A grande verdade é que não tenho paciência. Por mais treino, leitura, força de vontade e insistência que eu tenha, minha paciência sempre exaure. sempre míngua, se desfaz em meio à poluição dessa cidade quente e cinza. Não há paciência para aprender a escrever notinhas simples ou releases, mexeu no texto o pau comeu, negô! mexeu mais de uma vez eu já não quero mais saber, toma, pega ele pra você...
E era assim quando eu estava na 5° série e a professora vinha mexer na redação. Irritação e falta de paciência são das antigas! vaidosa essa catarina...
eu não tenho paciência pra bronquinhas e conversinhas e cartilhazinhas,
a parada tem que rolar naturalmente, saca? serve pras amizades, pras ficadinhas, pra vida em família e trabalho.
eu, aos 25, já não tenho mais paciência e sigo em busca daquilo que é o mais simples possível.
e quanto mais batalho, mais percebo o quão difícil é viver simplesmente,
simplesmente eu e minha falta de paciência.
e não, não é ansiedade, é diferente...
terça-feira, 30 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Caga regras
Mãe que num deixa isso, pai que proíbe aquilo, professor que
implica acolá. Regras, regras e mais regras desde quando começamos a andar até
irmos descansar na santa paz do senhor, o que mais vemos pela frente são as
malditas regras. Esse papo de que cada um é cada um, que é necessário respeitar
o jeito do outro é tudo balela. Sempre vão querer te adequar à alguma
coisa, moldar algo que fique melhor para
determinada situação e por ai vai. Cansa-me.
Por mais que você
produza e faça seu trampo direitinho e dentro do prazo (muito importante), o
seu chefe vai pedir para que você não batuque na mesa, não gargalhe alto,
essas coisas do admirável mundo corporativo, que não impactam em porra nenhuma
no seu abençoado trabalho, não prejudicam a vida de ninguém, mas que não pode. E
por que não pode? Porque não.
Seu namorado pode ser responsável, amoroso, trabalhador, te
fazer infinitamente feliz, mas se tiver um black power, piercing, alargador, tatuagem, e só usar roupa de saco, pode ter certeza que alguém da sua família vai implicar
e dizer que você merecia mais, merecia alguém “normal”. Preconceito? É, e é
exatamente assim que acontece e tudo por conta da maldita regra imposta e
malfeita de que pra fazer feliz só sendo tom pastel e certinho. Um cu. Tocar e foda-se e se envolver com quem te der na telha é simples, mas esse tititi enche demais o saco.
Numa época em que o que mais se fala é sobre a liberdade de
expressão, do amor livre, das uniões estáveis, das novas famílias, de tomar a
rua e dançar livremente, ainda ouvimos notícias de gays que apanharam na rua
Augusta, de casais do mesmo sexo que lutam infinitamente para poder adotar um
filho, de que ir em festa de aniversário mais arrumada que a aniversariante não
pode, que cachorro no chão do elevador (mesmo filhote, mesmo pqno, mesmo manso,
mesmo cego e velho), não pode. E eu não
posso mais.
Logo eu que sou cricri e reclamona me percebo cada vez mais desencanada em relação às regras.
Quer usar cabelo desarrumado usa, quer ir bonita vai, quer pegar o cara mais fútil da balada pega, quer ligar 34589x pro cara e se declarar, liga, quer chorar, chora. Chega de regra! É claro que é sempre bom usar o bom senso, mas regrinha pra tudo já deu, já me basta o português/inglês.
Sou a número um da lista em levar bronquinhas pq fui contra alguma cartilha, falei demais, dancei muito descontroladamente ou pq fiquei quieta igual uma múmia. Sério, peguem leve com essa de regrinhas, que tal tentar uma vida mais fácil, leve e com menos julgamentos?
#porravelho
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Pqna Dosagem...
... sobre velhice
Eu espero não mudar de opinião até lá, mas desejo ter uma velhice tranquila e feliz sem que pra isso eu tenha que usar roupas curtas e justas me achando uma gatinha e virando motivo de piada, nem que eu pareça uma velha pervertida que olhe ao redor sempre com um olhar de caça, de quem esta no cio, nem que eu tenha que usar gírias teens pra me achar engraçada, e nem seja muito rabugenta e chata daquelas que tiram o humor de qualquer um. Tenho pavor de velha amargurada.
Espero muito não precisar andar de ônibus, pq se em 2012 já está esse caos imagina mais pra frente. Espero ter meus cachorros, que serão velhos como eu (tbm quero um filhotinho),
netos (????), vizinhos queridos e saber entender que a idade chega mesmo, queiramos ou não e que a saúde tende a ter complicações, mas não é preciso se desesperar.
E que eu me lembre que não há nada mais fofo e cativante que um senhor que sabe curtir a velhice e ser jovial ao mesmo tempo, ser alegre e acima de tudo um sábio, daqueles que falam com o tom certeiro de quem tem experiência.
domingo, 14 de outubro de 2012
É muito amor
Eu sou Nathália Katharine na certidão de nascimento, mas sou muitas outras, tantas outras, levo em mim cada pedacinho de uma amiga.
Sou Nathália Salomoni quando me vejo calma em meio à situações em que meu impulso seria chutar tudo pro alto. Sou Agnes nas horas mais racionais, controladas e totalmente descontroladas, sou Nancy quando danço e falo palavrão no meio da homarada, sou Mércia ao me emocionar com cenas banais e descrever tudo num papelzinho, sou Mizutani quando falo a verdade por mais que doa, e quando mudo de ideia em cima da hora.
Encarno a Caroline sempre que tiro energia para engatar um rolê no outro e ainda assim estampar um sorriso na foto. Há momentos em que sou três, pq Aline e Letícia são parecidas demais e quando faço o passinho do DUB são um pouco elas também. Sempre que leio Guimarães Rosa sou Samanta e quando pego pra me deliciar com Fernando Pessoa sou Roberta e Renata (amigans!)
Como nasci no mesmo dia em que a Beira Mar (a primeira negra que me conquistou na vida), sou Fernanda nas viagens piscianísticas. E como falar de peixes sem citar Raizi? Sou uma pimentinha quando grito brava e não consigo pegar no sono de tanta ansiedade. Sou Monique e Sumiya ao relembrar momentos na época do Euclydes, na transparência e complexidade de uma pré-adolescente. Sou Paula toda vez que suspiro por um negro!
Sou Lóris em cada dengo e preguiça, sou Lóris nos momentos de velhice, sou Lóris quando deixo meu orgulho de lado e demonstro minha fidelidade.
Sou isso e mais um pouco porque o que descrevi de cada uma pode ser citado em outra também. Somos parecidas mulherada!
Eu juro que tentei escrever mais coisa, rascunhei 3 textos diferentes, mas ficou piegas e meloso demais! E todas vocês sabem que nós não somos de mimimi, a gente é meio moleque, ai que bom! Ninguém merece tom pastel.
Cada momento, cada cerveja, cada riso sem fôlego, cada lágrima, cada dança, cada carona, cada SMS e inbox, cada desabafo, cada telefonema, tudo, tudo é importante demais!
Afinal das contas o que seria da vida se não tivéssemos com quem nos divertir, chorar, divagar, fofocar, pormenorizar, exagerar, maldizer e viver?
Obrigada por deixarem minha vida mais verdinha!
É nóis porra!
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Pqna Dosagem...
... sobre descontrole no final de semana
Ultimamente tem sido assim: na segunda programamos a quarta, na quarta pensamos possivelmente no que será de sexta, sábado e domingo. Na quinta o coração começa a palpitar por mais um descontrole que se anuncia, sem clichê, é muita alegria. Podemos mudar todos os rumos em cima da hora, mas quando nos encontramos é uma vibe voraz. Dançar entregue ao ritmo da música, sorrir, tomar vento na cara, viver e recarregar as energias para novamente sair programando mais um final de semana. E eu adoro! Mesmo com pouca grana, com chuva, frio, ou a maravilha dos tempos quentes, lá estamos brindando a vida sem neuras e complicações, brindar por brindar, não interessa se a olheira denuncia as noites mal dormidas, se as pernas pedem descanso e a ressaca maltrata, ainda assim a rua nos ganha novamente. E eu queria deixar registrado que delícia tem sido esses tempos.
Um brinde com catuaba, por favor!
tim tim
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Sem amarras na rotina
Não, não vai fazer igual. Vai fazer tudo diferente, mesmo
que repetir um hábito seja fácil, cômodo e automático.Quando surgem possibilidades
para inovar é bacana dá uma chance e sair da zona de conforto. Mudar é
difícil e gostoso ao mesmo tempo.
Um belo dia você decide fazer outro caminho pra
voltar para casa e acaba conhecendo novas paisagens, percepções, cheiros, outros
atalhos, novas vivências, por mais que chegue mais tarde ou pegue mais trânsito,
há que se ter sensibilidade para sentir a mudança. Quem te controla é a rotina, ou você sabe se guiar? Desatar as amarras que nos
prendem ao cotidiano é uma vitória! Seja pequena ou enorme, quem dita sua vida
é você, meu caro.
E aí que novamente surge mais uma oportunidade de fazer tudo
(?) diferente e experimentar novas sensações. Logo ela! Ela que sempre foi do
verbo, agora vai poder aceitar o silêncio. Logo ela que respira e vive aceleradamente
se vê atraída pela calmaria, um novo ritmo pode ser aprendido. Logo ela que adorava andar pelos buracos do
metrô, agora se locomove de outra maneira, uma maneira mais rápida e reta,
digamos assim. E começa a perder uns medos que há tempos não questionava.
Essas curvas que a vida faz (ou nós fazemos) são curiosas e intrigantes, mas no final das contas viver é uma delícia (e um perrengue!)
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