quarta-feira, 7 de maio de 2014

Memórias

Casa simples, cheia de gente, muitos móveis, quintal e quartinho da bagunça, com direito a banheirinho nos fundos. Ali viveu vários momentos, se descobriu, aprendeu, chorou e riu, fez amigos pro resto da vida. Após a partida ainda voltou ali pelo simples prazer de rememorar os momentos que A Casa tinha proporcionado.

Ela era muito mais que um imóvel, era parte viva, um personagem central da história. Quantas vezes sentou na escada pra esperar? Quantas vezes mudou os móveis de lugar no dia da limpeza? Quantas vezes se arrumou pro bar ou pras festinhas de família? Ou chegou feliz e saiu chorando. Ou chegou chorando e saiu aos pulos?

Ali, naquela tranquila rua, na Casa que não tinha muro e o azulejo era quebrado, se viu dona do próprio nariz e caminho. Hoje quando passa por lá o frio na barriga é inexistente, mas é impossível não virar os olhos e checar como está o imóvel ainda que agora sua visão esteja sem o filtro nostálgico, sem flashs de brilho pulando ao lado das cenas, sem créditos no final do filme.  Agora é apenas uma casa, numa rua qualquer.



Um comentário:

Dmis disse...

NADA MELHOR PARA LEMBRAR QUE UM NOVO CAPÍTULO NA VIDA... ABRE A JANELA!