A terapeuta vez ou outra me diz: você não pode esquecer de olhar pro espelho, Nathália. É verdade, mas eu sou a campeã em quebrar o espelho, sambar em cima dos cacos, juntar tudo e jogar no lixo. Tem gente que diz que antes de me conhecer me achava mala, tem gente que acha que sou forte pra caralho e não sofro, tem gente que acha que faço tudo pra chamar atenção, mas a verdade verdadeira é que nin-guém sabe o que se passa com o outro, não é mesmo?
ai ontem resolvi que ia dançar, que o movimento tem que continuar, que haverá sempre o samba, o santo forte, o forró, o bar do baixo, haverá música e dança sempre. e bora dançar!
foi ótimo! mas mais do que isso, eu recebi dois elogios de que eu estava linda. um foi de uma amiga, não tão muito próxima que disse que meu cabelo encaracolado fica muito mais bonito e que eu danço muito. Morri parte 1.
Depois uma outra amiga disse: Caramba, Nathy vc tá linda! ai ai meu ego pisciano.
Fiquei bebericando e dançando, ai ai a vida é bela, tinha até me esquecido.
Eis que hoje vim aqui no bloguinho rascunhar esse texto e sou recebida por um comentário maravilhoso feminista de uma moça que visita esta página há um certo tempo. Cara, morri 2!
além das belas palavras ela disse que sou um mulherão da porra! morri 3.
pois bem, lembrei da frase da analista, peguei meu espelho, passei superbonder (aos poucos, devagar e sempre) e depois passei vidrex. preguei ele na parede e me olhei, me enxerguei, me animei e me orgulhei do que vi.
Porque às vezes rola uma treta interna, rola crise, rola culpa, rola de um tudo, mas fazer as pazes consigo mesma é a melhor coisa! É se olhar no espelho, saber quem você é, de onde você veio, o que você fez para chegar até aqui e como é que você vai fazer para chegar até lá, mesmo que o lá mude tantas e tantas vezes de rota e de forma. É pra frente, sempre!
E meu espelho tá ali ó, pra não me deixar esquecer!
domingo, 30 de abril de 2017
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