A noite que invade a cidade é tão cinza quanto uma outra mais fria que já habitei por ai. Minha mãe e minha cachorra sentem frio, enquanto eu trajo shorts e camiseta. O cinza já não me é estranho, tão pouco o frio, frio em SP? ah me ajuda!
Enquanto embalo caixas para iniciar um novo capítulo na capitar, sinto o
ar fresco que invade a sala. Diferente da outra sala, aquela da Parnell com janelão
e flores no parapeito.
São quase 4 meses de uma velha nova vida por aqui ainda que eu siga
conectada com a minha Dublinia.
Não só pelos amigos, pelas notícias, pelos stories, pelos áudios dos meninos
que cuidei, mas é como se eu estivesse lá estando aqui, e eu já vivi isso ao contrário.
A playlist indie rock continua em looping mesmo estando em outro continente, é o jeito que encontro de não
me distanciar da língua que tanto labutei pra dominar.
Sou obstinada, quando tenho foco vou até o fim até que todas as cartas
do baralho estejam descartadas, e por isso vou caçando jeitos de não perder o inglês.
E eu não vou perder. não admito. Não sou obrigada
O cotidiano de viver SP, o ano eleitoral, a carreira, os executivos e o
bilinguismo me convocam pra projetos que nem estavam planejados, mas ganhar
dinheiro, quem não quer? Eu quero e muito, mesmo que seja pra trabalhar aos sábados,
como fiz hoje, como fiz lá, e como meu amigo me ensinou.
Não sei do futuro,
pela primeira vez na vida não tenho um plano porque a vida se apresenta no
agora e no agora tantos caminhos são possíveis.
Uma coisa é certa, acho que vocês ja sabem - eu amo muito SP, esse
moedor de carne ao vivo, mas eu também amo tanto minha Dublinia, ambas cinzas,
eu não me lembrava que São Paulo era tão cinza assim.
vou transformar a ansiedade em experiencia, dinheiro, e historias pra
contar.
por agora, o que adianto é que voltei a escrever. e vai ter Carnaval em
abril.
voltamos em breve com mais informações diretamente da cidade de Sao Paulo,
Nathalia Brasil para o SPTV,
Tramontina.
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