quarta-feira, 14 de março de 2018

Re - pór - ter

Esses dias a Nick me perguntou: mas você está fazendo o que gosta? e eu respondi: não.
pareço a chata do mundo que nunca curte o trampo, mas tem uma lacuna muito grande entre trabalhar e fazer o que a gente gosta, right?

e fazer o que eu gosto está bem claro: trabalhar como repórter. se não for isso a resposta vai ser sempre: não. foi pra isso que eu fiz a faculdade e minha meta sempre foi essa, além de reconhecer que mando muito bem nessa posição.

porém a crise, porém os passaralhos, porém a crise do jornalismo, porém as panelas, porém os baixos salários, porém a falta de vaga, porém os costas quente, porém os veículos fechando, poréns.

Eu sou repórter. Eu não sou assessora de imprensa, redatora, social media, eu sou REPÓRTER.
de rádio, de televisão, de jornal, de webtv, de site. mas a vida não pode ser vivida só de sonhos e trabalho não tá fácil pra ninguém. entregar um bom trabalho e sempre atingir os resultados eu consigo, sendo assessora, redatora, redes sociais, babá, garçonete, faxineira, vendedora,  mas sorrir plena é outra coisa, uma vez que cada um sabe qual é o seu objetivo e o seu verdadeiro talento.

ainda bem que eu consegui trabalhar como repórter mesmo que por pouco tempo. por essa crise e essa palhaçada toda na minha profissão eu realmente não esperava. e não vem dizer "ah ela não se esforçou o bastante", porque eu sei bem qual caminho eu percorri.

lembrar disso e ter a liberdade de escrever o que eu quiser aqui é maravilhoso.
jamais esquecerei qual é a atividade que não me cansa: escutar, pesquisar, vasculhar, escrever, reportar, gravar, editar, levar informação (verdadeira e de qualidade), é pra isso que eu me tornei jornalista.

lembro de um dia no Remelexo, uma sexta-feira qualquer, eu encostada no balcão bebericando uma cerveja feliz da vida, comemorando mais uma semana de trabalho que chegava ao fim, era 2010 e eu era repórter duma webtv de condomínios, onde aprendi tanta coisa e fui tão feliz que nesse dia eu pensei: "que bom que eu ainda não enjoei de fazer isso", e sempre lembro desse dia porque naquela época eu estava pleníssima.

Depois eu me senti assim quando trabalhava na Pan e essa sensação voltou somente dentro da Litte Miracles feliz da vida ao lado das crianças.

agora trabalhar a gente trabalha, né? e escrever, grazadeus, nunca me foi um problema.


voltemos ao ferro de passar.





2 comentários:

Guilherme disse...

"Nathália Catarina, de Diadema, para o SPTV"

Nathália Rodrigues disse...

você é a maior testemunha de que eu sou repórter!!!!!