Lugar preferido no bairro preferido na cidade preferida
O Google Fotos me lembra que há quatro anos estava eu em Peterborough, desvendando a grande Marília inglesa, ainda perdida e muito encantada. Com o dedo avanço a linha do tempo virtual e chego em 2015: nesse mesmo quatro de junho, há cinco anos, feriado de Corpus Christ no Brasil e eu feliz da vida em Santa Teresa, Rio de Janeiro. A foto me leva de volta pro Mambembe, meu hostel fiel e querido, que me deu sobretudo a oportunidade de conhecer Yuri e as meninas de Liverpool
(Rio e UK essa encruzilhada da vida).
A saudade do Rio é infinita, e sabe-se lá quando é que novamente tomarei minha cachacinha na Lapa. Pra aplacar essa ausência, além das fotos e do contato com os meus maravilhosos cariocas sigo os passos virtuais de Luiz Antonio Simas por quem estou perdidamente apaixonada.
Simas é professor, historiador e escritor e eu só o descobri agora! Parte de O Corpo Encantado nas Ruas surgiu num tweet e eu fiquei agarrada naquele tipo de leitura que há muito não encontrava. Puxando uma coisa ali e outra acolá, eis que levo um susto: Ele já foi jurado do Prêmio Estandarte de Ouro, a maior premiação do Carnaval carioca. Ahhhh meu pai!
Basta o título desses livros pra me deixar ainda mais maluca da cabeça: Almanaque brasilidades: um inventário do Brasil popular, Samba de Enredo: História e Arte e Pra tudo Começar na Quinta-Feira. Já revirei a internet pra tentar baixar algum deles, mas não rolou, então sou obrigada em correr numa livraria mais próxima assim que eu pisar no Brasil.
E esse tipo de pessoa me enche de orgulho de ser brasileira, é desse tipo de pessoa que eu quero estar perto, é dessa bolha pensante que eu quero cada vez mais fazer parte, sacoé? Mais uma vez a vida esfrega na minha cara pra que caminho eu preciso ir. Teresa Cristina, Marcelo Freixo, Tarcísio Motta, Roberta Carvalho, Beth Carvalho, Cartola, Nelson Sargento, Manacéia, Casquinha, Aldir Blanc, Marielle Franco. A lista é imensa, pesada mermo, lindona.
O Rio há de voltar, O Brasil há de ressurgir das cinzas, é uma tristeza sem fim essa lama toda, mas quando encontro um Simas pelo caminho minha esperança se renova. Tem muita gente do bem fazendo acontecer, e como ele mesmo diz: A gente faz festa não porque a vida é fácil, é justamente o contrário. Haverá festa!
Não há nada como o Samba
Não há NADA como o Carnaval
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