segunda-feira, 20 de abril de 2009

Feliz é pouco


Esse aqui vai pro meu pai, com toda a empolgação e um belo gole de cerveja que dou após ver a semi-final do campeonato Paulista de 2009.

E eu que já pensei em seguir o rumo do jornalismo esportivo não via mais graça em futebol. É sempre a mesma coisa, as mesmas tabelas, campeonatos, troca-troca de jogadores e zás zás zás. Quase não tem homem bonito em campo, e o Kaká, por quem já fui fã, anda metido demais pro gosto. Mas depois de ontem, me senti na obrigação de escrever um texto sobre o assunto. Sou corintiana com uma ligeira queda pelo seu arqui-rival, se é que isso é possível. Assisti ao jogo na sala de minha casa, sozinha. Minha mãe nunca dá sorte pro timão. Como boa pessimista, achei que o Corinthians não conseguiria bater o São Paulo, mas graças a Deus estava enganada. E pra completar o cenário futebolístico, no meu prédio a maioria da pivetada é bambi. E eu com grito contido na garganta.

Depois de quase comer os dedos com um primeiro tempo angustiado, posso dizer que estou de alma lavada. Lavada e bem cheirosa pra ser honesta. Vencer o São Paulo no Morumbi lotado, ver o gorduchão fazer gol, e saber que Rogério Ceni precisa do auxilio de muletas pra andar não tem preço. Além disso, ainda pude olhar o Mano, que apesar do nome de maloquinha, deixa Muricy Ramalho no chão se tratando de roupas, forma física e cor dos olhos (muito importante). São Paulino é bicho chato. Falam da Libertadores, falam do seu estádio, do dinheiro, e se gabavam por ter um goleiro imbatível e metido. Mas depois de quarta, cadê o entusiasmo pessoal? Só sei que dei uns gritos na janela e a pirralhada me olhou com cara de tristeza. Fazia tempo que não torcia desse jeito.

Mesmo se o Corinthians não ganhar o campeonato, já valeu por ter tirado os malas da competição. Ainda bem que desisti de jornal esportivo. Acho que não saberia distanciar o trabalho do meu time do coração. E convenhamos que ninguém merece ficar ouvindo o Chico Lang e suas baboseiras. Espero que no próximo domingo o time de Mano possa mostrar a que veio. Não preciso ser imparcial aqui. Gosto do Santos, mas esse negócio de que vença o melhor não é comigo. Boto fé no meu timão.
Güenta coração pai!

É nozes!

3 comentários:

Guilherme Silva disse...

Em um de seus textos, vc diz que gosta do Palmeiras por causa do verde e da italianada. Sábado foi dia de feijoada. Pude "provar" uma daquelas bem suculentas lá dentro do Palestra Itália. Só que o mais legal foi ver a cara de bunda do vencedor técnico Vanderlei Luxemburgo, que trocou todo o calor e apoio de uma torcida apaixonada, e o privilégio de trabalhar no maior time da história por (mais) alguns milhões em sua conta bancária. Ver uma final disputada por dois times ditos inferiores ao seu rivais vai ser muito interessante, pois, dessa vez, a raça, a vontade dos jogadores e a paixão da torcida fizeram mais diferença que o maior estádio particular do mundo, Libertadores e dinheiro. É a hora de ver qual dos dois técnicos, que ganharam notoriedade a pouco tempo, vai levar a malhor. Espero que o Glorioso Alvinegro Praiano continue com sua hegemonia em finais sobre o rival da Marginal Tietê.

Ju Rissetti disse...

Mas imagine só a felicidade do Sr Assis....

Renato Sansão disse...

"Meu Timão"?????????????????????

Madonna Mia!!!!