infelicidade. Somos obrigados? Eu não. Emprego, pessoas, família, namorado, nada nada NADA vale o sofrimento ou a falta de sono. "Ser todo por inteiro, nada teu exagera ou exclui", já diria Fernando Pessoa. E é bem isso, se estou é inteira, completa, envolvida, com vontade seja em qualquer fator da vida. Não sou obrigada e nem tenho paciência pra ouvir verdades que não são as minhas. É simples. Se algo me soa mentiroso e eu não consigo acreditar, vai pro lixo.

A solidão, independência e maturidade me deram mais do que rugas (que graças a Deus ainda não tenho!), me deram sanidade. Sanidade pra olhar o caminho e saber se é realmente o que quero. Sanidade pra olhar no horizonte e saber onde é que eu quero chegar e como vou fazer isso. Sanidade, pé frio no chão e coração salvo, o mais importante. Cheguei no ponto em que todos os quesitos da minha vida foram exatamente escolhidos por mim. Minha profissão, meu carro, minha casa, meus amigos, meu trabalho, minhas escolhas, minhas alegrias. Nada foge. Nada incomoda. Sanidade é saber que enfim, consegui. Ainda falta tanto, logo mudo tudo de novo e lá vai eu dando braçadas vida a fora.

Sendo assim fica cada mais difícil fingir, sorrir sem vontade, dizer o que não sinto, manter o que não me é interessante. O papo tem que ser real e reto. De joguinho, abracinho e likes eu realmente não preciso e muito menos sou obrigada.






quinta-feira, 15 de maio de 2014

Fui feliz em Santos



Há fases na vida que deixam saudades, mas essa que vou contar não precisou completar nem um ano para me deixar nostálgica. Aconteceu em janeiro passado, início de 2014. Sem emprego, tempo livre, curtindo os dias quentes e aproveitando a vida com coisas simples eis que rumei pra Santos, litoral paulista. Fui passar três dias na casa da Michelle, que conheci através da Nath. Eu queria um tempo perto do mar, mas sem grana a situação ficava complicada e a Mi abriu as portas na maior boa vontade. 

Um apê gracinha que na pequena temporada me serviu de abrigo. E eu amei. Enquanto ela saia para trabalhar no shopping, eu ficava com a Manu, filha de 7 anos por quem me apeguei. Porque não basta ser tia Nathy, tem que jogar Uno, entrar no mar, ensinar a cantar a música da Gretchen, inventar histórias dentro da água, inventar comidas e comer milho na praia. Na maior simplicidade. Com paz no coração e a certeza de que tudo é possível quando queremos. Entre um cigarro e outro, que Mi fumava sentada no chão enquanto Manu assistia um desenho antes de pegar no sono, conversávamos sobre planos, problemas, passado e futuro. E eu observava com riqueza de detalhes o quão poderia ser delicioso, ainda que trabalhoso, criar uma filha com a independência quebrando a cabeça pra fechar mais um mês.

Manu, que nas duas vezes em que a ví estava quieta e educada, pegou confiança e virou minha amiga <3 font="">
E eu ficava pensando como é que passei 25 anos da vida achando criança um saco! (Gratidão ao Benja eternamente....). Quando saí pra uma caminhada sozinha, obviamente me perdi, e como é bom perder-se com o mar ao lado. Tomei açaí, olhei a vida caiçara passar, pensei que certamente me acostumaria a morar lá embaixo ( e que certeza vou morar na praia um dia), e fiquei realmente grata pela atitude da Mi, que dividiu a vida comigo.

Fomos à uma festinha de criança e comemos pacas, Manu uma graça com fita de laço na cabeça, a mãe da Mi extremamente descontrole, espontânea, me diverti horrores com direito a passeio pelo centro velho de Santos e outros lugares especiais... Fui feliz alí.

E sempre que vejo a foto dessas duas lembro como a vida foi doce naquele período. Como pequenas atitiudes podem significar muito num momento confuso e que somos nós os responsáveis por cultivarmos quem entra na nossa vida!

À Mi e Manu obrigada! obrigada.

ando nessas de deixar claro quem é que tá do lado, quem é que faz a diferença e vocês fazem!

suaslinda, tudo Gretch!

amo.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Memórias

Casa simples, cheia de gente, muitos móveis, quintal e quartinho da bagunça, com direito a banheirinho nos fundos. Ali viveu vários momentos, se descobriu, aprendeu, chorou e riu, fez amigos pro resto da vida. Após a partida ainda voltou ali pelo simples prazer de rememorar os momentos que A Casa tinha proporcionado.

Ela era muito mais que um imóvel, era parte viva, um personagem central da história. Quantas vezes sentou na escada pra esperar? Quantas vezes mudou os móveis de lugar no dia da limpeza? Quantas vezes se arrumou pro bar ou pras festinhas de família? Ou chegou feliz e saiu chorando. Ou chegou chorando e saiu aos pulos?

Ali, naquela tranquila rua, na Casa que não tinha muro e o azulejo era quebrado, se viu dona do próprio nariz e caminho. Hoje quando passa por lá o frio na barriga é inexistente, mas é impossível não virar os olhos e checar como está o imóvel ainda que agora sua visão esteja sem o filtro nostálgico, sem flashs de brilho pulando ao lado das cenas, sem créditos no final do filme.  Agora é apenas uma casa, numa rua qualquer.



segunda-feira, 5 de maio de 2014

Início

Então logo mais eu vou comer a comida feita por mim, na minha casa, na santa paz, depois retornarei de dia de trabalho e continuarei tomando conta e levando a vida do jeito que eu quiser e como eu quiser.
parece pouco, mas eu sei o quanto batalhei pra chegar nesse patamar. um patamar totalmente independente, sem nó com ninguém, presa a ninguém, livre pra poder viver do meu jeito.

é delícia
é frio na barriga
é chave na mão e pé pra fora!
nos caminhos
do jeito que é
de uma maneira que funciona e traz paz!

terça-feira, 29 de abril de 2014

Por favor, fale!

Nessa vida aprendi que temos que falar sempre, em qualquer situação!
Se a pessoa deu de loka e não cumpriu o combinado, fale.
Se nego não sai da sua frente na escada rolante/esteira rolante/na frente da catraca, fale, fale, fale!
Não caiu seu salário?, pois fale!
A gata tá esquisita, fria? faaaale

Vá atrás de seus direitos, não engula, não somos obrigados!
Antes um chato que questiona e fala, do que um acomodado vivendo a vida a gosto da maré.

As pessoas em geral são acomodadas, folgadas e cada um preocupa-se com seu próprio umbigo, ainda que estejamos interligados e na prática precisemos uns dos outros, não é papo de Igreja, é a vida correndo e você dependendo dos outros e os outros dependendo de você. Por isso, fale. Reclame menos e fale mais!

Se a situação incomodou e você não está de acordo, fale, fale muito, fale num tom educado, mas não deixe de falar!

Aprendi e aprendo cada vez mais a importância de falar. Não importa ser tachado de mala, não vale a pena viver com dúvidas, angustias, hipóteses, por favor, fale tudo e viva com a paz no coração e a garganta livre pra descer cerveja, batata frita e não sapos!


sábado, 26 de abril de 2014

rosa céu



tempos passados, aquela sensação já conhecia. tempos atuais a velha sensação batia. única certeza: não enfrentar. conhecer o próprio limite é uma das mais sábias aprendizagens da vida! alívio. alívio. sono. alívio.

acordou com o pensamento único de que deseja ser feliz em todos os sentidos.
do contrário, é perda de tempo.

tem ciência de tudo o que está por vir. do muro firme que baterá na cabeça por dias seguidos (meses).
mas não há muro firme que seja mais forte que a paz. ela, rosa céu, calma e alegre.

abandonando o azul petróleo e partindo pro rosa. entre todas as nuances da palheta, chegará.

domingo, 30 de março de 2014

O grande mistério das relações

Não basta falar todos os dias, ficar junto, ficar bem, conversar, compartilhar planos e medos, compartilhar conquistas e alegrias. queremos mais. queremos ter o controle do pulsar do coração, certeza que de somos únicos a habitar o pensamento do outro, pensamento e desejo, pensamento, desejo e sonho. queremos certeza total, 100%, carimbo, cerco, fechado, certeza. Certeza do que, mano?

que certeza é essa que tanto se procura, que faz cair lágrimas e cabelos, dá rugas, inferniza e maltrata o coração? não lhe bastam palavras, ligações, tempos, dias, meses? Não. Pior ainda quando a outra pessoa simplesmente afirma que não vai mudar (e nem pode), que a vida é assim mesmo, que contraria todos os rótulos, que não há fidelidade nem exclusividade, que não há ausência de carinho e que há liberdade para sair do jogo a hora que quiser, tchauzinho.

Não soa como desdém? cadê aquele amor todo? não tem apego? não existir apego não será justamente o tal o amor ideal e saudável que os terapeutas e livros de auto ajuda pregam e enfiam guela abaixo de toda população? Afinal, ter apego é bom ou ruim?

como é que se ama, e mais importante, se vive, numa relação que nada é estabelecido a não ser o amor?
o amor livre, solto das amarras (será que existe?) sem que a tristeza, a insegurança, o ciúme e outros monstros apareçam?

como é que se mantém uma relação madura, sem pulga atrás da orelha, com coração quentinho e cabeça adormecida sabendo que seu amor pode estar por aí com outr@s? e que depois ela retorna cheia de amor pra te dar e você, que dormia e não sentia nada, nem sabe, e melhor de tudo, nem questiona o que aconteceu.  será que é possível viver isso?

será que existe uma relação em que a outra pessoa não te inferniza, pode ser sincera, pode contar coisas que julga importante sem que você não morra por dentro, não se magoe, e consiga beija-la em seguida já ciente de que não há certeza alguma, além de viver, e de que ninguém está acorrentado  a ninguém, e que as pessoas somente relacionam-se porque querem. QUEREM.

São tantas questões, inumeras hipóteses e a única certeza de que não há certeza. Eu quero mais que os rótulos se explodam, sou guiada por amor e confiança (?), mas a verdade é que acreditamos no que queremos. a pessoa pode tatuar "nathália amor eterno" na testa, ser o mais fiel que existe, e se eu não achar que é verdade, não é. o que fazer? querer ouvir todo santo dia que sou única e exclusiva não é meu desejo. mas não quero meias verdades, quero tudo escancarado aqui na minha cara limpa, afinal sou forte, sou de pedra. aguento tudo. sou decidida e e quando me irritar acabo logo tudo duma vez. aham, senta lá.

ainda não consigo fechar a equação do que é viável ou não numa relação. odeio que invadam minha privacidade, odeio que não acreditem em mim, odeio me sentir amarrada sem poder fazer o quero, quando quero, do jeito que quero. e me pego cobrando justamente tudo isso que mais detesto. 

sou chata, sou maluca, sei decor todos meus defeitos, já não acredito mais que ser feliz só é possível sozinha. acredito numa parceria. preciso é encontrar o ponto entre confiança, lealdade e amor sem que seja na base da porrada ou da corrente. nem do fake faço questão ou parte.

mas não me peça o que você não é capaz de me dar. não cabe pedido, não cabe combinado, é tudo solto e perdido no ar. e pra quê, por quê? amor é isso? relaciomento é isso?

tento misteriosamente e arduosamente descobrir!














quinta-feira, 20 de março de 2014

Voltando (ando)

Voltando (ando). Pessoas. Elevadores. Baldiações. Home. F5. Ronda. Escuta. Elevadores. Pessoas. Trens. Túneis.

Há uma semana voltei para o mundo corporativo e para o jornalismo hardnews. A imersão é voraz, me faz ficar perdida. Já tinha trabalhado com isso há uns anos atrás. Tenho facilidade com entretenimento e agilidade pra pegar a rotina do trabalho. Mas decidi voltar aos poucos pra conseguir sentir um restinho de liberdade que me escorria pelas mãos. Agora sou prova viva de que ouvir o coração é a melhor coisa que podemos fazer nessa vida! Todo o processo de me demitir, isolar, pensar, ensaiar e finalmente entrar em um lugar que tem a minha cara, não tem preço!

Aos poucos vou sentindo novamente o que é ser feliz no trabalho e sinto o peso que esse fator tem em nossa vida.

Ufa!

Voltando (ando) à atividades que há muito não fazia! Acordar antes do sol nascer, cruzar com crianças indo pra escola. Viver em São Paulo antes da multidão é um dos maiores prazeres que volto a sentir. Não tem muita gente na rua, dá pra ir sentada no metrô, sair mais cedo e ter mais tempo pra viver, glória!

Voltando (ando) a escutar rádio. Fazia muitos anos que não escutava de fato uma rádio. Percebo o quão automático e superficial tornou-se a atividade. Rapidinho ali no trânsito e fim. Agora volto a escutá-lo com atenção. Sabendo notícias através da caixinha de som. Vinhetas de rádio AM. Uma verdadeira viagem no tempo.

Voltando (ando) a escrever rapidamente, na correria, sem tempo, corta foto, sobe logo, dá F5 na home, vamos, vamos, vamos!

Voltando (ando) com vontade de estudar. (Ainda não sei o quê, mas vontade há).

Voltando (ando) a relembrar 2005. Ano de cursinho pré vestibular, mente ansiosa e coração cheio de sonhos. Era exatamente às 07h que eu entrava na P7 para ter várias aulas e seguir trilhando o sonho de chegar enfim na profissão tão sonhada. Era exatamente no prédio em que trabalho hoje, que há nove anos (caramba!) eu saia da aula, almoçava no "Capricho" e voltava correndo pras aulas especiais de literatura. Aulas que duravam quatro, cinco horas. FT dando sua aula, eu emocionada e cansada, mas sobretudo feliz.

Agora passo em frente ao prédio da Gazeta e lembro de tudo com muito carinho.

Voltando (ando) a me encontrar (?) na profissão. Depois de quase três anos insatisfeita, quase jogando a toalha e concluindo que não tinha nascido pra coisa, eis-me aqui. De peito aberto, sem tantos sonhos como em 2005, já formada e vivendo da proissão que escolhi, sem ilusões, um pouco mais madura e rabugenta, mas menos reclamona, tô aí pra vida sem medo de fazer curvas ou renunciar.

Voltando (ando) a me jogar na vida!







quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Reflexão de uma Noite de Fevereiro

Eu estava feliz porque tinha desatado uns belos nós e vê-los assim organizadinhos, bonitinhos, esticadinhos, dava uma paz tão grande que se pudesse ficava sentindo isso pra sempre. Uns belos nós. Uns belos nós que até então achei que só depois de muito, muito trabalho conseguiria desatar. E desatei bem antes do que imaginei.

Eba!


Então veio a dona vida com suas belas peripécias, sua imaginação ímpar e embaralhou tudo de novo como se não houvesse amanhã. Por outros motivos, cá estou eu fritando miolos dia e noite, noite e dia, em busca novamente em desatar outros nós, uns nós mais antigos e urgentes e como são das antigas têm uma força no emaranhado que ao vê-los sinto vontade de chorar. Igual criança quando precisa de ajuda e sem atenção senta e chora. Assim. Depois das lágrimas que vezes surgem contidas e noutras em forma de berros, surge um alívio em forma de sabedoria: "Do chão não passa, quando morrer descansa", e lá vai eu quebrar a cabeça de novo até que os desate enfim.

Enquanto isso não acontece e eu não desisto, cabeça dura que sou, vou à natação, descanso na praça, dou um gole numa cerveja, tudo isso pra espairecer, mas não esqueço da tarefa árdua de machucar as mãos, as unhas e a boca pra desatar. Ta aí o verbo da vez: desatar. Talvez eu devesse esquecê-los, igual criança que muda da brincadeira. Mas eles voltam, ah sempre voltam. Com uma plaquinha erguida: Nathy, estou aqui! desateme! 

Se esse grupo de nós tivesse ouvidos eu lhes diria: Queridos, não preciso de lembretes, muito menos ameaças, não sou de desistir e quando findar minha empreitada vou juntá-los aos nós já desatados e colocá-los numa estante bem bonita e vistosa, num lugar onde muitas pessoas possam ver (sou exibida mesmo!) e eu mesma possa passar e olhar orgulhosa de tal resultado e finalmente sentir a sensação de paz que eu já conheço e quero repetir!

E sabe o que virá depois?
mais nós.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Arrisque-se (Por um 2014 diferente)

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Mas e aí Nathy o que você vai fazer agora?
Não sei.

Foi assim que muitos aos meu redor me perguntaram o que seria daqui pra frente e como eu manteria meus gastos depois que contei que finalmente tinha me demitido. E o "não sei" os pegou de surpresa e a mim deu um grande alívio.

O processo ficou interno e tomando força por muito tempo. Veio o retorno das férias, Natal, Ano Novo e o ínicio dos dias úteis foram invadidos por um janeiro lindo e quente que há muito não se via em São Paulo e arrisco dizer, no Brasil. Mas aqui dentro nada brilhava como o dia lá fora. Uma angústia e um questionamento "peraí, o que estou fazendo da minha vida?", me invadia com força voraz. E eu precisava das respostas, só que pra ontem, pra já. Nunca fui a favor de trabalhar apenas pelo dinheiro e para pagar contas, vejo a relação de trabalho muito maior do que isso. Foi esse um dos motivos por ter escolhido ser jornalista. Informar, ajudar pessoas, serviço público, pautas variadas. Mas a vida vai nos levando para caminhos o quais não imaginamos e me peguei presa num escritório dia e noite, noite e dia. Logo eu que sempre fui da rua, de sentir e investigar, de apurar a pauta, de pegar ônibus e metrô sem medo do que vinha pela frente, sem preguiça, sem medo das chuvas ou engarrafamentos, sem preferir o conforto, ar condicionado e café quente da salinha branca e fria.

Então, ainda no início do ano, sob um verão animado e desafiador, decidi virar a curva e parar. Estacionei e sai da zona de conforto e da lista dos que trabalham sem pensar porque e para quê, era exatamente isso que senti durante os últimos meses. Lembro de uma frase que um amigo dizia na faculdade, "há que viver, não sobreviver", e é disso que estou em busca agora. Alguns podem pensar "tolinha está iludida, logo passa e ela retorna", e pode ser isso, claro que pode. Mas eu preciso desse tempo pra colocar as coisas em ordem, esperar o turbilhão ficar calmo e conseguir enxergar lá no fundo o que faz sentido.

Não sei se viverei de freelas, se invisto nesse blog, se engato um projeto independente, se largo tudo e presto vestibular novamente. A única certeza é de que preciso me envolver com que eu realmente acredite, e se for para voltar ao cotidiano corporativo, que seja em algo apaixonante que minimize o fato de ter que bater ponto, fazer reuniões e usar roupa social. Quando trabalhei com vídeos era assim. O trabalho era muito mais enriquecedor do que as normas da empresa, e então tudo estava certo!

Sem medo de me arriscar e encarar de frente o que está por vir, volto com a máxima clichê e verdadeira de que "temos que trabalhar com o que gostamos". Mas do que eu gosto? De telejornal, é o que logo vem à cabeça. Mas gosto de tantas outras coisas e atividades que esse tempo vai me ajudar a encontrar respostas e caminhos viáveis pra que enfim ao olhar o holerite eu me sinta mais que um gado marcado aumentando a lista do sistema.