domingo, 30 de abril de 2017

Espelho espelho meu

A terapeuta vez ou outra me diz: você não pode esquecer de olhar pro espelho, Nathália. É verdade, mas eu sou a campeã em quebrar o espelho, sambar em cima dos cacos, juntar tudo e jogar no lixo. Tem gente que diz que antes de me conhecer me achava mala, tem gente que acha que sou forte pra caralho e não sofro, tem gente que acha que faço tudo pra chamar atenção, mas a verdade verdadeira é que nin-guém sabe o que se passa com o outro, não é mesmo?

ai ontem resolvi que ia dançar, que o movimento tem que continuar, que haverá sempre o samba, o santo forte, o forró, o bar do baixo, haverá música e dança sempre. e bora dançar!
foi ótimo! mas mais do que isso, eu recebi dois elogios de que eu estava linda. um foi de uma amiga, não tão muito próxima que disse que meu cabelo encaracolado fica muito mais bonito e que eu danço muito. Morri parte 1.

Depois uma outra amiga disse: Caramba, Nathy vc tá linda! ai ai meu ego pisciano.

Fiquei bebericando e dançando, ai ai a vida é bela, tinha até me esquecido.

Eis que hoje vim aqui no bloguinho rascunhar esse texto e sou recebida por um comentário maravilhoso feminista de uma moça que visita esta página há um certo tempo. Cara, morri 2!
além das belas palavras ela disse que sou um mulherão da porra! morri 3.

pois bem, lembrei da frase da analista, peguei meu espelho, passei superbonder (aos poucos, devagar e sempre) e depois passei vidrex. preguei ele na parede e me olhei, me enxerguei, me animei e me orgulhei do que vi.

Porque às vezes rola uma treta interna, rola crise, rola culpa, rola de um tudo, mas fazer as pazes consigo mesma é a melhor coisa! É se olhar no espelho, saber quem você é, de onde você veio, o que você fez para chegar até aqui e como é que você vai fazer para chegar até lá, mesmo que o lá mude tantas e tantas vezes de rota e de forma. É pra frente, sempre!

E meu espelho tá ali ó, pra não me deixar esquecer!

quarta-feira, 12 de abril de 2017

fatos

fiquei sabeni que esse humilde blog foi tema de conversa em mesa de casamento e fiquei como?
me sentindo a blogayra! nem imaginava que as pessoas botavam reparo nesse bloguinho...
mas a verdade é que escrever me alivia, sabe?

preciso voltar a nadar, mas com esse tempinho que tem feito em São Paulo esse plano vai ficando assim meio de canto, mas ta anotadinho aqui pra eu não me esquecer, quem sabe eu pendure meu maiô na parede pra ficar ali fazendo pressão rs

tô eu atravessando a Eiras Garcia quando escuto no rádio "só com a ajuda do santo", samba enredo da Mangueira. automaticamente fui teletransportada para a avenida são francisco xavier, meu ex-bairro no Maracanã. Um mês que voltei pra sp, e apesar de todos os problemas de lá, o sotaque da agatha, sotaque e pureza, da rabugisse do antonio, dos papos cults com a thaís e das cervejas com a luana me fazem uma falta danada. foi rápido essa primeira estadia lá, mas foi uma época tão bonita também e conheci gente que fez diferença. O Rio é meu eterno grande amor e nossa paixão deu apenas uma pausa,

amanhã tem santo forte, mas a vontade de girar no salão sumiu.
cadê?
quase 6 meses que não vejo pai tutu, tá errado isso!

que mais?

ando rascunhando uns trabalhos aqui, uma chance acolá, cuido de um nenê aqui e faço uma festinha acolá e numa dessas conheci um mulherão da porra, dessas que manda e desmanda no rolê, mas é gente fina, sabe? esse tipo de mulher me inspira muito!


Sepultamento

Hoje a sensação de morte amanheceu com o dia
No peito era o fim
Fim do que já tinha ido
A última rosa jogada caixão abaixo
A terra úmida aerada batida
A pá juntou toda a substância
Ervas daninhas, fungos, raiz, vermes, lesmas, folhinhas, formigas
Juntou tudo, bateu tudo
A última batida dá pá terra acima
As lágrimas todas
Escorridas
Escorreu
Desceu
Morreu
Mas que morte, senão vida?

domingo, 9 de abril de 2017

pra não esquecer

Enquanto você não vem eu sigo na minha maratona de Netflix, cama, quarto e músicas, enquanto você não vem Im practing my english, my listening and my write. Enquanto você não vem eu arrumo umas prateleiras e separo as roupas por cores e depois por tamanho. Enquanto você não vem eu escuto o pedreiro gritar, o vizinho louvar e a vizinha cantar arroxa.
Enquanto você não vem eu faço umas festas de crianças, desenvolvo um novo projeto, pego ônibus e faço chapinha. Enquanto você não vem eu ouço meus sons, aqueles que tenho até ciúme de compartilhar pq are fucking good! Talvez você não venha, talvez apareça amanhã, quem sabe demore uns 5 meses ou até 1 ano, e assim vai ser: me and myself. And this is only make me happy now, you know? and finish.  E enquanto você não vem eu vou me (re) inventando, me (re) construindo, me (re) animando, mas uma hora vai chegar, vai ter chegar. e eu vou saber exatamente quando isso acontecer.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

where is

cadê
a
vontade
de
escrever
que
tava
aqui?