segunda-feira, 25 de julho de 2016

faz parte

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Os seres humanos e a necessidade de querer sempre estar aonde não estão. A inquietude da mente, o desejo pelo "lá", a desvalorização do aqui e do agora. Não faz o menor sentido viver engolindo meses e achando que no futuro, sempre ele, é que seremos felizes. Eu sei que quando voltar para o Brasil a maioria das coisas e as pessoas estarão do mesmo jeito de quando sai... eu sei, mas hoje eu queria muito comer pão de queijo e tomar o café de coador da minha mãe sabendo que o Lapa só passa de 40 em 40 minutos e mesmo assim não tendo preocupação, e mesmo assim estaria com a Diná grudada aos meus pés, e a cada gole o pensamento de que "nossa as coisas estão mesmo caras no supermercado, a crise, o Brasil, e o Fora Temer", eu queria, mas eu estou aqui sentada na mesa, a janela lateral aberta, o nublado inglês persistente, a BBC R1 tocando os mesmos pops e eu ensaiando estender a canga no carpete e desenvolver uns exercícios de pilates...

A verdade é que quando a saudade bate não há contagem regressiva que cesse, não há Chilli con Carne que tampe a vontade do pão de queijo quente, não há pop que cale a vontade do samba, e segue tudo isso o misto de crescimento e aprendizagem.

Eu não quero contar dias, eu quero sossegar minha cabeça e curtir o agora, eu desejo fazer curvas nessa reta, eu não aceito o morno e nem  a acomodação, por mais metas e objetivos que eu tenha feito, a vida é mais além, mais além que esse ensaio de texto, esse desabafo,

Nada como ficar sem algo para valorizá-lo, não é mesmo?



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