Eram dias difíceis na casa da Quitanduba!
Tempos de grana curta e desemprego. A matriarca que até então estava trabalhando, perdeu o emprego, e o pai, que já fazia uns bicos, teve que se virar pra continuar sustentando uma família com quatro filhos e duas agregadas que lá praticamente moravam (e francamente, a gente nem se tocava, não é mesmo????).
Numa das sextas-feiras, fazia frio, aquele frio do inverno úmido de SP, todos reunidos em casa, eis que Rose abre o armário: "Quase não tem mais comida nessa casa! Quer saber? Vou fazer uma canja!
Uma simples canja que fora preparada num caldeirão que era pra fazer render. Sentamos à mesa, tomamos a sopa e eu podia perceber a ansiedade e a angústia que aflingia aquela mãe, mas que mesmo em meio à tantas adversidades nunca deixou de ter esperança em dias melhores.
O dia da canja me marcou porque naquele dia aprendi que as dificuldades vão vir, mas dias bons também não tardam em chegar! Nesse período também teve o episódio de ganharmos várias pizzas do gerente da pizzaria que ficava bem em frente a casa! O velho era meio esquisito, mas se encantou com a Bia e dizia que eram pra ela... então tá, né?
Hoje, adulta e dona de todos os meus problemas e meus planos, quando me pego tendendo ao pessimismo, volto ao dia da canja e me encho de otimismo novamente.
Era só uma canja, mas veio temperada com significados valiosos.
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