Cenas da próxima estação: Guarda-chuvas a tira colo, panos, meias, uma vontade irresistível de não ir trabalhar, não ir estudar, não sair de casa. Bunda quente no vaso sanitário frio.
Mão por baixo das mangas pra poder segurar no ferro do ônibus. Café quente, chá quente, leite com nescau quentinho. Pessoas freqüentando o mesmo ambiente com janelas fechadas, logo, janelas embassadas. Cachecóis, botas (milhares de botas metodista invadindo as ruas), luvas, capuz, chocolates, chocolates, chocolates. Padarias quentinhas vendo o entardecer com chuva fina. Sono. Edredon. Céu mais cinza e aberto, zero estrelas no céu.
Siiiim! Prepare-se para a estação mais fria e elegante do ano. O inverno está aí, batendo à porta. É com ele que vamos vivendo até a primeira quinzena de setembro. É tempo de viver agarradinho com alguém, não falo apenas de namorados, vale amigos, cachorro, urso de pelúcia, viver de pantufas. Acordar e ver o dia claríssimo e gelado, daqueles que chegam a doer o rosto.
Uma, quem sabe até duas meias, e a sensação de tá pisando em forminha de gelo. Já às 17h a noite chegando precoçe, sereno parecendo algodão doce lá no alto do prédio da avenida. Vila Madalena servindo caldinho de feijão, choconhaque!
Safra de vinhos chegando em sua melhor época.
Cabelo molhado antes de ir pra escola, Catarina? Nem pensar!
Festa junina, quentão, vinho quente, bolo da missa, maçã do amor e Campos do Jordão bombando, tipo rave!
O inverno mexe com o introspecto. Ele é subjetivo, chique e elegante. Vezes triste, cinzento. Noutras branco, aconchegante.
Não há como fugir, então se anime, encha a pança de fondue, se jogue nas blusas de tricô. Um inverno nunca é igual ao outro e esse, já chegou!
...As Casas Pernanbucanas é que vão aquecer o seu lar....