Totalmente adaptada: são 05 meses de Dublínia e a vida flui normalmente, 05 meses de uma vida inteira pela frente, só agora (novamente) o inglês tem ficado mais natural e fluente. Ontem conversando com a mãe de umas crianças, ela me elogiou e disse que estou falando muito bem! Receber esses elogios dão uma fé na vida que nem sei.
Tenho exercitado tanto a minha paciência que posso por assim dizer que já estou mais paciente com a vida. São 06 mulheres usando o mesmo banheiro e eu não tive nenhum surto mesmo com o tapete ensopado, mesmo com o cheiro de ovo cozido que infelizmente sou obrigada a sentir todos os dias, mesmo com os malditos roncos, que eu odeio pra caralho, agora eu aprendi a dormir com barulho de chuva nos meus ouvidos e é assim que tenho seguido.
A parte mais difícil desse começo de nova vida é encontrar pelo caminho pessoas que tem a ver comigo, a mesma conversa, os mesmos interesses e profundidade pra então poder nascer uma amizade. Fazer amigos em outro país é difícil pra caralho.
A parte mais maravilhosa é poder trabalhar, estudar, fazer exercício, chegar em casa e fazer uma comida e tudo isso caber num horário que não me esgota, que não me rouba e que ainda me permite deitar pra assistir alguma série. Sem falar no poder de compra que também é infinitamente mais fácil por aqui, além da facilidade para viajar para outro país.
Em um dos muitos trabalhos que tenho feito por aí, visitar Mary quinzenalmente é sempre muito gostoso. A casa dela fica longe da minha então tenho que pegar o trem e o sábado já começa diferente. Chegando lá são duas horas de uma faxina tranquila na casa da vovó Irish que exibe muitas fotos dos netos em sua geladeira. Enquanto vou limpando tudo vou imaginando como era a vida de Mary antigamente, ela que é tão ativa e saudável mesmo com a idade avançada, como será que era a vida em Dublin nos anos 60? Da última vez eu limpei o banheiro e foi como se tivesse sido transportada para a década de 70. Mobiliário antiiiigo, cortininhas floridas, mini sabonetes já gastos e empoeirados, minha vontade era pausar a faxina e chamar Mary pra conversar. Antes de eu ir embora ela sempre me oferece um café e são nesses preciosos 10 minutos finais que tento estreitar meus laços com a vovó. Comi um pedaço de pão natural, feito por ela, com uma camada de manteiga e geléia (que é assim que os Irlandeses raíz comem), tomei meu café e parti.
Ainda preciso escrever sobre os Downey, o trio de crianças que tenho cuidado, enquanto eles curtem as férias na Itália, eu descanso e reúno todas as energias possíveis para poder dar duro quando eles voltarem, a parada vai ser full time, férias de verão na Europa parte dois: que saudade eu estava!
quinta-feira, 11 de julho de 2019
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