segunda-feira, 21 de julho de 2008

Primeira vez...


Primeira vez que escrevo sobre cinema! Afirmo que é bem difícil viu, Sidão?

Gostei do texto por isso decidi colocá-lo aqui! Lá vai...



Nome Próprio traz o universo feminino dos blog ao cinema

Camila é intensa, complexa e vivaz. Rodeada de palavras, ela se mune com uma arma diferente e contemporânea, a internet. O filme Nome Próprio é baseado nos livros “Máquina de Pinball” e “Vida de Gato”, de Clarah Averbuck. O longa conta a história de uma jovem aspirante a escritora que sai de Brasília e tenta o sucesso em São Paulo. Dirigo por Murillo Salles, o filme humaniza bastante a protagonista. É fácil viajar pelo mundo de Camila.

Apesar de não ter muita ação, o filme é denso e cheio de interrogações. Leandra Leal consegue transmitir os conflitos internos que Camila vive. Isso porque a protagonista é movida por emoções. Ela namora um cara, trai, chora, fica com outro, trai novamente, se apaixona e é em seu blog que ela despeja e tenta de alguma maneira aliviar seus sentimentos. Cenário bem conhecido por jovens que não vivem sem internet.

A vontade é escrever o livro, por isso, ela busca sempre viver intensamente. Porém, não consegue se concentrar e escrevê-lo. Frases como “me abandonei em você”, “tudo se dissolve” e “o silêncio mata” são algumas citadas por ela. O blog é praticamente um personagem à parte, e a internet, o ar de Camila. O som do teclado, narrações de frases no ar e o barulhinho da internet ao se conectar também deixam Nome Próprio com um estilo diferente.

Blogs, orkut e páginas da web passaram a ser um novo tipo de mídia, formatos que permitem uma liberdade muito grande e autoral. Ao mesmo tempo em que isso traz facilidade e mobilidade, também deixa dúvidas quanto ao que se pode confiar. A brasiliense troca emails com um fã de seu blog. E é aí que Camila quase quebra a cara.

Daniel se dá bem com as palavras, mas um dia ele some. Sem mais nem menos decide encontrar Camila e, quando a escritora acredita que finalmente encontrou o amor, se vê abandonada. Era disso que ela precisava. Sem chão, começa a alinhar todas as frases, textos e perturbações. O filme peca por alguns excessos, como a overdose de bebidas, que torna Nome Próprio um pouco repetitivo e cansativo. Ainda assim, nos envolve e muda o sentido que as palavras têm.

Nome Próprio

Em São Paulo, o filme está em cartaz no Espaço Unibanco - Rua Augusta (14h, 16h30, 19h e 21h30) e no Arteplex Unibanco - Shopping Frei Caneca (14h, 16h30, 19h e 21h30)

2 comentários:

Anônimo disse...

Ficou mto bom, nathy! E nem é tão dificil escrever sobre filmes...é só organizar as idéias! Deve ser interessante o longa, mas eu vi o trailer e isso sobre overdose que vc escreveu tbm me pareceu um pouco cansativo...em compensação a atriz parece estar mto bem no papel e transbordar sentimento!

Tati Sisti disse...

Boa, Brasil!!!!!!
Virarei leitora, apesar de tomar bolos seus! Hammm....
beijoooos