quinta-feira, 7 de março de 2013

E aí?

Então é isso: o carnaval passou, o aniversário já se foi e agora a vida de cara lavada me pergunta: E aí? E aí que novamente eu não sei, ficou pra trás planejar e seguir tudo à risca. Tento segurar a ansiedade ao máximo e ir vivendo aos poucos, mas ao mesmo tempo sinto que não saio do lugar.
A única coisa que sei desde 2004 lá pelos idos do ensino médio, era a vontade e o objetivo de me tornar jornalista. E me tornei. Só que nunca me passou pela cabeça o que viria além dos quatro anos de faculdade, além dos estágios e possíveis empregos fixos. Nunca tive esse questionamento do depois, porque pra mim o mais importante era ter essa porra de profissão. Mas passado o sonho de ser recém-formada, agora fico a ver navios.

Vivendo os primeiros dias com 26 anos, a única certeza que tenho é de que quero ser feliz. Preciso é achar a maneira que viabilize essa felicidade e não importa se viverei de freelas e fazendo cursos grátis, se batalharei um trampo voraz num lugar onde eu me sinta completa como repórter, se vou largar tudo e estudar letras numa faculdade pública de Fortaleza ou se vou vender o carro e ficar quatro meses fora do Brasil vivendo uma experiência única e sozinha.

Todos os dias de manhã sinto que falta algo, que falta um sentido pra tudo isso, que é esforço demais para felicidade de menos. Sinto os dias escorrendo pelas minhas mãos e eu cada vez mais burra, nessa superficialidade de viver apenas para pagar contas e comprar cervejas. Sinto que é possível ser feliz trabalhando menos e com mais tempo para mim.

Quero dias sem amarradas, com menos estress, com menos questionamentos, apenas fazendo algo que me deixe satisfeita e que me faça ter certeza porque decidi lá pelos idos de 2004 cursar esse tal jornalismo.
E se mesmo assim a insatisfação continuar, é porque uma nova curva tenho que fazer na vida. Sem frustrações, sem arrependimentos, sem neuras e cansaço exarcebado de tanto pensar. Apenas mais uma mudança como tantas que fiz e terei que fazer nessa loooooonga caminhada.

Tem que fazer sentido, senão é vida disperdiçada. (e eu já não posso mais).

Um comentário:

Nathália disse...

Amiga, faço suas minhas palavras: "...a única certeza que tenho é de que quero ser feliz."
E vamos atrás desse algo que falta para nos sentirmos vivendo completamente e não desperdiçando nossos momentos!
Beijos