E eu sou Inglaterra.
Olhando pela janela do meu quarto e imaginando que tô perto demais do meu lugar favorito, perto ainda mais de me jogar num avião pra pousar diretamente em London vai ser de Camden pra baixo naquela caralha. Nenhum passo a menos.
Depois é seguir pra P'boro, Liverpool e Edinburgh.
Não quero nem saber, quero ir pra lá.
aaaaaaahhhhhhhhh como amo aquele lugar.
abraçar a Mush, beber com a Larry e entender o Bonnie.
Passar no Asda e comer pizza no Domino's.
Quero nem saber, até Roast Dinner vou fazer.
Sentar de frente pra TV e assistir todos aqueles programas idiotas pagando o maior pau do mundo pro melhor sotaque, o mais lindo, o mais polite, o mais tudo. sou fã mermo e não tô nem aí.
odeio esperar e odeio ainda mais sentir saudade latente.
cara, vou me esbaldar real.
UK vai ser com força.
Não à toa perdi o Carnaval.
quarta-feira, 27 de março de 2019
segunda-feira, 18 de março de 2019
Convivendo com o frio
O frio é um dos mais profundos elementos que faz com que eu não me esqueça nem por um segundo de que estou morando aqui. O idioma, o fuso, a mão inglesa e os ruivos compõem o restante da lista.
Meia calça
Casaco
Capuz
Touca
Luvas
Entramos em algum lugar e já vai todo mundo tirando as roupas. Pra ir pra balada é sempre um terror, logo eu que amo vestido, pernas e coxas de fora, pareço uma vovó com tanta roupa. Mas ou é isso ou é passar muito frio.
Ontem, enquanto tinha esse insight, estava um frio do cacete e as pontas dos meus dedos estavam duras.Eu ignorei e continuei tomando minha cerveja. Quando entrei no pub novamente o calor do povo me invadiu, um verdadeiro zigue zague de sensações.
Dias atrás eu me senti em casa pela primeira vez. Foi diferente e maravilhoso ao mesmo tempo.
Estou ainda mais atenta às essas sensações, o intercâmbio é, antes de mais nada, uma viagem de autoconhecimento intensiva.
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Palenie
zabija
rzuc teraz!
é isso que diz no maço de cigarro polonês.
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quinta-feira, 14 de março de 2019
Se alguém perguntar por mim...
Sonhei que ia no lançamento de um novo livro que homenageava Nara Leão, era um desses eventos jornalísticos com a nata dos melhores repórteres. Depois do lançamento rolava uma apresentação com atores e quando eu menos esperava quem estava na cadeira com seu violão na mão?
Ela mesma, Narinha!! De peruca, linda, linda, cantando os maiores sucessos.
Foi foda!
Acordei com vontade de escutar bossa nova e fiquei pensando em quão sortuda eu sou por ter sonhado com ela. Há muito que não escutava Narinha.
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Os dias seguem frios em Dublin. Haja paciência pra tanta adaptação e ainda mais a adaptação ao inverno. Sei lá, mas tem hora que enche o saco e tem hora que tudo o que eu mais quero são 5 minutinhos de paz e não tem como. Dividir a casa com um bando de meninas é o máximo e ao mesmo tempo é foda pra caralho.
Tenho mantido meu foco em descolar um trabalho e falar em inglês all the time.
Tem hora que eu mando super bem, tem hora que sinto que terei 70 anos e ainda estarei estudando o verbo to be. Sempre fui e continuo sendo aquela pessoa besta da classe que faz piada (boa) nos momentos oportunos. Os Mexicanos caem na gargalhada porque eu apelidei geral com o nome dos personagens do Chaves. Imagina uma professora irlandesa que nunca nem viu ouviu falar nessa série. Fui obrigada a mostrar uma foto etc e contextualizá-la de que o programa é de 1971 e ainda passa diariamente num canal brasileiro. Jornalista, né mores? conta o rolê completo.
E assim vamos indo...
Entre cervejas, funks, cafés e sanduíches, é impossível não lembrar que a minha vida agora é em outro país.
Me pergunto se terá um tempo em me sentirei parte real daqui e me desconectarei um pouco do Brasil.
O tempo vai dizer.....
.
.
Ela mesma, Narinha!! De peruca, linda, linda, cantando os maiores sucessos.
Foi foda!
Acordei com vontade de escutar bossa nova e fiquei pensando em quão sortuda eu sou por ter sonhado com ela. Há muito que não escutava Narinha.
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Os dias seguem frios em Dublin. Haja paciência pra tanta adaptação e ainda mais a adaptação ao inverno. Sei lá, mas tem hora que enche o saco e tem hora que tudo o que eu mais quero são 5 minutinhos de paz e não tem como. Dividir a casa com um bando de meninas é o máximo e ao mesmo tempo é foda pra caralho.
Tenho mantido meu foco em descolar um trabalho e falar em inglês all the time.
Tem hora que eu mando super bem, tem hora que sinto que terei 70 anos e ainda estarei estudando o verbo to be. Sempre fui e continuo sendo aquela pessoa besta da classe que faz piada (boa) nos momentos oportunos. Os Mexicanos caem na gargalhada porque eu apelidei geral com o nome dos personagens do Chaves. Imagina uma professora irlandesa que nunca nem viu ouviu falar nessa série. Fui obrigada a mostrar uma foto etc e contextualizá-la de que o programa é de 1971 e ainda passa diariamente num canal brasileiro. Jornalista, né mores? conta o rolê completo.
E assim vamos indo...
Entre cervejas, funks, cafés e sanduíches, é impossível não lembrar que a minha vida agora é em outro país.
Me pergunto se terá um tempo em me sentirei parte real daqui e me desconectarei um pouco do Brasil.
O tempo vai dizer.....
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quinta-feira, 7 de março de 2019
Don't forget
Kurwa Mac!
Filha da puta em Polonês.
Sobre dias especiais.
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segunda-feira, 4 de março de 2019
Antes que eu me esqueça
Se nem a Inglaterra, que é a Inglaterra, me conquistou de bate pronto, por que com você seria diferente, hein? Quem muda de país achando que vai viver conto de fadas é adolescente, adulto tem os pés bem fincados no chão. Eu cheguei sabendo direitinho o que me esperava aqui.
Já lavei roupa na banheira, esfreguei bem, deixei três dias secando.
Já lavei louça na água gelada, afinal, cruzar com fila da puta no caminho nunca está descartado.
Já voltei bêbada pela rua cantando e sentindo a liberdade invadir cada canto do meu corpo, e acho aliás, que esses foram os meus melhores momentos aqui. Andar sozinha pela rua, num frio lascado, batendo a bota no chão e procurando as luvas, pedindo lanche em inglês com o vocabulário me faltando ou saindo perfeitamente, aaaaaaaaahhhhhh, são nessas horaas que tenho vontade de gritar!
Porém, ai, porém, o preconceito com brasileiro, a xenofobia, a distância de tudo, a dificuldade em cada conquista, todas as burocracias, a leviandade do próprio brasileiro com quem acabou de chegar.
Isso é uma verdadeira bosta. Mas eu cheguei preparada. E também cruzei com muita gente de bem
Peterborough levou 3 meses até que eu pudesse enfim lhe abraçá-la.
É quase impossível não comparar esses dois lugares e eu tenho feito muita força pra me voltar cada vez mais para o aqui e agora, mas é árduo.
A adaptação nunca é fácil, e eu com esse jeitão impaciente.
O que me salva é saber que o governo do burro tá afundando cada dia mais o brasa (infelizmente), e que eu passei os últimos 4 anos da minha vida procurando emprego pra fazer follow up que é a coisa mais detestável da minha querida profissão, é por isso que vou dar esse tempo aqui.
Vou bater de frente com nanás, com o preconceito, com qualquer merda que me vier pela frente, vou conquistar meu espaço e escrever minha história com uma letra bem demarcada e bem forte, que é como sempre escrevi todas as minhas páginas.
(e FODA-SE O BOLSONARO)
Já lavei roupa na banheira, esfreguei bem, deixei três dias secando.
Já lavei louça na água gelada, afinal, cruzar com fila da puta no caminho nunca está descartado.
Já voltei bêbada pela rua cantando e sentindo a liberdade invadir cada canto do meu corpo, e acho aliás, que esses foram os meus melhores momentos aqui. Andar sozinha pela rua, num frio lascado, batendo a bota no chão e procurando as luvas, pedindo lanche em inglês com o vocabulário me faltando ou saindo perfeitamente, aaaaaaaaahhhhhh, são nessas horaas que tenho vontade de gritar!
Porém, ai, porém, o preconceito com brasileiro, a xenofobia, a distância de tudo, a dificuldade em cada conquista, todas as burocracias, a leviandade do próprio brasileiro com quem acabou de chegar.
Isso é uma verdadeira bosta. Mas eu cheguei preparada. E também cruzei com muita gente de bem
Peterborough levou 3 meses até que eu pudesse enfim lhe abraçá-la.
É quase impossível não comparar esses dois lugares e eu tenho feito muita força pra me voltar cada vez mais para o aqui e agora, mas é árduo.
A adaptação nunca é fácil, e eu com esse jeitão impaciente.
O que me salva é saber que o governo do burro tá afundando cada dia mais o brasa (infelizmente), e que eu passei os últimos 4 anos da minha vida procurando emprego pra fazer follow up que é a coisa mais detestável da minha querida profissão, é por isso que vou dar esse tempo aqui.
Vou bater de frente com nanás, com o preconceito, com qualquer merda que me vier pela frente, vou conquistar meu espaço e escrever minha história com uma letra bem demarcada e bem forte, que é como sempre escrevi todas as minhas páginas.
(e FODA-SE O BOLSONARO)
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sábado, 2 de março de 2019
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