Os que escutam Caetano, Gil, Baby, Marisa Monte e Luiz Gonzaga. A parte mais difícil do intercâmbio é a falta que me faz trocar ideia com gente inteligente e interessante, com gente que possa me acrescentar algo que seja mais do que a nova letra de funk ou a nova substância da moda, que vá além dos países que visitou e consiga falar sobre a vida, sobre a bosta que esse governo tá fazendo com o brasil, que tenha experiência pra trocar. Que falta me faz minhas amigas que não estão só preocupadas com a pegada do cara ou se le respondeu ou não. Às vezes tudo o que a gente precisa é sentar pra tomar uma cerveja e conversar, mas pra conversar a pessoa tem que ser o mínimo inteligente, antenada e ter algum conteúdo.
Fui muito mal acostumada por estar rodeada de jornalistas no Brasil. Sempre cheios de tiradas inteligentes, de notícias, de assuntos e vivências.
Aqui em Dublin ainda não me conectei com esses, mas a busca nunca acaba.
Quando você percebe isso, quando essa janela se abre, a parada fica muito mais complicada. Idai que o cara é bonito?
Só bonito não interessa, tem que acrescentar e ser interessante, mesmo os Irishs, os Italians, todos.
Daí me lembro de Yuri, meu amigo inteligente e rico de alma que sinto uma falta tão grande.
Lá se vai mais uma página sobre saudade.
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