quarta-feira, 24 de julho de 2019

Sozinha em London


Estou sentada tomando um café e sentindo a brisa de mais uma manhã ensolarada em Dublin enquanto escrevo esse texto e sinto os últimos espasmos de London vibrando em mim. Foi tudo muito intenso, como sempre.

Passei o último final de semana na cidade que mais amo esse mundo. Assim como no Rio, a conexão que tenho com essa cidade é sem explicação. Estar lá sozinha foi um presente que há muito havia ensaiado.

Londres te suga, te põe no meio da zona, na potência e na força, ali não é brincadeira e até para um simples passeio há que estar muito atento. Só que eu sou natural de São Paulo, ta ligado? Só vamos, Londres.

Andar sozinha, conhecer um bairro novo, revisitar os lugares, curtir o show do Baiana System e voltar debaixo de chuva na madrugada pegando um ônibus X e fazendo amizade com sei lá quem. Era só o começo.

O metrô, sempre um espetáculo a parte, esse foi fácil e agora manjo mais ainda das baldeaçõoes e conexões. Impossível não imaginar que SP tinha tudo pra ser tão poderosa e viável quanto.

Em muitos momentos a minha ansiedade quase atrapalhou, parecia e muito com a sensação de quando o Tarado Ni Você vai sair. Só quem espera 365 dias por esse momento vai entender. E eu respirava fundo e tirava foto, e olhava ao redor mais uma vez imaginando como deve ser morar ali. E sem a magia do encantamento, com foco na realidade, eu pude ver tantas faces tristes, cansadas e sozinhas, porque a verdade da cidade grande nem sempre é glamourosa.

London, London. De infinitos cafés, atraentes Pubs, do poder à pobreza, do trânsito travado e de tantos clichês, acho que agora posso descansar de você. Você que sempre terá um lugar especial aqui nesse blog e em mim.

Quando entrei em Dublin novamente senti um gosto curioso de casa. Eu já amo Dublin e agora posseo me entregar.

See you soon, my dear!



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