domingo, 17 de fevereiro de 2019

Não tem TV

Pois é, aqui a maioria dos intercambistas não tem televisão em suas casas. Rola uma parada de licença pra ter os canais, tipo Net, e a fiscalização bate forte e real. Quem é pego usando ilegalmente recebe uma multa de 1000,00 euros e é assim que fiquei sem assistir meu programa favorito no Brasil, Inglaterra ou Irlanda. A-M-O telejornal e realmente isso tem me feito falta por aqui.

Em P'boro a televisão me ajudava muito, tanto em relação à solidão, quanto com o listening.

Por outro lado, viver sem televisão te libera tempo pra fazer outras coisas, como conversar, conversar e conversar com quem mora com você. Tem sido assim comigo e Rachel minha nova melhor amiga de infância rs.

Os primeiros dias são intensos e cobertos por emoções variadas. Olhar a janela e ter cada vez mais certeza de que estou aqui, me perder por um caminho X e não saber voltar, beber todas e conversar em inglês como se eu dominasse a língua, conhecer gente de todos os lugares do Brasil, sentir saudade da Diná e do Benjamín, tudo novo de novo, conversar com o boy no Brasa e sentir mais saudade, aliás o Tiago foi um baita presentão desses últimos tempos em São Paulo. A sútil e voraz diferença entre você se relacionar com um homem e não um moleque, não é meixmo?

A vila em que moro em D8 de um lado é meio quebrada, de outro é chiquezinho.
As casinhas com portas coloridas, a cidade que se recolhe às 23h, o vento forte que bate no rosto e todas as andanças, sobe rua e desce rua tudo à pé.


Hoje está um lindo domingo de sol. Aqui quando sai o sol a gente se anima e já quer ir pra rua pra aproveitar o astro rei no céu largado em algum parque por aí.


Outro lance muito forte e curioso em Dublin é a quantidade de brazucas que moram na ilha.
Uns chegaram há 04 anos, outros há 5 meses, outros há duas semanas. E aí todo mundo já vai passando as coordenadas, pagam uma cerveja, pega aqui um pedaço da minha pizza, no começo é foda mesmo, até sair o GNIB etc e tal. É super normal transitar pelas ruas e ouvir português.

É claro que aqui tbm tem aquele brasileiro classe média que se acha a última bolacha do pacote porque já manja dos esquemas e tem o passaporte vermelho. Esse é o mais otário e idiota de todos, além de renegar a raça de onde vem, ainda acha bonito querer levar vantagem com quem chegou há pouco.

sem comentários.

Como sou uma mulher de muita sorte, tenho cruzado com pessoas maravilhosas, entre elas, Manda Pizani e Thyci Maradei a configuração de como nos conhecemos é tão X, mas tão X, que somente indo ao começo desse blog em 2008 para entender rs.

Hoje é dia de Dyces, bebê. O único rolê em que é possível pagar 1,50 no paint de Paulaner.
E lá vamos nós.

Tbm descobri que vai rolar festa carnavalesca por aqui, PORQUE NÃO SOU OBRIGADA A FICAR SEM PULAR.



desbravando a cidade com profundidade e intensidade, tal e qual uma jornalista curiosa gosta.

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