quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sobre ex-amor


Encontrar um ex-amor é sempre complicado. Independente se vocês namoraram, só ficaram ou nem isso, se foi só amor platônico. Pode ser aquele cara que fez você suspirar quando estava ainda na sétima série e surgiu do nada na festa. Ou seu ex-namorado do colegial com quem ficou apenas quatro meses e foi de uma intensidade voraz. Nunca sei como me portar diante deles. Tenho medo de parecer oferecida ou metida por mais que sendo um ex-amor eu não deveria necessariamente me preocupar com o que eles pensam, mas na prática nem sempre é assim.

Os ex-amores nos conhecem bem, sabem o que podem e não falar, ou o que devem ou não dizer e é ai que mora o problema. Quando cruzamos com eles os papos são mais ou menos os mesmos: e a facul? e a família? e o trampo? e tá namorando? e depois de responder à todas essas perguntas fica um clima estranho no ar. Se ele jogar um charme, falar perto do seu ouvido e tocar levemente a sua cintura ai danou-se. Se ele não fizer nada disso você pensa por que diabos ele não te beijou ainda e assim vai. Porque no fogo da situação a gente quase não pensa nas conseqüências, e trazer de volta um amor do passado não dá certo. Pelo menos comigo, sempre deu rolo. Não é apenas uma ficada esporádica e fala-se sempre do relacionamento antigo, lembra-se da famigerada "época" e no final cada um pro seu lado, "foi bom te ver". E o sentimento de depressão se aloja.

Penso que cada ex-amor nos traz à tona uma forma de sentimento que estava quietinho guardado dentro do peito. Nem chega a incomodar, não atrapalha a vida, só está lá. E é por isso que os ex-amores não deveriam aparecer, ou melhor, deveriam sim, mas só de vez em quando, pra gente se dar conta do quanto já sofreu ou foi feliz por amor, das loucuras que já fizemos, os perigos que corremos, as lágrimas e gargalhadas tudo em função de uma pessoa que hoje em dia é apenas mais uma na multidão. Quanto de ilusão jogamos na história? quanto esforço, quanto ciúme e hoje ele me aparece do nada, me oferece uma cerveja como se nada tivesse acontecido? O buraco é mais embaixo.

Minha cabeça vai além e é por isso que sempre quando encontro um ex-amor me sinto mexida e vou pisando em ovos. Convém não beber demais, não conversar demais, nem olhar para trás. Ex-amor é igual a pão murcho: pode parecer fofinho, mas por dentro é insosso. E vida sem gosto não dá.


Um comentário:

Fêrnãndá ;D disse...

Eeee Natalhãaao..

Você como sempre me fazendo ficar cada dia mais na categoria "fã number one"...

"Ex-amor é igual a pão murcho: pode parecer fofinho, mas por dentro é insosso. E vida sem gosto não dá."

Uma palavra pessoa..FODA!

Adoro você.. adoro seu jeito de escrever.. adoro até seus mal humores ;P

Tô com saudades caccceeeetee.. não güento esperar até o passeio de natal.. quero te veeer

Beijos
*beira-mar*