domingo, 31 de agosto de 2008

Será prima de Passargada?


Calça jeans com havaianas, cabelos enrolados na cara, cerveja de buteco, galeras andando a pé, banquinho e violão dando o tom.


Sorriso no rosto, supermecado bombando de gente que faz "esquenta" antes de qualquer rolê. Gente esquisita mas com estilo. Aquele tem um golden retriver, o outro uma tattoo com um tribal atrás da orelha. "O dia em que a terra parou", gritam a letra de Raul. Onde é possível encontrar TUDO isso e um pouco mais? Na simpática Vila Madalena, cheia de ginga descolada.


Bairro tradicional da zona oeste paulista, é lá que o samba ferve durante a tarde, acompanhado de uma bela feijoada e chopp gelado. Há também os universitários que literalmente alugam a quadra de uma escola pública pra dançar maracatu. Isso de tarde.


Porque a noite a vila dá lugar para quem curte um programa mais sussa e não tá afim de gastar muito dinheiro. O pessoal que anda por lá é desencanado mas estiloso, tem algo na cabeça e adora Elis, Tom, Chico, Paralamas, Titãs, Djavan, Caetano, Gilberto, Zeca Baleiro.

Até parece anos 70. Lugares pequenos abarrotados de gente cantando, felizes que se esquecem da correria da metrópole. Vila Madalena tem cheiro de dama da noite. A pé cruzo a Teodoro com a Morato e vou subindo rumo Wizard, Aspicuelta, Harmonia, Girassol. Até os nomes das ruas são diferentes, repare.


Casas e prédios antigos daqueles que o salão de festa tem uma listinha vermelha no meio da porta de vidro contrastam com os novos edíficios imponentes e suas varandinhas aconchegantes. Vila Madalena dos ateliês, roupas de pano e feirinhas cool. Vila Madalena que canta Jorge Ben e toma pinguinha de fruta. Bares que cobram 2,00 ou 5,00 a entrada.


Jovens que preferem música boa, curtir os amigos e se distanciar da elite oca que habita a Vila Olímpia. Sabe aquele pessoal que se mata na academia e gasta dinheiro no shop pra poder se exibir na "night"?. Jovens que não estão preocupados com o carro do ano e nem afim de pagar 15, 20 só para pisar no metro quadrado famosinho da zona sul. Elas podem começar com o mesmo nome mas se diferem em gênero, número e grau (Graças a Deus).


São por esses motivos que pretendo morar nesse bairro, não apenas por ser um bairro da moda mas que possui fatores sublimes que o torna tão individual. Espero ( e muito!) que os engenheiros e imobiliárias não consigam transformar a vila em mais um bairro chiquesinho. Assim como o cheiro suave que o bairro tem, a Vila Madah tem que continuar desse jeito, sussa e na dela.

sábado, 30 de agosto de 2008

Sozinho eu sozinho você


SE TEM uma coisa que eu adoro é prestar atenção. Em tudo, na vida, no mundo, no canudinho de suco da menina, em como minha professora gesticula etc. Ultimamente reparo que os Paulistas estão (muito!) estranhos e individualistas. A começar pela concorrência pra conseguir sentar no banco de apenas um lugar no ônibus, se desculpar quando simplismente encostou (e sabe que não machucou) uma pessoa qualquer, e pedir com um certo medo a informação sobre o nome da rua.

O número de Ipods, MP3, radinhos e CIA cresce cada vez mais. A maioria está interessada em ouvir suas próprias músicas, pensar no seu mundo e viajar com os seus sonhos. E mesa em restaurante cheio? Você tá morrendo de fome e as mesas estão todas com uma pessoa só. Tem gente que prefere ficar lá com o bandejão na mão do que chegar e dizer: "Oi posso sentar aqui?" Individualismo puro. Porque ficamos assim? Porque nosso umbigo é mais importante do que qualquer coisa?

Não sei se a correria do dia-a-dia fez com que ficássemos assim. Repare que quando encontramos alguém na rua falasse o mínimo, perguntasse da família emprego faculdade e pronto. Cada um pro seu lado. E quem mora em prédio sabe muito bem que tem sempre aquele que adora puxar papo, e quando você o avista de longe, prefere mudar de caminho ao jogar conversa fora. Quanta bobagem! Também tem o caso das pessoas que reclamam "Ai não consigo arrumar namorado!", mas fica difícil encontrar quando colocamos nossos objetivos em primeiro lugar, damos importância pra defeitos mínimos e nos relacionamos com certa distância e superficialidade.

Será mania de falar apenas o básico e achar que o importante são os lucros e tempo perdido não leva a nada? Esse mundo capitalista tem muito disso. Individualizar cada vez mais a sociedade. Grande paradoxo se abre já que vivemos em um mundo altamente comunicativo e globalizado. Ora, se o acesso à internet, televisão, faculdade e tantos outros está fácil, porque a relação cotidiana se tornou tão fria? Enquanto esse problema insistir em dar as caras por aqui ( e por todos os lugares) a Paulistanada se encaixa fortemente na frase de Zeca Baleiro: "Eu tava só sozinho, mais solitário que um paulistano"...




segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Sua sucessora

"QUANDO alguém nos magoa e nos faz sofrer, o que acontece? Ou se sofre, o que em grande parte das vezes termina em depressão, ou se fica com muita raiva, o que é bem melhor. Mas a raiva -foi o que nos ensinaram- é um sentimento feio, baixo, que pessoas superiores não devem ter. Mas vamos discordar: uma boa raiva com motivos é saudável, e faz muito bem à pele, ao coração e à alma, além de evitar o infarto. E quem está querendo ser superior?

Conseguir ter raiva é excelente para a saúde física e mental; a depressão nos leva para a cama e tira a vontade das coisas mais banais, como tomar banho, passar uma escova no cabelo, comer, ler, quem não sabe? Já a raiva faz com que se façam coisas, mesmo que sejam coisas erradas. Na depressão você não se levanta nem para ir a um cabeleireiro; já na hora da raiva você pinta o cabelo de vermelho, o que é muito melhor do que ficar prostrada olhando para o teto.

Exemplos são sempre ótimos: se uma mulher é abandonada por um homem, entre a tristeza e o ódio, o que é melhor? O ódio, claro. Por raiva e ódio as pessoas querem e devem mostrar que não é qualquer coisa que as derrubam. A primeira providência de uma mulher (saudável) com raiva é pensar: "Como é que vou me vingar?"Em primeiro lugar, mostrando que não está sofrendo. Para isso é preciso estar na sua melhor forma, razão mais do que suficiente para perder aqueles três quilinhos, comprar um vestido novo, pegar um sol, aposentar definitivamente o uniforme tênis e jeans e voltar a usar um bom salto alto. Parece bobagem? Pois não é. Dificilmente você vai ver uma mulher se equilibrando num salto oito com depressão. De salto, automaticamente se encolhe a barriga, se levanta o queixo, e os ombros ficam na posição certa, como se desafiasse o mundo. Se cruzar com ele, não é melhor estar maravilhosa do que arrasada?

Uma coisa leva a outra: por sentimentos nobres como o amor próprio, o orgulho, a vaidade e a raiva, não se deixa a peteca cair -em público, pelo menos-, e com isso vem o hábito de não deixar a peteca cair nunca, a não ser no divã do analista. Pense um pouco: se você é normal, deve ter raiva de alguém. O que deve fazer para irritar esses alguéns? Ficar linda, maravilhosa, ter sucesso, ser vista sorrindo, vibrando, enfim, ser feliz. Digamos que você seja uma desenhista de moda e que esteja sem a menor inspiração. Faz o quê? Pensa numa pessoa que detesta e imagina a glória de fazer um trabalho elogiado, que faça com que você se torne a melhor de todas. Só de pensar nesse delicioso prazer, é capaz de baixar em você o espírito de Balenciaga e o trabalho fluir fácil, só de raiva.

Quando for ao jornaleiro da esquina, pense que pode se encontrar com ele -aquele que fez você sofrer tanto-, e é claro que vai se realçar antes de descer. Se acontecer, não vai ser ma-ra-vi-lho-so ele ver como você está muito mais linda agora, sem ele? Deve estar sendo muito bem tratada, ele vai pensar. E pode ser ainda melhor: encontrar na esquina outro que te faça feliz para sempre por uns tempos -ou não? Por isso, querida, quando vier aquela raiva cega, aquela vontade de gritar, de xingar, de matar, transforme toda essa energia a seu favor. Assim como o amor constrói para a eternidade, a raiva pode construir a prazo bem mais curto -e de superior e inferior, afinal, todos nós temos um pouco. Uma delícia, ter uma boa raiva; e sobretudo, muito construtivo. "

Essa é Danuza Leão, que fala sem rodeios e cala com as palavras. Será que um dia eu chego lá?

domingo, 17 de agosto de 2008

... Pé de cachimbo, cachimbo é de ouro...


E hoje é domingo, aquele dia em que a gente fica meio sem saber o que fazer, afinal ele é sucessor do sábado das ressacas e antecessor da mal humorada segunda-feira, "dia de branco". E aí você acorda e pensa: "Que tempo bonito, vou no parque". E lembra que domingo é dia de colocar em ordem aquilo que deixou incompleto na semana. Talvez lavar as roupas brancas, acabar um trabalho da faculdade, engolir um livro pra fazer a prova de terça.

Repara que o parque, o algodão doce, o lago e a cervejinha vão ficando beem distantes e os afazeres ganham grandes proporções. No caso das pessoas que moram em duas casas (eu), domingo é dia de fazer malas, de dormir em uma cama diferente e mudar de bairro. Também pode ser aproveitado para fazer as unhas, depilação, dar banho de creme no cabelo, tudo isso para enfrentar mais uma semaninha agitada na capital.

Tem gente que usa o domingo pra namorar, almoçar na casa de um parente (e se livrar do dever de cozinhar nun dia tão chato), tomar um café ou comer doce no shopping. Uns aproveitam o dia "santo" e vão à missa só pra dizer que rezaram e estão "em dia" com Deus. Daí você pega o carro e acaba pegando trânsito, não pela quantidade de carros na rua, mas pelos senhorzinhos e tias que invadem as avenidas dirigindo a 10 km/h , os famosos "domingueiros".

Mas o pior minha gente não é o dia e a tarde em sí, mas o anoitecer domingal. O Faustão falando, mesas redondas (repetitivas) chaaatas e a musiquinha do Fantástico ecoando é de doer. Ai eu penso em como deixar a noite menos chata e vejo que é difícil. O problema deve ser meio psicológico, ou coisa do tipo. A certeza de que o sábado já se foi é triste. A melhor coisa é ligar o rádio, colocar as melhores músicas e ir domir o quanto antes.

Coisas boas para fazer no domingo:

* Feirinhas espalhadas pela cidade ( cool e legal)
* Adiantar a leitura (nerd e legal)
* Namorar, esquematizar etc (bom e legal)
* Tirar pó dos móveis (chato, necessário, mas simples)
* Fazer a unha ( vaidoso e legal)
* Comer chocolate (domingo é dia de não se preocupar com a balança)
* Jogar futebol ( homens reservam esse dia para isso, não adianta)
* Cervejinha e petiscos ( urbano e legal)
* Na TV fechada passa documentários ótimos ( TV aberta nesse dia, nem pensar)
* Andar de carro!!! (Sem dúvida o melhor dia para usá-lo aqui na capital)

Coitado do domingo, quando eu era criança eu curtia a musiquinha dele, já hoje...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

HOJE É NOSSO DIA, QUE DIA MAIS FELIZ


15 de agosto é Dia do Solteiro! Então um viva a todos que:


Podem fazer o que quiser sem dar satisfação a ninguém, não precisam ligar diariamente nem comprar presente no dia dos namorados, natal, aniversário ( mas sim, podem e devem presentear a sí mesmos!)


Podem beber, rebolar, abraçar todos os amigos, adicionar quem quiser no msn, fletar na rua, supermecado e balada, rir sem ser julgado, não sentir ciúme de ninguém, não se irritar quando alguém atrasa, simplismente pegar a bolsa e se encontrar com os amigos.


Usar a roupa que der na telha, não precisar aturar sogra chata, ciumenta e que vive de cara feia, nem disputar namorado com amigos que não se tocam. Poder ir ao forró com o maior sorriso no rosto, dormir sem ter hora para acordar, pegar o carro e ir ao lugar que seu ex odiava, beijar aquela mina que sua ex não podia ouvir o nome ( e você sempre teve uma queda). curtir o som que você estiver afim. Ser livre, simplismente livre e feliz! Sentar pra tomar um café sossegada, ficar pensando na vida o quanto quiser sem ter nenhuma pessoa perguntando: o que você tem? tá pensando em que? eu fiz alguma coisa? você tá triste? Aturar somente a sua deprê, não aturar uma turma que você não gosta e fazer social apenas com a sua família.


É claro que ter um companheiro e viver uma história de amor é muito bom. Maaaaas, enquanto a pessoa certa não surgir, o jeito é levar a vida no sentido mais puro de ser solteiro: Colocar-se em primeiro lugar! Viva os paulistanos solteiros, vivaaaa!

Presta atenção!!!


Fui conhecer o Rio de Janeiro e saber se ele é assim tão maravilhoso mesmo. Confesso que a cidade não é feia, mas muito abafada e tem cheiro de gás encanado. Leblon, Copacabana e Lagoa Rodrigo de Freitas têm cara de novelinha global, mas isso é papo pra outra história.


O causo é que eu estava na noite carioca quando nessas conversas de bar eis que uma frase causa estalo. "As pessoas têm que ouvir umas as outras", foi o que disse Cravo e Canela. A tal frase parece boba e clichê mas se repararmos, a gente não nunca presta 100% atenção no que nossos amigos/pais/namorados falam.


Vezes por outra a voz ecoa e o pensamento vai parar na roupa que a pessoa que está vestindo, na aula que você vai ter a noite etc. Isso irrita muito, né? Ou então aquela situação em que você nem pergunta direito e a outra já responde um ? Falta de atenção ou de limpeza nos ouvidos? Falar oi, , que, desculpa não te ouvi direito, já virou mania.


E nada mais legal do que você contar uma história ou coisa do tipo e a pessoa lembrar. Puts é muito bom! Tenho uma amiga que lembra coisas super antigas. Já outras não sabem nem o que o professor disse. Outro fato é que já ouvi váááárias reclamações sobre namorados que não prestam atenção no que as amadas estão dizendo. Egoísmo puro.


Cravo e Canela disse que ela estava conversando com seu namorado que não conseguia completar uma coleção de Cds. No dia dos namorados adivinhem o presente?
Pois é, o bendito CD. O cara ficou super contente e ficou surpreso como ela advinhara.

Ouvir, ouvir, ouvir, faz muita diferença.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Moradores mais felizes em Sampa


Tem muita gente que vive reclamando de São Paulo e seria muita ignorância da minha parte dizer que essa cidade é um mar de rosas. Não é e seria chata se fosse. O causo é que a priore eu não penso em arredar o pé daqui. Maaas há algumas coisinhas que melhorariam bastante a vida de quem vive na bela metrópole. Eis que enumero cinco delas:

1) Se pegar carona virasse moda (assim como acontece em uma cidade do Paraná a qual não me lembro o nome) com certeza o trânsito já diminuira consideravelmente. Lá no prédio sempre vejo garotinhas e grisalhos saindo solitários com seus carros. Será que seria muito deixar alguém próximo do destino?

2) Sem dúvida o transporte público precisaria mudar (muuuuito) e não adianta citar grandes avenidas como Faria Lima, Paulista, Pedro Bueno ou Guilherme Coting. Existem áreas super distantes em que um ônibus demora uma hora para passar, e quando passa, vem lotado. Assim complica né Kassab, Marta, Maluf, Soninha, Alckmin, Fidelix e Valente?

3) E as enchentes? (Ahhhhhh enchentes...). Na verdade o problema é muito mais complicado do que parece. De que serve construir piscinões, córregos etc. se os bueiros vivem lotados e os rios cheios de tranqueiras. Paulistanos precisam aprender a jogar lixo no lixo. Palavrinhas tão primárias e tão esquecidas.

4) Ao invés de lotar shoppings e supermecados nos finais de semana, que tal curtir um parque, feiras, exposições e cinemas (de rua)? Eu sei que dar uma ronda pelas lojinhas e ver se rola uma promoção é muito útil, mas ficar rodando e vendo caras conhecidas em pleno sábado já é demais, né? Saia e conheça oooutros bairros.

5) Tente relaxar. Por mais corrido que seja viver aqui, há uma hora do dia (no meu caso, na hora do glorioso café) que precisamos descansar o cérebro. Sem ipod, sem amigos, sem revistas, sem nada. Apenas descanse.

Será que assim vocês conseguem parar de reclamar (um pouco) de São Paulo ou vou precisar usar meu vocabulário chulo? (Brincadeira pessoal!)

Oração do escraviário


Senhor abençoe:


Os estagiários que se matam durante o mês e recebem merreca na conta;


Estagiários que se alimentam mal durante o dia pois a comida é cara demais;


Estagiários que fazem tarefas ridículas, como xerocar lição de casa do filho do chefe;


Aprendizes de jornalistas que penam saindo de São Bernardo no ônibus Saúde;


Trabalham, suam e (quase) nunca recebem elogios;


Abençoai os dias só com 24 horas e que precisam ser dividos em estágios, vida pessoal e trabalhos da faculdade.


Dê uma luz aos professores que acham moleza estudar e fazer documentário de 30 minutos com 80 pessoas na sala usando a mesma câmera.


Estagiários que aprendem baboseiras na Universidade e ainda assim precisam atingir média 7


Quatro anos de loonga aprendizagem, noites mal dormidas, estágios e muita cerveja.


Abençoe todos eles, ó senhor.


quarta-feira, 6 de agosto de 2008

FICHA TÉCNICA GALINÁCEA

Espécie estudada gera pulga atrás da orelha

Ele é sempre aquele bonitão, charmoso e cheio de amigos. Talvez o mais popular da turma, vive com o celular tocando. Amigas do sexo feminino, scraps e lista do MSN bombando é o que não falta na vida do famoso e cafajeste galinha. Se ainda não topou com uma peste dessas em sua vida, levante a mãos para o céu e agradeça!

É sempre um irresistível e grande tormento conviver com a espécie em questão. Dai você se encanta pelo malandro e no vai-e-vem do papo mole e gostos em comum (É incrível como 15 meninas diferentes sempre têm tudo em comum com o garanhão), troca beijos e tudo parece mudar na sua vida. É, realmente mudou! Das duas uma, ou você pega e literalmente não se apega ao cara, ou tenta prendê-lo e acaba sozinha chorando.

Parece que o ser de penas e bico ama colecionar relações amorosas. É uma aqui, outra ali e por uma questão que ainda não sei porque, TODAS as mulheres ficam de queixo caído. Talvez por ser assim indomável, inatingível e como diria Danuza Leão, sem emoção. O galinha nunca se entrega profundamente em uma relação e tem pavor de levar uma bota, pura vaidade. Vaidade de dizer pros amigos que já pegou a mais gostosa da rodinha. Vaidade de dizer pra atual que a ex era doida de ciúme e vivia chorando pelos cantos.

Galinhas conseguem dizer Eu Te Amo como dizem bom dia!, assumem uma, duas relações "sérias" e vão vivendo numa boa, na maior alegria. Até que finalmente você acorda pra vida, vê que perdeu tempo e tenta mandar ele para aquele lugar. O bonitão diz que não faz por querer, que ainda não se achou, que precisa de um tempo e que acima de tudo nunca planejou te fazer mal. Ahhh vá, ele pensa que engana quem?

Pior de tudo é se acostumar a conviver com a pulga atrás da orelha, e daí para virar um relacionamento pesado e cheio de cobranças é um pulo. A insegurança vira a inimiga número um e o narciso lá, todo inabalável. Tenho que concordar que sim, eles têm a pegada, são legais, bonitos, mas juntando todas essas qualidades, ter " a carne fraca" anula tudo. E aí a novelinha mexicana vai girando com velocidade sem mudar absolutamente NADA. Você se apaixona, tenta mudar o galinha, ele te faz ficar mais apaixonada ainda, cansa, fica com outra, termina com você, conhece outra que também se apaixona...
Pois é, galinhas são altamente rotineiros, só mudam de pessoas.

A melhor coisa a fazer é se afastar da espécie. As pessoas não mudam, e ficar alisando o ego alheio não é, e nunca será, a melhor escolha. Xôô galinhas, vão todos para a área rural de São Paulo!!!







*Um quilinho mais leve, talvez*