segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Um grande exercício

De tudo que tenho aprendido essa lição é a que mais tem me dado trabalho. Parece um grande clichê, e talvez até seja mesmo, mas controlar a expectativa, e quiçá tentar viver sem ela, seja uma puta virada de chave. Falo sobre expectativa em geral, nas relações, nas amizades, nos acontecimentos e sobretudo na vida. Eu sempre fui a rainha da expectativa e por isso também sempre me frustrei. Primeiro porque não tem como criar a ideia de como uma coisa vai ser, e do jeito que vai ser. Segundo que de 20 pessoas que conheço, 18 tem um lado bem filha da puta e maldoso e aí é balde de água fria.

Quanto mais vivo, mais vejo como as pessoas são egoístas e é por isso que conto nos dedos quem é que vale a pena incluir. Em quase 09 anos de terapia me percebo menos ingênua, mas ainda muito tonta de acreditar na coerência das pessoas. E de uns tempos pra cá, apenas aceitar a situação e me modificar em relação à ela tem me aliviado e poupado várias sensações de dessabor. Sem cobrança, ligando o foda-se que me é apresentado.

Com o Whatssap então, nem se fala.
Acho uma falta de respeito retumbante ler uma mensagem e responder 5 dias depois.
E sabe quantos acham isso normal? Incontáveis.

Desencanei, mas desencanei real mermo, só por isso posso contar isso aqui.
E aprendi a me delegar menos e a me poupar mais.

O intercâmbio age tão profundamente que ainda não consigo explicar.
Mas consigo sentir.

Esse exercício sobre redução de expectativa é tão maravilhoso que agora tenho me adaptado com mais facilidade com as mudanças, e morar fora do país é uma mudança voraz.

O que eu posso controlar?
Eu mesma! Meus planos, meus sonhos, sem querer controlar o futuro, um pouquinho por vez.

Metas traçadas, ano já bombando, rascunhos aos montes e o mais importante: foco ajustado.

Agora é construir, construir e viver!











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