quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Outras maneiras de usar a boca

Hoje na hora do almoço passei na livraria porque uma amiga estava atrás de sei la o quê. Eu já tinha visto, e até lido alguns poemas do "Outras Maneiras de Usar a Boca", da Rupi Kaur e achei bem lindo, mesmo. ai parei ali na estante, como quem não quer nada, e abri o livro na seguinte poesia:

Eu não sei o que é viver uma vida equilibrada
quando fico triste
eu não choro eu derramo
eu não sorrio eu brilho
quando fico com raiva
eu não grito eu ardo

a vantagem de sentir os extremos é que
quando eu amo eu dou asas
mas isso talvez não seja
uma coisa tão boa porque
eles sempre vão embora
e você precisa ver
quando quebram meu coração
eu não sofro
eu estilhaço


euzinha, não é mesmo?

derramando, brilhando, ardendo e estilhaçando! é assim que é.
até tentei ser menas, mas eu morna sou pior do que lasanha congelada. arg.

e se você me acha dramática, se você acha que eu preciso ser menas, se acha que eu sou insuportável quando estou MUITO FELIZ ou MUITO BRAVA ou MUITO TRISTE, I'm so sorry!

e saiba que pra tudo, pra todos os sentimentos e acontecimentos: eu sou de verdade!
e somente quem é forte é que é de verdade porque não precisa se sustentar com máscara.

mais um touché maravilhoso de Andreza, a grávida de gêmeos.





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