sábado, 12 de outubro de 2019

Em Ashton

Faz um sábado lindo de outono, céu azul claro pintado de aquarela, solzinho, zero nuvem ou previsão de chuva ( por enquanto) eu tenho 40 minutos até começar o trabalho, mas como moro muito longe ou chego muito cedo ou super atrasada. Nesse meio tempo não tenho nada pra fazer e como o capitalismo e meu chefe Irish não ajudam em nada, eu que não vou começar mais cedo, por isso sentei de frente ao lago para pegar sol e escrever esse texto enquanto ignoro que meus dedos vão ficando duros do frio.
Está amanhecendo 7h30 e anoitecendo 18h30, as noitea tem ficado mais escuras e o clima invernal chegando com tudo, eles amam, ensaiam o Natal, nunca vi povo pra amar tanto uma data.
Vai vir o Halloween, vai vir o frio, as festas e finalmente o Carnaval. Eu tô me cuidando pra não sucumbir e deixar o frio me vencer e é engraçado todo o mito em torno dessa estação, que na verdade é só mais uma estação, mas é tanto estigmatizada que nem sei. Tem um charme também que envolve o inverno, tomar cafés e vinhos e etc, mas pra quem tem que trabalhar e acordar 6h30 o romantismo vai pro ralo no primeiro banho de banheira. Aproveito todo o sol que ainda tenho, vou aproveitar cada segundo dele como se fosse mesmo um presente.
Meu cabelo está tão lindo que é até um insulto fazer um coque e usar um chapeuzinho safado o dia todo. Depois saio com cheiro de comida, as mãos enrugadas de tanta água e pó de luva. Ai me resta comer algo enquanto aproveito as últimas horas do sábado e me recolho até chegar o domingo e começar tudo de novo. Tem sido assim já há algum tempo. Como disse o Tuca, uma hora a vida vira....
Aceitei essa parte da história e tô tentando tirar o máximo de aprendizado, além de estar com uma preguiça enorme de todo o putz putz envolvendo gringos, Brasilis e a mesma playlist de sempre.
Vou curtir o Bernard Shaw, fazer planos de viagens, memorizar phrasal verbs e assistir filme sem legenda.
É introspecção, ainda que eu ignore e teime que não.

#130

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