quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Now

só agora consigo expor emoções e dias vividos em Londres. memórias pululam na minha mente. que saudade. a saudade me corrói. não nasci pra esperar.
a certeza de que vou voltar me abastece.
e eu que sou britânica e não sabia?

ah Inglaterrinha, tu me aguardes.         
me espere que eu chego já.

Camden Town


Se me perguntar agora qual o melhor lugar do mundo, eu vou dizer, do alto dos quatro países que conheço: é Camden Town. Estava ouvindo agora o show da Amy e me deu uma saudade grande do bairro em que ela decidiu chamar de seu. Camden é movimentado, tem trem e tem metrô, é na zona norte de London, distante da muvuca do centro, tem bairrismo, tem pub com mesa de sinuca, tem reggae na calçada, tem jazz e tem várias vilinhas com casas frente aos parques, característica tão intrínseca da cidade. Londres me puxou pelo cabelo, fiquei sem ar. Havia sentido isso apenas no Rio, e novamente lá, cara a cara com o Big Ben. Mas Camden é o Butantã. Ele é movimentado e caseiro ao mesmo tempo, ele é foda e antigo ao mesmo tempo, ele é chique e suburbano ao mesmo tempo. Lembro de um dia, no meio de tantas bebedeiras, a gente sentado numa praça X, que dava vista pro metrô, era anoitecer e em volta havia alguns predinhos tipo BNH.

Você sabe o que é ter um ídolo?
você sabe o que é habitar o bairro do seu ídolo?
pois, eu sei.

Eu sentada ali no banco de cimento sem ter a noção do quão grandioso aquilo era.
Parça, eu tava no bairro do meu amor, sabe?

Foi ali que tirei a foto encostada no ônibus vermelho
foi ali que tirei a foto cara a cara com ela ali estampada.

Lembro da gente sair perguntando onde era o pub preferido dela, e uma transeunte muito folgada dizer que qualquer pub ali era habitado por ela. Amy morreu em julho de 2011, estávamos em abril de 2016. eu sou jornalista e quero saber onde se metia a musa da minha vida, com licença?

Fomos até o pub famoso por ter recebido a cantora. O jazz à luz de velas exibia o tom intimista do rolê; e eu ali sentada onde Amy poderia ter sentado. fã é uma coisa muito louca, e eu enquanto fã sou de lascar.

Lembro do vento batendo no meu rosto e eu ali em Londres, em Camden, eu ali pertinho do local em que habitava Amy, eu ali fã incurável. do caralho!!!!

ainda hoje me pego pensando nesses dias por lá habitados....

que bom ter vivido tudo isso.
eu amo a Amy demaisssssssss
e amo poder ter escrito esse capítulo da minha vida.

sempre vou lembrar do metrô passando e eu me sentindo a verdadeira londoner ali.


é MUITO amor.
não sei nem explicar.


quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Chega que chega

Que em 2018 a gente tenha muita saúde e garra pro que der vier,
mas desejo que o ano seja mais leve e mais calmo.
Que em 2018 a gente tenha dinheiro o suficiente pra fazer o que a gente quiser, na consciência de quem controla quem, sem ganância e egoísmo,
mas desejo que esse perrengue instável fique de uma vez por todas para trás.
Que em 2018 a gente tenha relacionamentos estáveis, independente se é crush, namoro, casamento ou noivado,
mas desejo que quem cruzar o meu caminho se posicione sempre, e tenha além de respeito, maturidade emocional.
Que em 2018 os ventos fluam e a gente se conecte com quem tem a ver com a gente,
mas desejo que eu tenha ainda mais feeling pra entender quem é que fica e quem é que sai;
Que em 2018 a gente consiga viajar mais, explorar mais, estudar mais, aprender mais,
mas desejo que no próximo ano eu possa novamente ter coragem pra me jogar onde me der na telha;
Que em 2018 meu lindo projeto de Babá siga de vento em popa, com crianças lindas pela frente,
mas desejo aprender ainda mais a dureza de ser uma administradora and jornalista;
Que em 2018 a comunicação volte a dar novos passos, que surjam novos freelas, que eu possa ser repórter, assessora e o que mais vier pelo caminho,
mas desejo que a falta de respeito com a área fique em 2017.
Que em 2018 a gente dance ainda mais, rock, mpb, carimbó, axé, forró, meu santo forte, dancemos tudo o que a gente merece
mas desejo que o ano novo me brinde com novos locais pra rodar no salão
Que em 2018 o Carnaval seja ainda mais emocionante, novos blocos, novas pessoas, o sol brilhando no céu do Rio de Janeiro, eu maravilhada no meio do Prata Preta,
mas desejo novas fantasias, novas marchinhas e a boa e velha emoção de ser foliã de carteirinha.
Que 2018 seja verde: floresça de esperança e muita boa energia, good vibes, de verde eu vim, hoje eu vim de verde! minha cor preferida.

tá tudo pronto já,

pode vir 2018
vem verde.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

A gata de pelúcia

"Você é a mulher mais brava que eu já conheci. A mais brava e a mais louca também". Você me disse isso depois da gente discutir sei lá por qual razão que já nem me lembro mais. Fiquei puta e feliz ao mesmo tempo. sou braba mesmo, vou fazer o quê?

Diz que minha tataravó espanhola, Juana, era assim como eu e que minha bisa Dolores logo quando nasci viu os muitos pelinhos que formavam nas minhas costas e disse pra minha mãe: ela vai ser igual a minha mãe (Juana) repara aqui nesses pelos, nem tem idade pra isso. essa vai ser brava! Crendices à parte, nem era sobre isso esse texto, era sobre como você também tinha me deixado muito feliz depois desse tapa-elogio dizendo que também sou a mais louca. Defina louca, né meu bem?

Louca porque eu me posiciono, não faço joguinhos e sou transparente? louca porque pulo Carnaval sozinha ou faço o que me der na telha porque não sou obrigada? louca porque não sei fazer a falsa? porque se for isso, eu realmente sou meio louca mermo. E no pós conversa você também disse que nunca tinha gostado de uma mulher assim e esperava a semana passar rápido para poder estar comigo logo no final de semana e que mesmo nos dias mais quentes em que as nossas mãos estavam suadas juntas você não queria soltar. E disse isso olhando no meu olho sem piscar, sem nem olhar pra cima. pois é, foi assim, eu me lembro bem lembradinho. E nessa hora eu dei uma pequena morrida. Ai tirou um saco com laço de fita e me deu a gata em forma de urso mais linda desse mundo que agora leva o nome de Belinha. Feliz Natal para minha Nathy. A gente formava um belo casal isso sim! foi tudo tão singelo, sincero, esses namoricos sem pretensão, mas foi tão linda também a história. eu nada sabia, nem planos fazia, só queria ir pro Ibirapuera com você andar debaixo das árvores e discutir futebol porque incrivelmente você foi um dos raros sãopaulinos com quem me meti, uma vez que tenho ranço dessa raça com todas as minhas forças! deus do céu que gente chata.

ai ai ai como é fofa a vida de quem está enamorado, não é meixmo?

agora me diz: quem diria que Belinha, a gata de pelúcia, que ganhei num Natal seria um componente fundamental do Babá Alternativa? quem diria que as crianças adorariam brincar com Belinha, tia quem te deu essa gata? como é que se explica isso pruma criança de 04 anos? Belinha de óculos, belinha de chapéu, belinha pra cima e pra baixo. belinha quantas histórias temos juntas?

de você nem sei mais, diz que está casado justamente com uma Nathália (cof cof cof).

a vida é essa bola mágica que a gente chacoalha na certeza de que vai ver a neve e ai no meio do caminho aparece um mar com sol esfregando na nossa cara que não controlamos nada. a gente faz aqui sem saber como é que vai ser lá.

a vida é foda e me lembrei disso hoje,
já pode dar Feliz Natal?







sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Então é Natal....

E o que eu fiz?

Eu conheci milhões de crianças, eu me mudei pro Rio de Janeiro e conheci gente maravilhosa, continuei fazendo freela de comunicação, criei um projeto com mães lindas, divulguei esse projeto, voltei pra comunicação e conciliei com o meu projeto de Babá, fui morar frente à Praça Elis Regina, corri na praça, trabalhei num aplicativo,  conheci Niterói, peguei uma blitz, fiz faxina na Margarete, me juntei com a Nicolle, segui junta da Samanta, conheci uns mulherões da porra, pulei o pré e o carnaval no rio, desfilei na Mangueira, curti o Benja grandão, devi os tubos e paguei tudo, comprei livros, escrevi muito, curti tomar cerveja sozinha no sossego do meu lar, fiz churrasco com o Assis, dancei samba, dancei no Santo, peguei alguns forrós, cortei meu lindo cabelo e descobri um novo lindo cabelo, criei um plano, inventei um caminho, emagreci, arrumei todos os meus vestidos, voltei a me maquiar, ouvi muito rock, falei inglês, vi o cover dos Beatles, fui a mulher gato, a baby do brasil e a viúva porcina, descobri novas amizades, me fechei, me abri um pouquinho, segui brava e carinhosa, domei a ansiedade, aprendi a me valorizar, continuei falando e falando e falando e falando tudo com riqueza de detalhes como a vida é boa de ser, sigo intensa, que é o único jeito que faz sentido viver, olhei no espelho muitos dias sem me reconhecer, com a força que tirei nem sei de onde me redescobri, minha gargalhada foi destinada aos poucos e bons, alguns que não eram íntimos, mas se fizeram presentes, completei 30 anos, tive algumas ressacas, pulei o muro e furei o pé, fui no Beco das Garrafas, fui no Leme, pulei o Mulheres de Chico, fiz amizade com ambulante e descobri meu quiosque no Arpoador, comprei um novo óculos de sol, fui assaltada, perdi a mochila que trouxe da Inglaterra, li e acompanhei as notícias de Peterborough, fiz amizade pela internet, fiz bolo de chocolate pro Assis, fiz bolo de cenoura pra Margarete, brinquei muito com a Diná, briguei muito com a Diná tbm, gostei do shopping Vila Olímpia, fiz textão pro tio Ari.

Então é só o Natal, e sabe Simone, eu fiz coisa pra caramba!










47 dias

eu vi um beija flor
voando em alto mar
eu vi um beija flor
batendo asas pra voar, voar, voar, voar em alto mar

hoje tu não vai jantar
hoje tu não vai jantar
tem barata
tem cabelo
na cantina do amigão

amigos da onça:

RAAAAAAAAAAAAWWWWWWWWWWWWWWWWWWW!


o Carnaval se aproxima!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

É neve que você quer?


Tô eu sambando pra espairecer, fazendo amigos igual loica, aquela coisa toda de ser Nathália Rodrigues, quando conheço um casal no meio do bar. Tudo isso porque alguém tinha ficado preso no banheiro e Nicolle não dava novidades do causo.

Papo pai, papo vem, sentei pra descansar um pouco, quando eles viram e dizem a seguinte frase:
- Você parece a Amy Winehouse, sabia?
- O quê? Vocês não brincam com coisa pelo amor de deus!

Morri.

Não é a primeira vez que ouço essa! Mas obviamente que não me acho parecida com a minha musa britânica!

Eles não acreditaram que eu fã e lá fui eu contar toda a minha saga.

Amy linda, te amo demais!

E o que dizer da nevasca que invadiu UK? E invadiu a pequena Peterborough de um jeito que não se via há 6 anos! foi um tal de fazer boneco de neve, brincar no jardim, até a Mush viu a neve pela primeira vez e ficou com aquela cara de quequetaconteceno? Que coisa linda!

Cada foto e cada áudio!

Sem contar da reforma do Queensgate que agora conta com play patrocinado nada mais nada menos que pela Little Miracles! é pra cabar, brasil!

sim, sou jornalista e acompanho as notícias da minha cidade e do meu país amado.

Daria um dedinho pra tá lá na neve com eles! (não foi pouca neve não, hein?)

#muitoamor

sábado, 9 de dezembro de 2017

Rua Quitanduba, 45

Eu tinha 16 anos e achava que sabia tudo da vida, já que sempre fui metida a sabichona. Segundo ano do colegial, no Colégio Costa Manso, andava pra cima e pra baixo com o vovô, meu melhor amigo da época. Um dia fui fazer uma maquete na casa do vovô e o espertinho contou para o melhor amigo dele que eu estaria lá, o então amigo chegou e eu fiquei louca da cabeça, meudeusdocéu vem cá. Dezesseis anos, sabe? Malhação total. Pois bem: eu me apaixonei não só pelo amigo do meu melhor amigo. eu me apaixonei pela família inteira. Estamos em novembro de 2003.  Eu não gostava de criança e conheci a Beatriz, 03 anos (perdidamente apaixonada parte 01). Conheci a Ciça, 12 anos. A Rose, 36 anos. O Thiago, 14 anos, a Bruna, 14 anos. Rê do alto de seus 18 anos. Sabe quantas vezes a gente viveu nessa configuração de pessoas todas juntas dentro de um sobrado simples da Vila Sonia?

Logo de cara eu entrei no amigo do secreto da família, passei ano novo, depois vieram os aniversários todos, todos mesmo, porque a gente não se desgrudava. A gente fazia faxina juntos e depois cada um ajudava no almoço e era sempre uma briga pra quem ia lavar a louça. Essa casa, a casa da Quitanduba, n° 45, foi por muitos dias o lugar mais acolhedor que eu tinha naquela fase da minha vida. Ontem passei pela rua, passei em frente a casa e eu sei que nunca mais vou esquecer de tudo que passei ali.

Já chorei sentada naquela escada, brinquei numa piscina pequena de plástico cantando cantiga com a Bia, foi lá naquela casa que eu aprendi a tomar cerveja. Lembro de achar o gosto horroroso e a Rose insistir dizendo que no começo é assim mesmo. Os primeiros porres seguidos por banho de mangueira. Foi lá que eu aprendi o que é sentir ressaca, o que é se sentir parte de uma família. Não tinha whatassap, o Orkut e o MSN começavam a dar as caras. Era apenas um computador pra dividir entre mil pessoas e era cada arranca rabo que saia.

Na casa da Quitanduba eu vivi os piores dias de ciúme de toda a minha vida. Eu amava e odiava aquele lugar com muita força. O frio na barriga começava dentro do ônibus. Eu sabia, disso eu sabia mesmo, que aqueles momentos ali seriam marcados para sempre. E não é à toa que até hoje eles são meus queridos amigos, desses que a gente pode abrir o coração e a mente louca sem medo de ser julgada. O que dizer da Rose? Rose-mãe-de-todos. Linda, loira, dona de um par de olhos verdes incomparáveis. Mas sabe o que mais? A Rose ouvia MPB e era meio hippie, ela destrinchava os piores problemas (alô adolescência!) de uma maneira acolhedora, ela ouvia histórias tórridas de amor de toda essa galera e tinha humor pra ainda assim fazer pipoca pra todo mundo e colocar a casa em silêncio para assistir filme. Rose era um exemplo pra mim, pra todos nós. Todos os dias acordava, se arrumava, pegava a Bia pra levar pra escola, voltava na hora do almoço e dava conta de tudo, eram 3 adolescentes filhos dela, mais as agregadas e as sobrinhas. E a casa vivia de porta aberta, ia chegando gente, saia gente, depois chegava o resto da turma e eu nunca ouvi reclamação de encheção de saco. Tô falando que era Malhação da vida real.

Teve Copa do Mundo na casa da Quitanduba. Teve muita música, também. Era o Thiago tocando Legião Urbana igual louco no violão, era o Diego que colocava o Rappa num looping desgraçado, a Bia que queria ver o filme das princesas 70x por dia. A Ciça pelo menos usava o fone, Ciça é um doce, sabe? Eu e a Rê comandávamos os forrós e as gritarias e a gente começou a se amar desde a primeira vez que nos vimos. Oi você é a prima mais velha, né? Sim, e pela risada você é a Nathy, né?

Ai a gente descobriu o DVD da Ana Carolina com o Seu Jorge e novamente ficamos loucos da cabeça. Sabe quantas vezes eu ouvi e cantei e chorei e ri e tomei cerveja ouvindo a Ana tocar pandeiro? A gente cantava "Sina" a plenos pulmões e a casa não era tão grande, mas acomodava todo mundo de maneira exemplar.

E os quadros na parede? Os quadros, a lousa da cozinha, o quartinho da bagunça, os brinquedos da pussazor espalhados pela sala. Era um quarto grande e lembro de ter dor de barriga de tanto rir das palhaçadas dos meninos. A varanda...

A varanda era o canto de parar pra pensar na vida. Será que vou passar no vestibular? Será que eu vou casar com esse namorado? Será que se a gente terminar a Bia um dia vai lembrar de mim? Será que se eu alisar o meu cabelo vai ficar bom? Será que eu trouxe o passe pra pegar o Guaraú na volta?

Um dia a Rose anunciou que o dono ia subir o preço do aluguel e eles teriam que sair de lá. Choro geral. A minha sorte foi que no meio desse rolo todo da mudança, eu tinha terminado o meu namoro ioiô e na fase final da casinha eu não estava presente. Melhor assim. Mesmo depois da mudança, a gente ia lá na Quitanduba só pra matar a saudade, só pra querer dar sequencia numa fase muito boa, linda e especial que pra todo mundo tinha acabado. A vida segue e os ciclos se fecham. Só que agora é muito mais fácil pensar nisso, na época foi dureza. Era a nossa casa! Minha mãe morria de ciúme, dizia pra eu me mudar de vez (e vontade não me faltava). a configuração era toda muito maravilhosa!

Minhas amigas reclamavam que eu só falava disso, que eu só pensava em ir no Dipirá tomar pinguinha de 1,00 e ouvir MPB e muy descolada que era jogava a blusa em cima do orelhão e deixava lá a noite toda (ai porque, né? adolescente.)

A casa da Quitanduba guarda tantas histórias que se fosse pra escrever um livro daria para escrever bons capítulos com tudo o que vivemos ali.

A vida é essa caixinha de surpresa e a gente cruza com pessoas que se tornam essenciais na nossa vida, costuramos relações sem saber quão profundas elas podem ser.

Quitanduba para sempre em nossos corações.













sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Vai ter Caê sim!

Quando eu chego em casa nada me consola
Você está sempre aflita
Lágrimas nos olhos, de cortar cebola
Você é tão bonita
Você traz a coca-cola eu tomo
Você bota a mesa, eu como, eu como
Eu como, eu como, eu como
Você não está entendendo
Quase nada do que eu digo
Eu quero ir-me embora
Eu quero é dar o fora
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo
Eu me sento, eu fumo, eu como, eu não aguento
Você está tão curtida
Eu quero tocar fogo neste apartamento
Você não acredita
Traz meu café com Suita eu tomo
Bota a sobremesa eu como, eu como
Eu como, eu como, eu como
Você tem que saber que eu quero correr mundo
Correr perigo

Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora

E quero que você venha comigo



FORA TEMER!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Outras maneiras de usar a boca

Hoje na hora do almoço passei na livraria porque uma amiga estava atrás de sei la o quê. Eu já tinha visto, e até lido alguns poemas do "Outras Maneiras de Usar a Boca", da Rupi Kaur e achei bem lindo, mesmo. ai parei ali na estante, como quem não quer nada, e abri o livro na seguinte poesia:

Eu não sei o que é viver uma vida equilibrada
quando fico triste
eu não choro eu derramo
eu não sorrio eu brilho
quando fico com raiva
eu não grito eu ardo

a vantagem de sentir os extremos é que
quando eu amo eu dou asas
mas isso talvez não seja
uma coisa tão boa porque
eles sempre vão embora
e você precisa ver
quando quebram meu coração
eu não sofro
eu estilhaço


euzinha, não é mesmo?

derramando, brilhando, ardendo e estilhaçando! é assim que é.
até tentei ser menas, mas eu morna sou pior do que lasanha congelada. arg.

e se você me acha dramática, se você acha que eu preciso ser menas, se acha que eu sou insuportável quando estou MUITO FELIZ ou MUITO BRAVA ou MUITO TRISTE, I'm so sorry!

e saiba que pra tudo, pra todos os sentimentos e acontecimentos: eu sou de verdade!
e somente quem é forte é que é de verdade porque não precisa se sustentar com máscara.

mais um touché maravilhoso de Andreza, a grávida de gêmeos.





terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Melhor coisa

Odeio espinhas, odeio mancha de espinha e uma das coisas que eu mais queria nessa vida era ter uma pele linda, sem manchas, dessas que acordam passam um protetor solar e estão prontas para ganhar a vida.

Mas a vida não é mole pra ninguém e depois que parei de tomar hormônios, isso ainda lá na Inglaterra, a pele pipocou de espinha, coisa horrível e o pior é que ficou manchada.

pensa numa mocinha triste =(

dai que nesses grupos maravilhosos da internê, eu descobri o sabonete de açafrão, totalmente natural!
é tanto amor que em menos de um mês as manchas já sumiram bastante, ai ai a vida é bela.

mas meu hidratante acabou =/
e lá fui eu atrás de um hidratante natural.

a parada é essa: cosmético natural! boto a maior fé.

fora que ainda ajuda o pequeno comércio, quem põe a mão na massa, é outra vibe!

usem sabonete de açafrão, okey?

(acordou blogayra ela)

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Its real

eu não aguento mais 2017.

acabe, por favor!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

About Crushs

O maravilhoso mundo dos aplicativos, não é mesmo?
tem de um tudo: tem coxa, tem mendigo, tem viajado, tem cult, tem bicho grilo.
eu opto sempre pelos da vida real: nem tão gato, nem tão feio, dentes alinhados (isso sempre!), e bom papo. o cara tem que saber levar uma conversa. (E SABER QUE É GOLPE SIM, MUITO GOLPE)
dai tem os que vão logo falando que odeiam o Carnaval ( o que dizer meo deos?)
tem o que dizem que são super caseiros (sai pra lá, mano)
os que amam sertanejo (afffffffffff)
os super viajados around the world (aham, cláudia).

mas entre mortos e feridos até que conheci uns caras legais.

Quando morei no Rio fiz vários amigos pelos aplicativos, conheci lugares que só os cariocas manjam, conheci quadra de samba, eu amo conhecer gente, né?

O problema é que a maioria deles fica assustado com o #meujeitinho.
e infelizmente a maioria deles também não entende a simples diferença entre ser pegajosa e ser intensa, não é mesmo? não é pq tô conversando com vc no whats que quero construir uma família, mano. ai sabe, dezembro de 2017. se eu estou sendo bem tratada pq não tratar bem?  (não vou nem comentar a brilhante estratégia dos que acham que ignorar alguém traz algum retorno positivo.)

homi medroso não dá. essa lição já aprendi. odeio.

e tem aqueles (graças ao universo) que viram meus amigos!
ai é apenas maravilhoso.
a gente fala de trabalho, de futebol,  fala de como tá uma bosta viver no Brasil, fala de um tudo sem a pretensão de que iremos casar, sem a pretensão de que somos obrigados a alguma coisa. aliás, vááários eu conheço, saio, tomo uma cervejinha e não necessariamente fico com o cara. e quando o cara percebe isso e fica meu brother, ai sim, brasil!

por mais sinceridade
por mais responsabilidade emocional
por mais amizade sincera, mano!

amizade entre homem e mulher existe sim!

orra!

#machistasnãopassarão, preciso repetir?