quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Vida, essa fanfarrona

A vida brinca: a gente planeja, rascunha, se prepara, aponta, faz, argumenta. Ela vem, muda aqui, ajeita ali, bagunça lá, bate aqui, assopra cá.

Há um ano eu decidi mudar a rota. Foi lá no bar com a Mirella que em meio às minhas lágrimas me dava força e me ajudava a clarear as ideias. Eu sempre dei a cara à tapa para o que desse e viesse. Medrosa não sou, nunca fui. Tijolo por tijolo, sem nada, sem emprego, sem casa, sem amor, NADA.
Do nada fiz meu tudo. Com uma estratégia que só eu sei como foi dolorosa, fui lá e fiz.

Um ano. 
Parça, eu sou ansiosa e impaciente, eu bufo real quando tenho que esperar. 365 árduos dias, numa sala no escuro com fé em sei lá o quê. 

Agora me pego aqui com as coisas engrenando do jeito que tem que ser, a vida voltando a ser vivida que de tanto me foder tenho até receio em terminar essa frase.

Coragem, e luta, e força, e paciência, e mais coragem e mais luta e mais paciência. 

Outubro de 2018. A vida pulsa, te desafia, te questiona e pressiona: quer? quer mesmo? tem certeza?

tinha que ser assim mesmo, senão nem era minha história.

E quanto mais ela brinca em ir virando as cartas certas completamente fora do meu controle, mais eu tomo gosto em me jogar pro tabuleiro.


"Ela é faca na bota", como disse o gaúcho que trabalha comigo.








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