quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Saudades bestas

Sobre saudades bestas:

Sair da agência correndo às 18h, subir a rua com a Pri e sentar no posto de gasolina pra tomar dois latões enquanto o maldito trânsito de Alphaville ameniza. A gente pagava no VR, discutia as notícias mais bombadas da semana e riamos de todas as agruras vividas até então. Era bom demais.

Ver o por do sol de inverno da janela do apê da Elis Regina. A época era de pouca grana, alimentação saudável e Netflix diariamente. Eu encontrava o Benjamin semanalmente e também comia pastel em alguma feira pelos arredores do Butantã.

Indo um pouco mais atrás, sair às 15h da Pan e ir pra casa dirigindo o Catarino era maravilhoso. A casa da Rua do Rio Azul era grande, arejada, iluminada e naquela época meu tempo rendia muito. Acordar às 5h30 era um saco, mas o restante do dia valia demais.

Pra não passar em branco e deixar a lista incompleta: Qualquer coisa besta feita em P'boro é sinal de saudade profunda. Ir ao ASDA, tomar sorvete na praça, pedalar até a Larry, fazer festinhas. essa viagem realmente deveria virar um livro.

Durante os últimos semestres da faculdade eu tomava todo santo dia meu café da manhã numa lanchonete simples bem na Av. Rudge Ramos. O casal de senhores japoneses proprietários do local me atendiam diariamente com bom humor, fosse sol ou fosse chuva. Lembro de em dias muito frios eles dizerem: "Hoje não tá fácil, hein? Boa aula". aquele carinho deixava meu dia menos cinza.

Também sinto uma saudade besta mas muito óbvia da época em que era repórter da Condominial.TV. Eu fazia as pautas, ia atrás dos personagens, produzia o relatório de edição e ajudava a decupar. Sério! que experiência mais foda! Com toda a liberdade (e inexperiência tbm) de uma foca nata, era um tal de subir em prédio, gravar com advogados, participar de congressos. Até brigada de incêndio eu fiz. Desse trabalho guardo o maior carinho do mundo. saudade demais.

Saudade da comida da Eva, do humor do José, da meiguice da Mariam e do descontrole da Evelyn. Minha família cubana adorada! Até hoje consigo sentir o gosto da pizza de cebola que comi numa barraquinha saindo da praia. Na hora em que essas coisas acontecem a gente não dá muita bola e só depois percebe que aquele era um momento especial. O ajiaco forte da senhora em Cienfuegos também foi marcante e responsável por me curar de uma brava desidratação.

cada momento uma saudadezinha besta.








3 comentários:

Grossi disse...

Saudades do croaçã

Nathália Rodrigues disse...

esse trabalho foi demais! picaretagem do começo ao fim chorando de rir dentro da cabine telefônica. piruliiiiiito

Nathália Rodrigues disse...
Este comentário foi removido pelo autor.