sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Pqna Dosagem...


... Sobre o carnaval:

E a festa mais brasileira de todas chegou! Hoje começa a super maratona da festa do Momo. Alegria, alegria! Um carnaval nunca é igual ao outro, mas a empolgação é sempre a mesma. Em todos os cantos, nas praias, no interior, nos salões dos clubes, nos churrascos das lajes, seja lá onde for, nada mais importa, é curtição na certa. O ano começa depois da quarta linda de cinzas e quem não gosta acaba se jogando nas delícias que a cidade vazia pode proporcionar. Seja zen, seja na muvuca, vamos nessa!

Em tempo: amo marchinhas e esse ano vou me dedicar totalmente à elas! Mais de mil palhaços no salão com allah numa canoa! E terça é meu niver! Dois patinhos na lagoa.

Viva o carnaval, viva a Brasil!!! ;)





quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A agridoce ansiedade


Aos ansiosos como eu que invadem os dias e os tornam gole d'água no deserto do Saara, vamos com calma! Como é difícil viver com essa tal de ansiedade. Ela inquieta, palpita, dispara o coração por nada, por motivo nenhum. Vivo ansiosa por “ois” no MSN, scraps e comentários de blog. Fico tensa só cogitar perder meu ônibus. Se vou viajar passo noites sem dormir planejando as festas e falas, vivencio momentos que ainda estão por vir. Penso no vestido de formatura, nos quilos a perder, na maquiagem e penteado. Falta quase nada, falta só um ano inteiro. A cabeça ta bombando, mas continuo presa na cadeira do fundão da classe rasbicando a agenda. Odeio chegar atrasada e quanto mais me apresso mais a tal imperfeição me ataca. Aliás, a pressa é melhor amiga da ansiedade. Ou seria inimiga?

Tenho um compromisso e me preocupo com o andar, com o cabelo, as mãos que soam e a voz que resiste em não sair. Ansiedade que atrapalha a vida e te sacode quando tudo parece calmo. Os trabalhos, as baladas, as relações, o choro, o ansioso vive tudo com peso triplo, é muito mais intenso. E quanto mais vontade pra ganhar a batalha, mais obstáculos surgem no caminho. Dizem que atrai. Vejo gente que vive e não se abala com quase nada. É sorriso no rosto e bolo de chocolate na pança. Aqui é diferente, quanto mais ansiedade menos fome.

Sem contar quando eles gostam de alguém. Ansiedade bate recorde e o coração parece que não vai agüentar. O amor invade, o namoro flui e chegam as noites mal-dormidas, a busca por interpretar o que às vezes não quer dizer nada, perda de tempo com bobeiras e a fome louca por sentimentos que nunca foram habitados. E o telefone que não toca? Motivo mor pra andanças de um lado pro outro, pernas balançando sem parar e um pessimismo que de vez em quando curte dá o ar de sua graça.

Anseio por dias diferentes, caminhos novos que dão no mesmo lugar, vivo andando, vivo de gesticular. Meu reino por um restaurante novo pra comer, perco o sono às 03h15 da madruga, quero isso quero aquilo, quero tudo pra já! Tentei mudar e não consegui. Agora imagine uma pessoa assim, transbordando sentimentos desvairados, vivendo em uma pacata cidade do interior de Cuiabá ou talvez em uma chácara isolada lá de Passo Fundo. Entendem por que não me vejo fora de São Paulo?

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Pqna Dosagem...


... Sobre os dias chuvosos:

"Sério. Em dia de chuva não tem como manter o bom humor. Por mais que pense em ser menos reclamona, ficar com os pés molhados, descabelada, com tosse e tendo que competir com
guarda-chuvas alheios na calçada não é pra mim. Essa cidade quando dá pra chover não para nunca mais. Pra melhorar ainda tem idosos e crianças passeando pela rua como se fosse um dia muito apropriado. E vou chegar em casa meia-noite porque já avisaram que é o dia de mais congestionamento do ano. Adorei!"

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Próxima parada: Aclimação


Descobri a Aclimação há pouco mais de quatro meses e curti de primeira. Já tinha ouvido falar no tal parque que leva o nome do bairro, mas sou fã fiel do Ibirapuera então descartei a possibilidade de me deslocar só para conhecer um novo parque (falha das grandes). Daí que comecei a trabalhar nas redondezas e assim como tantos outros, ela já está na lista dos lugares que gostaria de morar em Sampa.

A Aclimação é um bairro antigo. Suas ruas são largas, bem arborizadas e fáceis de guardar o nome. Topázio, Esmeralda, Saturno, Turmalina. Falando em jóias e planetas, até que não é difícil guardar um caminho. "Estou entre a Safira e a Jade", explica alguém falando ao celular.
Cortada pela extensa avenida da Aclimação, o que também faz o bairro ser atraente, é algo que caracteriza e muito, São Paulo. O bairro tem contraste. De um lado, antigas casas com escadarias, aqueles janelões bem largos e um pequeno jardim na frente (um charme). Do outro, altos edifícios com suas varandinhas enfileiradas, a quadra de esportes ao lado, e o hall de entrada com algum vaso de planta da moda. É a São Paulo antiga e planejada dos anos 60 em conflito com a desenfreada e caótica da década de 90 e do permanente boom imobiliário. Pouco contraste, né?

Vejo uma senhora subindo a rua com seu carrinho de feira e uma sombrinha em punho pra se proteger do sol quente. Vejo uma executiva se maquiando dentro do farol e depois sair em disparada com uma pressa bem paulistana. Vejo um japonês na sua Cherokee e um homem pedindo dinheiro na esquina. Contraste novamente.
Com pouco passos é possível comer um lanche no MC e tomar um café no elegante Franz. Mas se preferir procure os vários estabelecimentos de bairro, frequentados por quem realmente conhece a área e que não são divulgados aos demais. Deguste um doce na Esquina do Chocolate ou conheça a loja Feito a Mão.

Como em todos os bairros dessa cidade, há os apaixonados bairristas que colocam a Aclimação num pedestal. Outros moram alí, mas não gostam, dizem que falta segurança. E existem também os novatos do bairro que são tão ou mais apaixonados que os veteranos.
Farta de ruas íngremes e um parque central se achando o dono da cocada preta, a Aclimação se parece com Sampa. É agitada como um furacão para quem se contenta com pré julgamentos, e calma pros que conseguem ir mais a fundo e sabem apreciar as entranhas que um bairro e uma cidade têm.

Olha o contraste aí outra vez.



domingo, 8 de fevereiro de 2009

Pqna Dosagem...


... Sobre a rouquidão:

"Estou rouca há três dias.
Quanto menos voz, mais a vontade de falar.
Acabo forçando a garganta, mas ficar quieta não dá.
Me chamam de traveco, imitam o patolino,
não me entendem no telefone e vivem pedindo pra eu repetir a frase. Quando decido ficar calada e abandono a esperança de me ouvirem, nego olha pra minha cara e pergunta: tá brava?

Não entendo."

Ditadura de beleza


Não pense que vou falar sobre a moda dos silicones ou sobre a Era das academias, Yoga, pilates etc. Falo da ditadura da beleza que já virou necessidade e está intrínseca em nosso dia-a-dia. Aquele tipo de coisa a qual precisamos realizar sempre e não tem como fugir. Ou vai dizer que você (mulher) já não foi trabalhar um dia com o cabelo meio oleoso e não se sentiu uma horrorosa, a pessoa mais feia do mundo, pior que Macabéa? Há que fazer uma escova + chapinha às 23h30 de uma terça-feira calorosa (a menos que esteja satisfeita com o seu, o que não é o meu caso).

Fora isso tem as unhas. Ou você paga uma manicura semanalmente (e mata a hora do almoço), algo que em média sai 20,00 (mão e pé, claro), ou você arranja um horário bem X no domingo ou acorda no sábado de manhã pra deixa-los perfeitinhos. E quando estamos em julho, aquele frio mega chato, você já marcou de sair de tarde e TEM que ir à depilação! Me responde quem merece passar por essa tortura em um dia frio? E ainda tem que cuidar das sobrancelhas, pele ressecada dos calcanhares, descolorir os pêlos da barriga, e tratar muito bem dos dentes (muito importante). Isso sim eu diria que é uma bela ditadura de beleza. Esses cuidados super necessários, que fazem muita diferença, mas que também enchem o saco.

Tem dia que você pensa: hoje não estou com vontade de arrumar o cabelo, nem fazer a unha, muito menos depilação. Tô nem aí. Vou fingir que virei hippie e deixar até os pêlos do sovaco crescer, dane-se. Mas depois de um tempo cai a ficha e você pensa que amanhã tem aula, tem trabalho, tem o gatinho do outro departamento e é claro que não pode nem passar pela cabeça dele que você está horrorosa desse jeito. Lá se vai outra tarde (ou noite) de mais um tratamento de beleza e tantos etc. que só pertencendo ao sexo feminino pra entender.

Isso sim é ditadura. Não há liberdade pra ser nem um pouquinho desleixada, não tem como escapar de toda essa lista, não dá pra simplesmente colocar um boné na cabeça e ir beber cerveja com os amigos, e eu que me achava a rainha das invenções pra burlar a rotina, me pego toda semana planejando o dia que vou arrumar o cabelo, as unhas, a pele e todo o resto.

Mulher sofre, ai como sofre!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Novidade!


Tem coisa nova aqui no CC! Este espaço é pra escrever pequenas frases ou reflexões sobre o cotidiano cinza, que por si só, não sustentam um texto (e também nem têm essa pretensão). Em suma, são pequenas divagações aleatórias. Por isso o nome da seção: Pqna dosagem. Andei anotando várias num bloquinho, e como virou mania, decidi colocá-las aqui.

E pra começar temos uma Pqna Dosagem...
... sobre a vida amorosa

"Olha como anda engraçada essa tal de vida amorosa:
Se falo tudo e sou transparente, o cara foge
Se faço joguinhos e mistérios, o cara some
Se não tô nem aí, o cara gama
E quando fico empolgada, o cara dá um pé!

Assim fica difícil, Brasil!"

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Alô alô Marciano


Uma vez escrevi aqui sobre o problema de falar em público, a fobia, as palpitações e todo o processo que se segue antes dos seminários, palestras, reuniões e coisas do tipo. Pois hoje venho desabafar sobre o mega problema que enfrento toda vez que: tenho que falar no telefone na empresa ou na faculdade. Falando assim até parece bobajada ou frescurite, mas o causo é que eu passo mal toda vez (ou seja, sempre) que preciso agendar uma entrevista.

Tudo começa com a moça do atendimento. Não, mentira. Antes de pegar no tel, escrevo tudo que vou falar. Tudo no esquema, linha chamando e meu coração na mão. Quando a atendente responde, eu solto tudo de uma vez: Oi aqui é a Nathália e estou com a pauta... "Oi Nathália, você pode falar mais devagar, por favor?" Problema número um: eu falo rápido demais. Beleza. Repito tudo novamente eee: "Ai, fala um pouquinho mais alto, por gentileza". Caralhos! A atendente tá de brincadeira comigo. Dái na terceira vez falo tudo devagar e bem alto.

Finalmente ela me transfere para o especialista.
O problema é que nunca se sabe com que está se falando, por isso a conduta dos bons constumes manda que tenhamos muita paciência e educação com quem quer que seja. Problema número dois: as pessoas não entendem o nome da empresa ou o assunto da pauta. Nunca ví arrumarem tanto empecilho pra finalmente bater o martelo e marcar a entrevista de vez. Quando trampava no Virgula sempre perguntavam: "De onde??" É do Virgula o Portal Jovem do Grupo Jovem Pan. "Ahhh é da rádio?" Putss! Aqui é da Universidade Metodista de São Paulo, tudo bem? "Desculpa, não entendi o nome da faculdade". Pois é, além do sufoco de falar rápido, ainda enfrento a galera que não limpa os ouvidos.

Por último, depois que marquei a entrevista, e enfim coloquei o telefone no gancho, eis o problema número três: a empresa inteira parece que ouviu minha conversa, quando não raro o chefe me chama na sala dele. "Nathália, e aí marcou a entrevista? Deu tudo certinho?" Chefes adoram nos assustar. Sempre vou à sala pensando: É demissão! ferrou!


São por essas e outras que as minhas mãos ficam suadas toda vez que preciso marcar uma entrevista pelo telefone. Várias pessoas usam o argumento: "Ahh, mas ninguém está vendo você!" No que eu respondo: Idaí? Tem coisa pior do que ser taxada de gaga ou atrapalhada? Depois não entendem o porquê das bochechas avermelhadas e do mega gole no copo d'água após abandonar o dito cujo em cima da mesa.

Cruzes!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Sobre os irritantes e adoráveis ciumentos


Se você adora uma psicologia, pira no Freud, não tem paciência com os ciumentos, acha que eles deveriam ser banidos da terra, e também não vê um pingo de graça em algumas de suas atitudes, nem leia o resto do texto. Esse aqui é pra quem é ciumento, namora um ciumento, já namorou, ou que pra quem consegue ver graça até nas piores coisas da vida. Eu avisei.

Mulher ciumenta é um perigo (E homem também). Eu sei porque sou uma, então posso falar do assunto. Elas são irritantes e ao mesmo tempo muito engraçadas. São também as que mais sofrem, mas em suas cabeças, amor mesmo, pra ser amor e valer à pena, tem que ter uma dorzinha básica, vai entender!

É sábado à noite, ta um calor gostoso e ela e seu namorado lindo- o mais lindo do mundo - estão indo para aquele bar preferido. Tirando o proprietário que quase nunca dá as caras por lá, todo mundo os conhece. Ela está toda arrumada, cabelos perfeitamente lisos, calça jeans justinha, maquiada. O namorado começa a arrumar o cabelo no espelho do banheiro, escova os dentes, passa perfume. Ela, que assistia tudo sentada na cama, começa a pensar: “Mas tinha que usar justo a camiseta mais bonita? Ele ta passando perfume demais pro meu gosto.”
Já no carro, o namorado todo empolgado, cantarola uma música do Rappa e vai pensando nos amigos que vão encontrar. O coitado todo feliz sem saber de nada, dá até uns beijos pra agradar. Pra ela o sofrimento já começou. A cabeça ta bombando de coisas. “Aquela vaca que fica cantando e olhando pra ele vai estar lá com certeza. Aquele amigo que fica arrumando mulher pra ele vai chegar, tenho certeza. Certeza que alguém vai querer dançar forró com ele”, Elas têm certeza de tudo. Coração a mil, as mãos quase suando frio, entram no bar. O namorado é bem altão, chama atenção aonde chega, e pra desespero dela, vive sorrindo, mostrando os dentes perfeitos. Ela já chega com a cara amarrada, mostrando quem é que manda. As mulheres que estão no bar se divertindo e tomando uma cerveja nem viram o tal cara no recinto, mas a namorada – como sempre – tem certeza que todas estão de olho nele.
E com as feras não se brinca, já pensou se a doida decide rodar a baiana? Se, com raiva, joga cerveja em você? É melhor não arrumar encrenca, e pra isso há uma tática infalível: quer desarmar uma ciumenta? Sorria para ELA, diga no hall do banheiro que o tal namorado parece muito apaixonado. Se estiverem juntos na mesa, invente um affair, fale que você também é ciumenta. Basta dizer que tem alguma característica parecida com ela, mas use bastante sutileza, pois elas têm faro aguçado e sabem de longe quando uma mulher é falsa e está usando de conquistas baratas para desarmá-la. Um perigo, eu avisei!


Agora, se você é namorado de uma mulher que se encaixa neste perfil, não se desespere! Saiba que por trás de todas essas neuras existe muito sentimento verdadeiro. Eu sei. Sei que ciúme pode ser doença, que não leva a nada, que gera muita briga e que certas vezes precisa de tratamento médico etcetc. Poderia fazer um texto-desabafo falando de todos os males que ele traz. Que não tem graça nenhuma, que mulher ciumenta enche o saco, que tenho vontade de socar uma quando vem podar minha amizade com algum homem etc. Mas tenho que afirmar: apesar de tudo, os ciumentos são engraçados, amantes e adoráveis. Perfeitamente adoráveis e imaginativos. Mais paciência com eles, por favor!

Agora, eis alguns dos pensamentos, neuras, frases feitas e loucuras que são feitas por eles:
No telefone: Ele te iga e logo manda: onde você ta?
Em casa, você chega e vem a pergunta: Onde você tava?
Você vai na padaria comprar pão e: Onde você vai?
No bar, você diz que vai ao banheiro e: eu vou junto!! (sorriso amarelo e piscadela marota)
No bar: Ele vem de mansinho falar no teu ouvido e alfineta: Tô de olho, viu!

Já aconteceu comigo:
*Deixei de dançar forró com alguém porque se ele quisesse dançar eu não “deixaria”
*Tive ciúmes do time do coração e me sentia menosprezada quando ele dizia que iria novamente ver o jogo no estádio (Detalhe: ele era Bambi!)
*Já quis morrer quando elogiou o cabelo de alguém
*Já perguntei: "ta olhando o que?" pra uma loira aguada que ficou secando meu namorado de outro carro

Já aconteceu comigo:
*Um terminou comigo porque um negão X disse que me conhecia na balada!
*Outro quis ir embora do bar porque o cantor estava me olhando demais
*Fulano não foi conhecer a minha faculdade porque achava que eu o traia com os homens da sala!!!
*E o sicrano foi tirar satisfação com uma mulher que me ligou por engano e teve a cara-de-pau de perguntar: você conhece uma Nathália?

Tá vendo? Duvido que você não soltou um sorrisinho sequer até aqui! Mas como diria Martha Medeiros, é muito melhor ter ciúme das coisas materiais, pois estas sim, são nossas para todo o sempre, amém! E juro, juro pela Lóris, tô controlando bem mais meu ciúme amigo ;)