terça-feira, 7 de julho de 2009

Minimizar janela?


Tenho a péssima mania de dar atenção às coisas pequenas. Pequenas de tamanho, em seu significado, que por outros passam despercebidas, mas aqui causam um rombo. Chegam sem a menor pretensão de se fazerem importantes e tomam meu tempo. A chateação invade e fico de cabeça quente. Vai adiantar? Há solução? Sua conta no banco triplicará? Não, não e não! E o tempo perdido.

Se não me der atenção e falar sem ao menos me olhar nos olhos, não esquecerei jamais. Dá birra, dá briga. Muito mais fácil pensar que vamos todos para o mesmo buraco, e então curtir a vida feito um baile de debutante, onde a aniversariante demora ao máximo para soprar a vela da última dançarina. Quanto mais penso, mais vejo estranhos à minha volta. Um, vive se comunicando por códigos, dá gastura de pensar. O outro, usa de palavrões pra conseguir se firmar, ponho meu fone, mas por dentro queimo de raiva. Não atendo mais a porta, tô querendo ajudar e nego vem chamar minha atenção? É isso que dá ser prestativa, ninguém reconhece.


Depois me perguntam por que estou com essa cara. Ora por quê! Além de tudo preciso viver sorrindo? Sou um palhaço, alguém viu meu nariz vermelho? Há que desencanar, diria uma amiga psicóloga. Mas eu não sei!
Não sei não ligar pras coisas e deixar tudo como está. Não consigo acender um incenso no meio da sala suja e ignorar a falta de organização. Ainda não arranjei uma maneira de trabalhar o mês inteiro e não poder gastar ao menos com uma Itaipava. Se o desgraçado falou que iria ligar e não ligou, não vou fumar um baseado pra desestressar.

Coisas mínimas, que se fossem tratadas com desdém, tornar-se-iam pouca coisa, raspa de limão. Toma um Lexotan, Nathália. Foi o que disse uma professora de rádio ao ouvir minha locução acelerada no programa de rádio. Vou ouvir o conselho ou ganho uma úlcera de tanto desespero.
E tudo isso porque ainda não encontrei o minimizar no jogo da vida.


4 comentários:

Anônimo disse...

Está ótimo, como sempre....imaginei a nossa conversa do carro em todo o texto...hahahaha

TE AMO jornalista

Bjos Ju

Unknown disse...

Cara Nathália, gostaria de expor que acompanho seu blog e, acho você talentosa. Lendo o post resolvi lhe escrever... Se há uma coisa que aprendi nestes quase dez anos de profissão (investigador de policia) é “minimizar as janelas”, ou melhor, sem eufemismos, e com o devido perdão da palavra, é “ligar o foda-se mesmo”... Não vou conserta o mundo, nem mudar as pessoas, faço sempre, o meu melhor e assim, durmo o sono dos justos. Não me entenda mal, não sou “cordeirinho” ou omisso, pelo contrário sou até um pouco “esquentado”, apenas entendi (ou acho) que as pessoas são movidas por vaidade; ego; valores dos quais, eu não participo... então, sem stress, ligo o f...Não que isso seja de formula mágica, porque quase ninguém consegue alcançar o “foda-se absoluto”, mas todo mundo precisa acioná-lo de vez em quando. É bom para a saúde mental, para a satisfação pessoal e, muitas vezes, para o funcionamento objetivo das coisas. Pratique!!!!, assim, talvez, você não “ganhe” uma ulcera ou tenha que tomar o barbitúrico “receitado” por sua professora...rsrsr.
Abraço

Mayra Raizi disse...

Conselho da MALUca? manda ela tomar Lexotan!

Rezão disse...

Garota Lexotan!!!! ahauhauhauahuahauahuaha....

Casé é isso gente. É Brasil!!!